Trabalho

Artigos em Trabalho

Festa ou viagem?Trabalho

Festa ou viagem?

O que são 15 anos para você? O que foram? Festa de debutante, valsa com o pai, viagem pra Disney, turma de amigos, espinhas no rosto, quarto fechado, fone de ouvido, mudança de escola. E dá-lhe química, física, biologia, hormônios à flor da pele, primeiro namorado, começo de terapia, aconchego ou conflitos na família, complete a lista. O que você fez nos últimos 15 anos? O que fará? Uma década e meia não é pouca coisa, pense bem. Para os casados há esse tempo, bodas de cri

20 de abr. de 2024Ler mais →
ErrataAmor

Errata

E amor é amor. E ponto. Qualquer que seja a forma, a configuração, seja como for, estamos falando de amor. AMOR, com toda a força e todas as letras. Amor de um homem com uma mulher. Amor de um homem com outro homem. Amor de uma mulher com uma mulher. “Qualquer maneira de amor vale a pena, qualquer maneira de amor vale amar”, entoemos juntos a canção de Milton e Caetano. Senhores deputados, façam-me o favor: usem a cabeça, a caneta e o posto que assumiram para fazer jus à respons

12 de out. de 2023Ler mais →
Fada dos DentesTrabalho

Fada dos Dentes

* * Aposto que você já dormiu no sofá vendo TV. Ou no cinema, um desperdício. Lendo na cama, 90 por cento de chance. Sala de aula? Quem nunca? Pois eu já dormi de boca aberta. Na cadeira do dentista, acredita?! Ou melhor, da dentista: da fofa, linda, cativante, competente Dra. Júlia Garrides, preciso lhe apresentar. Cheguei ao consultório dela encaminhada por outra dentista pra lá de especial que me acompanha há mais de 30 anos: Dra. Flávia Almeida, Fada dos Dentes titular.

9 de abr. de 2023Ler mais →
CuidadoAutoestima

Cuidado

Ando cuidando do meu coração. Um histórico genético envolvendo colesterol alto premiou quase que a família inteira. Meu pai comemora todo ano o aniversário das suas 4 pontes de safena, já contei por aqui. Um tio-avô pianista (também da linhagem paterna) teve um infarto em pleno recital, não dá mesmo pra descuidar. Meu cardiologista pediu ecocardiograma, ergométrico e uma angiotomografia coronariana. Foi além do triglicérides, LDL, HDL. Foi cuidadoso. Foi nota mil. Dei a ele prontamen

18 de mar. de 2023Ler mais →
A criança que nos toca.Trabalho

A criança que nos toca.

* Teatro lotado. Silêncio instaurado. Músicos a postos. No programa, Trio em si bemol maior, op. 11, de Ludwig van Beethoven. No palco, um violoncelista, um clarinetista e uma pianista de aproximadamente cinco anos de idade emocionavam o público com o seu talento. Eu disse cinco anos, mas é brincadeira. (E num sentido quase literal, você vai entender logo adiante.) O consagrado violoncelista Antônio Meneses acaba de completar 65 anos, e veio justamente celebrar a data no B

6 de set. de 2022Ler mais →
Da porta pra fora.Trabalho

Da porta pra fora.

Algumas pessoas costumam estranhar. “Duas portas?” Sim, e com revestimento acústico, para que nada que se fale aqui dentro seja ouvido lá fora. Nem por uma mosca, costumo dizer. Sim, segredo é sagrado. Basta uma pequena mudança de vogal para expressar a dimensão que é se assentar diante de alguém e escutar o que o seu coração, tantas vezes espremido e abarrotado, traz. Seja o passado, o presente, o futuro tão cheio de incertezas. Seja a dor, o amor, a culpa, o medo, a tristeza, o des

31 de jul. de 2022Ler mais →
Elton John me tocouAutoestima

Elton John me tocou

Eu nunca fui muito fã de Elton John, confesso. Nenhuma paixão, nada contra também. Já tive a oportunidade de ir a um show dele, não fui. Também não assisti a “Rocket Man” no cinema quando o filme estreou há três anos atrás. (O do Queen, Bohemian Rhapsody, lançado um ano antes, não só assisti como escrevi sobre ele aqui, tomada de forte emoção.) Até que um dia, numa troca de mensagens por Whatsapp, me deparei com uma sugestiva indicação do filme. Quem me deu a dica foi a jornalista So

17 de abr. de 2022Ler mais →
105 anosFamília

105 anos

Hoje meu avô faria 105 anos. Faria, conjugação do verbo fazer, futuro do pretérito indicativo, terceira pessoa do singular. Ahh, e tão plural ao mesmo tempo. Como caber no singular alguém que foi (que é) tão importante assim? E eu não estou falando só do médico pneumologista, antitabagista ferrenho, pioneiro no tratamento da tuberculose, colunista do Jornal Estado de Minas, professor catedrático da UFMG. Não, eu estou falando do avô que comprava Toblerone pra mim quando eu ia dormir na ca

10 de dez. de 2021Ler mais →
Medalha de ouroAutoestima

Medalha de ouro

Alguma vez você já experimentou a sensação aguda, pontiaguda, de estar no limite? (Ou para muito além dele?) A sensação de esgarçar a corda, romper as coronárias, vomitar a própria angústia? Quantas vezes você já gritou por dentro, pediu socorro, chorou no chuveiro, encharcou o travesseiro com sua dor gigante, abissal, imensa? Quantas vezes você se cobrou demais, foi além da conta, fez de conta que estava tudo bem quando na verdade estava tudo mal? Espero que esteja tudo be

1 de ago. de 2021Ler mais →
SoulAutoestima

Soul

Entre o nascer e o morrer, outros tantos verbos se conjugam por aí. Por aqui. Por uma paixão, um momento, um tempo discorrido. Amar, trabalhar, sonhar, sentir, descobrir, sofrer, crescer, aproveitar. Cada segundo da sua vida um sopro, um clique, um encontro. Ontem, hoje e amanhã se reunindo numa grande live. E então, que pauta temos pra hoje? Quais os seus rabiscos, sua música, seu desatino? O que te move, o que te faz, o que te identifica? Jazz, pintura, sala de aula, poesia? Pausa,

30 de mai. de 2021Ler mais →
Breve prosa sobre o tempoTrabalho

Breve prosa sobre o tempo

Uma pessoa muito querida, leitora religiosa aqui do blog, esboçou o seguinte comentário: “Renatinha, já faz tempo que você não posta… Pulou o mês de setembro.” (…) Pulei. Puladinho. “Pulando feito pipoca”, é assim que costumo dizer quando o tempo parece estourar, escorrer, correr de mim, não me esperar. Logo setembro. Mês das flores, de tantos aniversários importantes, dos meus ipês amarelos (meus e de Rubem Alves), da primavera que vem de longe, dando o ar da graça. Bem-vinda,

4 de out. de 2020Ler mais →
"Óio o mundo"Trabalho

"Óio o mundo"

Abro a janela e “óio o mundo”. Sou mineira, namoradeira, “escrevedeira”, “fazedeira” de esperança. Sou todo ouvidos, deixe-me apresentar. Abro a porta e deixo o mundo entrar. E cada um que adentra a sala 804 traz seu quintal, seu pomar, suas raízes pra gente regar; sua falta de chão, seus muros, seu rasgo de emoção. Sou “escutadeira”, alento, refúgio, sou a profissão que escolhi abraçar. “Óio o mundo” e vejo dor, amor, vazio, mãe, pai, menino. Vejo desigualdade, saudade, bus

12 de jul. de 2020Ler mais →