Mulheres

Artigos em Mulheres

Por uma vida mais leveAutoestima

Por uma vida mais leve

 Quarenta minutos contados no relógio. Tempo suficiente para assistir ao show do Queen e  pegar onda no Havaí. Uma maior que a outra, quase sou engolida, por um instante desapareço. Mereço. Entre uma paisagem e outra corro, suo, canto. “Under pressure”, “Don’t stop me now”, “Somebody to love”. A plateia delira. Prazer. Alívio. O vento bate no rosto, a espuma do mar é refresco, meus pés viram asas. Do Queen passo à Rita Lee, outro show esfuziante: “Quero mais… saúde! (…) Se por acaso morrer

3 de nov. de 2014Ler mais →
AniverGaloAmor

AniverGalo

Imagine uma grande festa de aniversário. Sessenta mil convidados, todos absolutamente confirmados. Traje clássico-esportivo, pretinho básico indefectível mesclado com traços de branco. Horário: 22 horas, com previsão de término entre meia-noite e uma da manhã. Data: 23 de julho, quarta-feira. Local: Estádio Governador Magalhães Pinto, Mineirão. Aniversariante: meu marido, um inveterado apaixonado pelo Galo, paixão de longa data. Menu: autêntico tropeiro e torta de coco de sobrem

28 de jul. de 2014Ler mais →
DesconectadosAmor

Desconectados

“Amo você.” “Mande notícias.” “Estou com saudade.” “Como foi a prova?” Merece um prêmio quem inventou o celular. Além de falar, o bichinho ainda escreve, fotografa, reúne os amigos, prevê o tempo, chama pra jantar e faz declaração de amor.  No meu caso, ainda agenda e cancela horários, divulga cursos,  publica comentários no blog, dá recados como ninguém: uma senhora secretária. Viva a tecnologia e todos os seus instigantes recursos comunicativos, integradores, convergentes, aproxim

16 de jun. de 2014Ler mais →
O dia em que a terapeuta chorou. Ou: emoção de uma crônica autorizadaAutoestima

O dia em que a terapeuta chorou. Ou: emoção de uma crônica autorizada

Toda quinta ela anunciava sua chegada com uma batida inconfundível na porta: toc-toc, toc-toc, toc-toc. Chegava carregada de luz, cansaço, pasta executiva, esperança, celular já no jeito para plugar no tomada e vontade de mudar o mundo – o seu mundo. Queria emagrecer, queria engravidar, queria deixar a vida de executiva pilhada no último grau e ficar bem zen. Seu sonho quase foi parar no Guinness Book: tudo o que aquela mulher queria era deixar o posto de empresária e virar professora de iog

26 de dez. de 2013Ler mais →
Cura de quê?!Amor

Cura de quê?!

Fico pensando (e esse pensamento dói) no quanto algumas profissões são exercidas de forma leviana, negligente, doente. Profissão é algo sagrado, meu caro. Tem a ver com ganha-pão, honestidade, respeito, realização. Trabalho sério, principalmente quando se lida com gente. Principalmente quando se assenta numa mesa para criar ou aprovar projetos de lei. Projetos que não são de lego nem credo, não se montam como se fossem brinquedo. Projetos de lei, meu caro, envolvem também projetos de vida.

21 de jun. de 2013Ler mais →
Diante do muroHomens

Diante do muro

É de pedra, emoção, tijolo e terra o meu lamento. Pelas mulheres que não podem rezar. Pelos homens que desaprenderam a amar. Pelas crianças esquecidas. Pelo adoecer repentino. Pelos encontros tão doídos. Pelo diálogo surdo. Pela polêmica vazia. Congresso de azia. Pelo grito mudo. Vida no escuro. Rua sem lua. Pelo amor de Deus, que lê os bilhetes do mundo. É de letra, luz, rascunho e rima o meu intento.

15 de mai. de 2013Ler mais →
Sexo frágilMulheres

Sexo frágil

Você não deve estar entendendo nada. O que este título está fazendo aqui, depois do lindo tributo às mulheres prestado no post anterior? Que história é essa de sexo frágil, Renata?! (…) É a história – várias histórias – que tenho visto e ouvido sobre algumas mulheres. A cada história uma personagem, uma fantasia, um quê de forte fragilidade. Essas mulheres há muito largaram o tanque e o fogão, queimaram o sutiã em praça pública, se desvirginaram do tabu de casar virgem. Não se trata

18 de out. de 2012Ler mais →
MulheresMulheres

Mulheres

“Não se nasce mulher, torna-se mulher.” É de Simone de Beauvoir a célebre frase que tantas mulheres – feministas ou não, famosas ou não, carregam na alma e no olhar. Dê a estas mulheres um espelho e ali estará toda a sua poesia em movimento – olhos, cílios, boca, seios, jogo de pernas, salto alto, cintura. (Muito jogo de cintura.) Dê a estas mulheres um divã e ali estará sua vida inteira em paralisia ou movimento – suas escolhas, seus medos, vontades, desejos, delírios, alucinações mais ch

5 de out. de 2012Ler mais →
Motivo nenhumAmor

Motivo nenhum

Não era seu aniversário. Nenhuma data especial, nenhum evento extraordinário no calendário. Nada importante a comemorar, a não ser a própria vida. SUA vida, inteira e simplesmente. Passou numa floricultura, saiu perfumando a rua. Passou no salão, marcou um spa de pé. Passou a mão na bolsa, foi namorar vitrine. Lingerie, boulangerie, sortie. Saiu de fininho, à francesa, de um relacionamento há algum tempo engessado. Entrou na delicatessen e sorveu o perfume dos vinhos. Delicadamente.

1 de out. de 2012Ler mais →
Listinha da mulher pós-modernaMulheres

Listinha da mulher pós-moderna

Supermercado, sacolão, arroz com feijão. Fazer a unha, o álbum de fotos, a digestão. Brincar com as crianças. Jogo da memória. (Memória?) Exame de sangue. Sangrar o tempo. Ioga. Judô. Vale-Tudo. Tudo? Jogar fora os controles-remoto. Levar os edredons pra lavar. Perfumar a cama. Ensaiar que ama. Limpeza de pele. Curso de corte e costura. Jura? O cartucho acabou. A impressora estragou. Reunião de condomínio. (Dá pra ser virtual? Não me leve a mal.) Chora. Ri. Medita. Pedido de

18 de jul. de 2012Ler mais →
Encontro marcadoAutoestima

Encontro marcado

Tomou um banho de horas. Shampoo, condicionador, esfoliante, óleo de maracujá para acalmar o mundo que costuma carregar nas costas. Pintou as unhas, passou perfume, hidratou as rugas, passou a perna no tempo. Batom vermelho, sombra nude, luz que sempre foi sua. Há um bom tempo não se sentia assim. Descompromissadamente inteira, dona de si, faceira. Completamente face to face, nenhum vestígio seu no facebook. Olhou o relógio, subiu no salto, entrou no táxi. – Restaurante Outono, po

27 de jun. de 2012Ler mais →
Tudo se transformaMulheres

Tudo se transforma

Quem diria. O céu que amanheceu cinzento ganhou cor ao meio-dia. Céu de brigadeiro. A chuva que insistia em cair mudou de ideia e de rumo. Deu lugar ao sol, solamente. O frio foi embora, levado por uma corrente marítima talvez. Levado de levadeza. Fez calor. Fez falta, festa e sim dentro de mim. Chapeuzinho Vermelho ficou lá longe, distante, acenando para a mulher já quase a correr com os lobos.

6 de jun. de 2012Ler mais →