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Artigos em afeto

Cada detalhe sabe a grandeza que temVida

Cada detalhe sabe a grandeza que tem

Você pode pensar grande. Alto, longe, asas foram mesmo feitas para voar. Você pode realizar sonhos, conquistar o mundo, promover uma revolução. Pode casar, comprar uma bicicleta, escalar montanhas, virar gente grande, descobrir Urano. Pode entrar na correria, viver de poesia, respirar noticiário, matar um leão por dia. Mas não se esqueça nunca – nunquinha – de que a vida é feita de detalhes. Essas coisinhas assim bem simples e pequenas, mas de um significado gigantesco. Olhar nos ol

7 de abr. de 2018Ler mais →
De filha pra paiFamília

De filha pra pai

Meu pai nunca ligou muito para essa história de Dia dos Pais. “Invenção do comércio, minha filha, bobagem.” Outros momentos simples, por outro lado,  sempre tiveram o maior valor pra ele. Como me ligar diariamente, três vezes no mínimo, fizesse chuva ou sol, para se fazer presente com um carinho que era sua marca registrada: “Bom dia, princesa; boa tarde, Renatinha; boa noite, minha querida.” Como me buscar na escola com um sorriso largo e o meu chocolate favorito, me ensinando cedo o sabor

12 de ago. de 2017Ler mais →
SaudadeAmor

Saudade

Quem é que nunca sentiu o coração apertar de saudade? Aperta, arde, salga, espreme, esperneia. Saudade tem cheiro de mar, olhos parados lá longe, tontura de uma lonjura que parece não acabar. Ai. Que bom que acaba. Que bom que a gente pode se perder na quentura boa de um abraço, até ninguém mais te achar. Achou? Então vai lá e dá mais um. E outro. Mais um, mais um. É tanta saudade que já virou terapia do abraço. Saudade com prazo de validade é a melhor coisa que existe. Afeto cur

20 de jul. de 2017Ler mais →
De mãe pra filhaMães

De mãe pra filha

Minha mãe nunca me ensinou a cozinhar. Psicóloga de mão cheia (minha mestra, minha luz, minha guia), saía cedo de casa para ouvir problemas e traduzir sofrimento em palavras. Sua maior especialidade? Afeto, emoção, cuidado, ternura, muitos beijos e abraços, ingredientes que nunca poderiam faltar. Ah, e sempre conectada ao lado prático da vida, quanto mais praticidade melhor. Quando me casei, foi a ela que recorri  para preparar um “jantarzinho especial” pro meu marido: – Mãe, estou pen

7 de mai. de 2016Ler mais →
"Vou casar cedo"Família

"Vou casar cedo"

Ele tem apenas 10 anos e já pensa em casar. João Marcelo é um desses meninos raros, que reluzem ouro de tanta luz que têm. Filho de amigos queridos, acabou se tornando sobrinho querido também, fiz questão de me “apropriar” desse tesouro. Se quiser dar um presente a ele, esqueça os jogos e brinquedos convencionais. No último Natal ele pediu um siri. (Vivo, é claro.) Nada como um exótico  bichinho de estimação para se juntar às suas tantas outras paixões: um cachorro, um porquinho da índ

11 de fev. de 2015Ler mais →
PreciosidadeFilhos

Preciosidade

Ser mãe é ser um pouco maratonista, eu sei. Tanta correria, tantos afazeres, múltiplas tarefas entre trabalho braçal e educacional. Vacina, dentista, para-casa, quarto bagunçado, agasalho, dor de barriga, banho, bons modos, legumes, coleguinha. Aí chega o fim do dia, hora de de contar histórias e aquietar o cansaço, contar estrelas e olhar nos olhos, fazer cosquinha e dar gargalhada. Hora de deitar juntinho e completar a mais importante de todas as tarefas: abençoar seu filho sem que ele preci

3 de ago. de 2014Ler mais →
O batom, o bode e o micoFilhos

O batom, o bode e o mico

Você descobre que o seu filho não é mais criança quando se despede dele com um beijo na porta da escola e escuta invariavelmente a mesma pergunta, seguida de um esfregão na bochecha: “Você está de batom?”. Você descobre que o seu menininho saiu do diminutivo faz tempo quando ele passa a dividir as meias com o pai e as queixas com a mãe: “Essa bermuda cheia de desenhinho eu não vou usar. Muito menos pijama que brilha no escuro.” Bem-vinda adolescência, com todas as suas espinhas, exigência

1 de jul. de 2014Ler mais →
Guarde na memóriaVida

Guarde na memória

Tem coisas que você não se lembra mais. Tem coisas que grudam na memória como Super Bonder. Super doídas, absurdamente vivas, capazes de arrancar pedaço e tirar o sono. Tem gente que se pergunta como é que a ciência ainda não inventou a pílula do esquecimento. Quem dera esquecer o trauma, o susto, a dor que decidiu não parar de doer. E quem é que disse que precisa de ciência para apagar a memória? Basta ser gente. Basta ter um cérebro, um nome, um RG, uma família, um endereço para se esquec

9 de nov. de 2012Ler mais →
"Românticos Anônimos"Amor

"Românticos Anônimos"

“Românticos Anônimos” é um filme simplesmente delicioso. Fui outro dia sozinha e ontem rolou um irresistível “Vale a pena ver de novo” com o Dé, que confirmou a cada risada o sabor de um enredo cheio de graça e leveza. Sem falar do tanto de França que adentra pela alma da gente, seja pelas ruas, pelo outono, pelo sotaque e pelo chocolate (sim, ainda por cima tem uma fábrica de chocolate pra gente sair do cinema salivando – mesmo não sendo suíço). Em plena era de “pegação”, socialização, expl

24 de jan. de 2012Ler mais →
Pequenos dramas familiaresFamília

Pequenos dramas familiares

Tenho uma cunhada que é especialíssima em tudo o que faz. Especialíssima no sentido de especial e também especialista em várias coisas, se é que a língua portuguesa me permite fazer a casadinha. Margaret (carinhosamente chamada de Lelete, Lelesse) é a primeira filha de cinco o que significa que, além de irmã mais velha, é também a mãezona de todos. Sempre derramando afeto, sempre preocupada com que tudo saia bem, sempre esmerada em fazer com que cada programa de férias seja o melhor, faça ch

6 de jan. de 2012Ler mais →
Verdade ou mentira?Vida

Verdade ou mentira?

Às vezes fica tão fácil complicar a vida. Fica fácil colocar pedras no meio do caminho, por mais pesadas que elas sejam. Fica fácil trocar o sim pelo não. Colocar máscara de velho rabugento pra disfarçar a criança que tem aí dentro, estendendo os braços, pedindo colo. Sim. Colo, abraço, cheiro, afeto. Já ouviu falar nisso? Mas não. É mais fácil torcer o nariz, obedecer cegamente o relógio, ignorar a beleza que reside na simplicidade de um oi, um obrigado, um adeus. Filhos separados dos pais,

13 de out. de 2011Ler mais →