Palavras abraçam. Aproximam. Acolhem. Fazem do silêncio ponte, do coração tradução, da dor um caminho.

Renata Feldman faz das palavras matéria-prima. Seu trabalho é feito de escuta, acolhida, interação, escrita.

Seja no refúgio da psicologia clínica, nos livros publicados ou posts aqui do blog, palavra é preciosidade.

Entre, aconchegue-se e fique à vontade. É uma alegria dividir este espaço com você.

Renata Feldman

Psicóloga e Escritora

Pausa pra pensar na vida.

Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições.

Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada.

A vida cabe num blog.

Cinema

Filmes, séries e outras produções audiovisuais que valem a pena.

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Pontes no caminhoVida

Pontes no caminho

Dia desses o coração  do meu pai fez aniversário. Dezoito anos de uma cirurgia meio que no susto, “é pra já”, quatro pontes de safena levando a novos caminhos na vida dele: mais leveza, mudanças de hábito, muuita ginástica, cuidados com o corpo e a alimentação. Ganhei um pai atleta. Estive lá com ele naquele quarto de hospital, nem sei por quantos dias. Apesar das circunstâncias, do dreno e de todos aqueles fios, nunca conversamos tanto. O que não faltou foi assunto para o relógio andar mai

20 de out. de 2019Ler mais →
Per-doarVida

Per-doar

Certa vez um jornalista perguntou a uma judia sobrevivente dos campos de concentração: – A senhora perdoou os nazistas? – Sim. (…) Eu não suportaria carregá-los dentro de mim. Perdão é palavra recorrente no setting terapêutico. Palavra-chave, capaz de fechar ciclos ou abrir janelas há tanto tempo emperradas. Entre quatro paredes e duas portas acústicas separando o mundo lá fora, escuto a dor que vem das relações trincadas, quebradas, por vezes desmoronadas. Diante da mágoa erigida como

27 de set. de 2019Ler mais →
Faz parteTrabalho

Faz parte

Diante das coisas que escuto todos os dias (ossos de um ofício que me fascina desde sempre)  – e também para além das portas e janelas que guardam segredos na sala 804 – andei pensando e criei uma certa “trilogia da vida”.  Três frases, quase um mantra que percebo caber para qualquer pessoa – seja ela casada, solteira, engenheira, bailarina, pipoqueiro, pai, mãe, filho, gente simplesmente. 1- Faz parte. Sim, algumas coisas fazem parte – você querendo ou não, gostando ou não, concordando o

7 de set. de 2019Ler mais →
Baixe o aplicativoAmor

Baixe o aplicativo

Vivemos tempos pós-modernos, cheios de “ades”: individualidades, efemeridades, “automaticidades”, “celularidades”. (Já inventaram até aplicativo pra você ver como vai ficar em avançada idade, está “bombando” por aí.) Neologismos à parte, às vezes almoço sozinha e a experiência acaba sendo  um prato cheio. Na pausa sagrada do meu dia também corrido, repouso os talheres para comer devagar, como recomenda a nutricionista, e me ponho a observar as pessoas. Talvez por vício da profissão ou simpl

16 de jul. de 2019Ler mais →
Perdi o jeitoFamília

Perdi o jeito

Antes que o tempo corra ainda mais ágil, serelepe, urgente; antes que minha filha adolesça de vez, migrando da graça da infância para o respiro de novos ares, lá vou eu – catando pérolas e colecionando-as aqui, neste meu precioso colar de contos e memórias. Momento café da manhã, sagrada correria nossa de cada dia.  Em meio ao tilintar de xícaras e talheres, disputando espaço com a geleia e a cesta de pães, uma prova de geografia salta bem à minha frente, com a dona dela sorrindo pra mim:

3 de jul. de 2019Ler mais →
EmoçãoVida

Emoção

Se tem uma coisa bonita nessa vida – pra lá de bonita – se chama emoção. Dessas que vêm sem a gente pedir, sem marcar hora ou nada insistir. Simplesmente vem. Simplesmente brota, nasce, rompendo com a aridez desse nosso mundo denso e estranho. Nada de cisco no olho, gripezinha, resfriado. Nada de engolir esse choro que acordou bem-disposto. Deixa vir. Deixa fluir o que ficou aí guardado, escondido, engaiolado, contido. Emoção combina com autenticidade, carece de ser livre. Pode saltar das p

20 de jun. de 2019Ler mais →
Declaração de mãeFilhos

Declaração de mãe

Eu nunca imaginei que um atraso seria tão importante. Logo eu que sempre fui ligada às horas, minutos, segundos, uma lealdade ao relógio que deve ter vinda do meu avô. (Sempre que chegava a um compromisso – seja uma visita, uma consulta, um concerto de piano – o pai da minha mãe tinha por hábito enfiar a mão no bolso, pegar o seu relógio redondo e conferir as horas. Pontualidade britânica desse brasileiro nascido em Israel.) Aquele atraso mudou para sempre a minha vida. Interrompeu um ciclo

12 de mai. de 2019Ler mais →
Sem voltaAmor

Sem volta

Há um tempo que não volta. O tempo do ontem, das memórias guardadas, das palavras não ditas, do beijo interrompido. O tempo do talvez que ficou perdido na própria indagação, das perguntas sem resposta, da labuta vivida, dos registros mais lindos. Na sala de TV, desviando o meu olhar das quase sempre má notícias, um porta-retrato digital rouba a cena. E ali, naquele álbum vivo, cheio de cores e movimento, vejo resvalar o tempo. Por um instante desço no toboágua com o meu filho, carrego a min

1 de mai. de 2019Ler mais →
10 anos de blog!Família

10 anos de blog!

Foi ideia do meu marido. (Mais uma, entre tantas outras ideias iluminadas que ele já me deu.) A princípio eu meio que torci o nariz, disse que não, que essa história de blog não era pra mim. Paguei língua um tempo depois. E esse “pagamento” virou uma cachaça (ou melhor, um chocolate, faço mais gosto) na minha vida. Você não imagina o prazer que eu sinto em escrever pra você, pra mim, pra quem mais chegar. (Um dia, quando eu não estiver mais aqui, quem sabe meus netos, bisnetos, tataranetos vã

7 de abr. de 2019Ler mais →
Você sabe dizer não?Autoestima

Você sabe dizer não?

Engraçado. “Não”  é uma das palavras que você mais ouviu na infância. “Não mexe nisso”, “não pode”, “não isso, não aquilo”.  Se lhe soa tão familiar,  tão simples e sonoro de dizer, por que é tão difícil pronunciar essas três letrinhas? Escuto muita gente confessar essa dificuldade, tanto na clínica quanto na vida lá fora. Bem perto de mim, uma amiga querida vem tentando “largar o vício”: quase sempre (muito sempre) suas respostas giram em torno do sim. (Não tão simples assim.) Mais perto d

28 de mar. de 2019Ler mais →
Essas mulheresAutoestima

Essas mulheres

Ganhou flores pela primeira vez aos treze anos. Do pai. (Parodiando uma clássica propaganda de sutiã, “a primeira menstruação a gente nunca esquece”.) …………………………………………. Levanta cedo, perfuma a casa de café, prepara a merenda dos filhos, colhe alecrim para saborizar a água e aliviar os hormônios já cansados, se rende ao relógio, sai correndo. Feliz. Ou, na versão de Chico Buarque, “Todo dia ela faz tudo sempre igual; me sacode às seis horas da manhã; me sorri um sorriso pontual e me beija

8 de mar. de 2019Ler mais →
"Toca o barco"Vida

"Toca o barco"

Tem pessoas que a gente gosta de graça. Sem fazer a menor força. Mesmo sem conhecer de perto. Mesmo sem nunca ter saído pra tomar um café, como fazem os amigos. Mesmo sem ter o mesmo sangue correndo nas veias ou lugar certo no almoço de domingo. Mesmo sem nunca ter conversado, pode? Pode. Algumas pessoas se fazem gostar (eu diria até amar) naturalmente, por unanimidade, pelo jeito especial que têm de tocar o coração da gente e acender uma afinidade que não tem tamanho nem volta. Assim era o

14 de fev. de 2019Ler mais →

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