Luz, câmera, emoção.

Pausa pra sentir a emoção que vive na arte. E que a gente leva pra vida.

Seja no escurinho do cinema, no aconchego do sofá com pipoca, no abajur que ilumina o livro de cabeceira ou na emoção que vem do teatro, da dança, da obra de arte, Renata Feldman se inspira. O resultado são textos terapêuticos que nos convidam a refletir, trazendo luz ao pensamento e emoção ao coração.

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Estou aqui.

Estou aqui.

Sim, eu sei. Perdi o timing. Me perdi em meio à minha emoção, à minha ação. (Acho que fiquei paralisada, fora do ar, sem palavras.) Aí a vida veio passando, outros filmes também, e aqui estou: atrasada feito o coelho da Alice, "é tarde, é tarde, é tarde", mas aqui estou. Preciso ticar essa pendência. Check. Pode ser que você não leia, já tenha se saturado com o assunto, vou entender. Mas preciso escrever, a dívida é comigo mesma. E antes que você vá embora, te adianto um pequeno spoiler: o post

28 de jul. de 2025Ler mais →
"Homem com H"

"Homem com H"

Eu nunca gostei do Ney Matogrosso. Nem desgostei. Respeito sempre tive, vide meus olhos admirados de menina pousando sobre aquela figura excêntrica, dona de uma voz singular, chacoalhando o corpo no Programa do Chacrinha. Até que fui assistir "Homem com H" e saí do cinema querendo ligar pra ele: "-Oi, Ney, quer ser meu amigo? Vem almoçar comigo lá em casa, domingo, faço um churrasco pra você." Saí com o coração cheio, tomada de afeto por esse homem de 83 anos que faz shows até hoje (!) e que u

23 de jun. de 2025Ler mais →
Vitória

Vitória

O filme acabou e as luzes não se acenderam. Providencial. Um longa como este não poderia mesmo terminar assim, num corte abrupto para a vida lá fora. Da penumbra veio um tempo, um respiro, uma ponte para gentilmente nos conduzir de volta. Aos poucos. Fiquei alguns minutos paralisada, apreciando cada nome que ia surgindo na tela escura. Em letras garrafais, F E R N A N D A M O N T E N E G R O iluminou tudo. Inspirado em uma história real, Vitória nos convida a olhar pra dentro e enxergar valor

25 de mai. de 2025Ler mais →
Bituca

Bituca

Conheci Bituca nas aulas de canto da escola. Eu devia ter uns 10 anos quando me encantei por “Maria Maria”, “Nos bailes da vida”, “Coração de Estudante”. Fui da sala do cinema para a sala de aula em alguns minutos. O tempo passou para mim e para ele. E com certeza para você também.  Do menino que foi reprovado na aula de canto ao artista que emocionou o mundo com o seu talento, sua alma, sua voz, Milton Bituca Nascimento nos toca profundamente ao falar de existência; de um modo de existir, sonh

5 de mai. de 2025Ler mais →
No escurinho do cinema

No escurinho do cinema

Tenho que admitir. (Como se precisasse...) Sou apaixonada por cinema, e não é de hoje. Já escrevi vários posts aqui no blog sobre filmes incríveis que assisti e que instantaneamente fizeram minha mão coçar, quase uma urgência em escrever. Especialmente os enredos tocantes, emocionantes, que nos convidam a pensar e chorar. Simplesmente não resisto.  Devo ter ficado paralisada com “Ainda estou aqui”, e aqui ainda estou – sem palavras. Não me chamo Renata se não escrever. Prometo.  Como a fila an

28 de abr. de 2025Ler mais →
Doce espera

Doce espera

Eu sempre soube que ela se chamaria Isabella. Bella, com dois eles, em homenagem à minha avó materna, por quem sempre morri (vivi, ainda vivo) de amor. Eu só não sabia que ela iria demorar tanto para chegar, especialmente porque a primeira gestação veio muito rápido, contrariando a previsão da médica: “em torno de 6 meses a 1 ano, pode ir tomando as vitaminas.” No mês seguinte eu estava grávida. Foi depois de 2 anos de espera, nove Beta HCG negativos, um diagnóstico de

1 de nov. de 2024Ler mais →
"Meu filho, nosso mundo"

"Meu filho, nosso mundo"

Um filho de pais separados. Um diagnóstico de TEA – Transtorno do Espectro Autista. Um “convite” da escola para ele se retirar. Um filme sobre o amor, na dimensão mais ampla e profunda que esse sentimento carrega ao expressar os laços entre entre pais e filhos. (Amor que não dá pra explicar, “apenas” sentir.) E tem também o amor do avô, representado no filme pelo brilhante Robert De Niro, que fora das telas tem um filho autista. E é assim, exatamente do jeito que é, diagnostica

18 de ago. de 2024Ler mais →
Festa ou viagem?

Festa ou viagem?

O que são 15 anos para você? O que foram? Festa de debutante, valsa com o pai, viagem pra Disney, turma de amigos, espinhas no rosto, quarto fechado, fone de ouvido, mudança de escola. E dá-lhe química, física, biologia, hormônios à flor da pele, primeiro namorado, começo de terapia, aconchego ou conflitos na família, complete a lista. O que você fez nos últimos 15 anos? O que fará? Uma década e meia não é pouca coisa, pense bem. Para os casados há esse tempo, bodas de cri

20 de abr. de 2024Ler mais →
Diante do muro

Diante do muro

É de pedra, emoção, tijolo e terra o meu lamento. Pelas notícias que explodiram feito bombas em um sábado sagrado. Pelos homens que não aprenderam a amar. Pela paz que tarda a chegar. Pela falta de humanidade. Pela maldade que arde. Pela falta de trégua. Falta de amor. Estilhaços de dor. Pela falta de entendimento. Falta de tudo. Falta. Pela crueldade. Pesadelo. Tortura. Vidas no escuro. Pelo diálogo surdo. Grito mudo. Pelo choro de um mundo quase i

7 de out. de 2023Ler mais →
Amor e Angústia

Amor e Angústia

E aí então você tira uns dias de férias, ladeada de amigos queridos. Muito especiais e queridos. E se esses dias acontecem em Miami, em pleno mês de agosto, você logo pensa: sol, praia, coqueiros, calor, muito calor, compras, mais calor, areia branca, mar quentinho, revoada de gaivotas pra arrematar a beleza do lugar. Sonhou? E aí surge um domingo no meio do caminho. E um convite despretensioso para você conhecer o Memorial do Holocausto. E de repente os seus olhos param.

16 de set. de 2023Ler mais →
Barbies também choram

Barbies também choram

Eu nunca fui de brincar com Barbie. Sou do tempo da Susi, mas o que eu gostava mesmo era do “Meu Bebê”. Como num ensaio à maternidade que eu viveria anos mais tarde (não só como mãe mas também pesquisadora do tema no mestrado), adorava passear com esse boneco vestido com as roupinhas que já não cabiam mais na minha irmã, e bem aconchegado no carrinho que também foi dela. Algumas pessoas chegavam a me parar, achando que o menino era de verdade. Sucesso na praça. Como professora de red

15 de ago. de 2023Ler mais →
Volta ao mundo

Volta ao mundo

* Férias de julho, ponto de exclamação. Operação descobrir um pontinho no mapa, fazer o roteiro, desbravar se Deus quiser um dia o mundo inteiro. Meu filho foi pra Israel, na viagem mais impactante da sua vida. Viajamos juntos: norte da Galileia, Safed (a cidade sagrada da cabala), Jerusalém (onde nasceu o meu querido avô Zé), Museu do Holocausto, Muro das Lamentações, Mar Morto, Tel Aviv. Fomos juntos pelo coração, pelas mensagens do WhatsApp, pelas fotos que me fizeram chorar

18 de jul. de 2023Ler mais →
Chá-revelação

Chá-revelação

* * Na minha época não tinha essa história de chá-revelação. A esperada descoberta do sexo do bebê era feita no momento do ultrassom e comemorada ali mesmo, no calor e na simplicidade de uma emoção que aos poucos ia sendo compartilhada com a família inteira. Foi assim no ultrassom do Léo. Foi maais ou menos assim no ultrassom da Bella. Depois de um ano e meio tentando engravidar pela segunda vez (“esterilidade psíquica“, já contei por aqui), a grande revelação veio no result

1 de nov. de 2022Ler mais →
A criança que nos toca.

A criança que nos toca.

* Teatro lotado. Silêncio instaurado. Músicos a postos. No programa, Trio em si bemol maior, op. 11, de Ludwig van Beethoven. No palco, um violoncelista, um clarinetista e uma pianista de aproximadamente cinco anos de idade emocionavam o público com o seu talento. Eu disse cinco anos, mas é brincadeira. (E num sentido quase literal, você vai entender logo adiante.) O consagrado violoncelista Antônio Meneses acaba de completar 65 anos, e veio justamente celebrar a data no B

6 de set. de 2022Ler mais →
Da porta pra fora.

Da porta pra fora.

Algumas pessoas costumam estranhar. “Duas portas?” Sim, e com revestimento acústico, para que nada que se fale aqui dentro seja ouvido lá fora. Nem por uma mosca, costumo dizer. Sim, segredo é sagrado. Basta uma pequena mudança de vogal para expressar a dimensão que é se assentar diante de alguém e escutar o que o seu coração, tantas vezes espremido e abarrotado, traz. Seja o passado, o presente, o futuro tão cheio de incertezas. Seja a dor, o amor, a culpa, o medo, a tristeza, o des

31 de jul. de 2022Ler mais →
Equilibristas

Equilibristas

Cheias de graça. Raça. Vontade. Luz. Fonte de força. Fibra. Ternura. Amor. (Conhece?) Lá vão elas, perfumadas e com passo firme, dizer ao mundo: “Oi, aqui estou.” “Cheguei. Mal posso esperar. “Muito prazer, esta sou eu.” “Movida pela paixão” “Sangrando o tempo.” “Dando nó em pingo d’água.” “Profissão? Equilibrista.” “Sei o que que quero.” “Não, obrigada’.” “Tenho pressa.” “Tenho emoção correndo nas veias.” “Não posso me demorar.” “É pra lá que eu vou.” “Beijos. Fui.” Cheias de graça.

8 de mar. de 2020Ler mais →
A vida pede emoção

A vida pede emoção

Que não nos falte emoção para seguir os dias. Seja o primeiro ou último do ano, segunda ou quarta-feira, sol rachando ou aguaceiro. Emoção toca, vibra, sopra, chacoalha, aperta, desperta. Emoção coloca o coração em movimento, melhor exercício não há. Deixa brilhar os olhos, abrir um riso largo, abrir-se para o novo que te espia na janela. Sem medo de ser feliz vai lá e voa, dá uma cantada no sol, vai passarinhar por aí.  Respira alegria, inspira um tanto de paz,  passa pra frente essa e

8 de jan. de 2020Ler mais →
Per-doar

Per-doar

Certa vez um jornalista perguntou a uma judia sobrevivente dos campos de concentração: – A senhora perdoou os nazistas? – Sim. (…) Eu não suportaria carregá-los dentro de mim. Perdão é palavra recorrente no setting terapêutico. Palavra-chave, capaz de fechar ciclos ou abrir janelas há tanto tempo emperradas. Entre quatro paredes e duas portas acústicas separando o mundo lá fora, escuto a dor que vem das relações trincadas, quebradas, por vezes desmoronadas. Diante da mágoa erigida como

27 de set. de 2019Ler mais →
Emoção

Emoção

Se tem uma coisa bonita nessa vida – pra lá de bonita – se chama emoção. Dessas que vêm sem a gente pedir, sem marcar hora ou nada insistir. Simplesmente vem. Simplesmente brota, nasce, rompendo com a aridez desse nosso mundo denso e estranho. Nada de cisco no olho, gripezinha, resfriado. Nada de engolir esse choro que acordou bem-disposto. Deixa vir. Deixa fluir o que ficou aí guardado, escondido, engaiolado, contido. Emoção combina com autenticidade, carece de ser livre. Pode saltar das p

20 de jun. de 2019Ler mais →
Oratória

Oratória

Você aprendeu várias regras de boa educação. Como falar, como se comportar, como agir. Como ser uma moça bem-educada, um moço gentil, alguém que segue à risca o protocolo. Aprendeu a seguir o certo, o convencional, uma boa dose de cerimônia e certa formalidade que convém ao mundo. Fez o dever de casa direitinho, passou de ano, passou no teste. Ganhou estrelinha, acumulou incumbências, um tanto de lombalgia também, na ilusão de que conseguiria (ou deveria) carregar o mundo nas costas. Foi

5 de set. de 2017Ler mais →
Alegria

Alegria

Alegria é um estado de espírito. Um show do Ed Sheeran. Um sorriso inédito do filho. (Impagável, indizível, imperdível.) Um vale-massagem da filha. (Vale-bis?! Biiiis.) Um pé pra lá, outro pra cá em plena cozinha às 10 da manhã de sábado, deixa a louça pra depois. Alegria é um brilho que a gente carrega nos olhos. Um mergulho no seu “melhor de si”. É  amar sua profissão. É o sopro da leveza quando tudo fica mais pesado. É um tanto de problema pra ouvir sorrindo, acendendo luz no caminho. Um

5 de jun. de 2017Ler mais →
A dor que te move

A dor que te move

Todo mundo sabe a dor que tem. Lá de trás ou de agora, não importa. Escondida ou escancarada, recorrente ou velada, há dores capazes de afundar o peito e arranhar a alma, até escurecer tudo. Até as estrelas. Todo mundo sabe também o Deus que tem. Ou que não tem, se por acaso resolveu brigar com Ele. Sim, há quem brigue com Deus. Há quem jogue fora toda espécie de crença e esperança e sentido, exausto de tanto sofrer. Há quem entre em coma, quase, de tanto doer. Mas aí vem Deus e te mand

23 de mai. de 2017Ler mais →
Pelos cotovelos

Pelos cotovelos

Fala sem parar, por falar, se esqueceu (?) de sentir. Frio? Abandono? Medo? Tristeza? Alegria? Sentimento ainda não descoberto, não nomeado? Coração tomou anestesia, paralisado de taquicardia, amordaçado ficou, relógio parou. Insônia. Fala do tempo, do vizinho, do político, do padeiro, da labuta. Fala da certeza que não tem, do ônibus que não vem, do trampo e do santo, dos milagres tão escassos. Em falta. “Calor danado, precisando chover.” Distância doída, cansou  de sofrer. Sob

27 de out. de 2016Ler mais →
Onde Vander Lee possa me ouvir

Onde Vander Lee possa me ouvir

Te conheci há alguns anos, na piscina, e chorei de emoção. A aula de hidroginástica chegara ao fim e a professora colocou uma música sua para tocar. Fazer o alongamento ouvindo “Onde Deus possa me ouvir” foi como fazer uma prece, presente pra alma depois que o corpo (missão cumprida!), já sorria agradecido. Cheguei ao consultório com a sua música na cabeça e no coração, querendo dividir com o mundo cada palavra sua. Num intervalo entre um atendimento e outro, fiz um café, entrei no facebo

7 de ago. de 2016Ler mais →
De mãe pra filha

De mãe pra filha

Minha mãe nunca me ensinou a cozinhar. Psicóloga de mão cheia (minha mestra, minha luz, minha guia), saía cedo de casa para ouvir problemas e traduzir sofrimento em palavras. Sua maior especialidade? Afeto, emoção, cuidado, ternura, muitos beijos e abraços, ingredientes que nunca poderiam faltar. Ah, e sempre conectada ao lado prático da vida, quanto mais praticidade melhor. Quando me casei, foi a ela que recorri  para preparar um “jantarzinho especial” pro meu marido: – Mãe, estou pen

7 de mai. de 2016Ler mais →
5 Anos

5 Anos

Há cinco anos a gente se encontra, conversa, conecta, troca um dedo de prosa e poesia. Respira fundo e chora, ri, pensa, sente, sonha, realiza, eterniza o que há para ser guardado. Há cinco anos a gente faz das palavras terapia, da terapia alegria, da alegria razão de viver. Obrigada por fazer parte da minha inspiração e da minha escrita. Com você, o blog faz festa, poema, convite, pausa, movimento, faz todo o sentido. Um abraço carinhoso, Renata P.S.: Em breve, novidades par

13 de abr. de 2014Ler mais →
Março

Março

Noite escura. Fez sol. Encontro iluminado. Fez sentido. Grandeza de alegria. Amor de sinfonia. Contração de coração. Fez festa dentro de mim. Silêncio no hospital. Emoção dilatada. Duo de piano e violino começou a tocar. Tocou a alma. Sinos ressoaram. Sina mais linda inventei de viver. Olhos cheios d’água. Águas de março. Nasceu você. * Retirado do livro Refúgio, Renata Feldman, Editora Asa de Papel, 2013.

6 de mar. de 2014Ler mais →
Pausas

Pausas

Se eu morrer de amor? Morri. Flores, violino, último suspiro. Nasci. Dor de contração, vôo livre, vou. Viena, Toscana, Tel Aviv. Parada cardíaca, abalo de emoção, nudez enluarada, embalo de dormir. Concha, estrela, morrer do sol, Deus de longe vi. Poesia, escritura, lindura de palavra inventada pra dizer numa sentada o que senti. Porvir. Por mim. Tin-tin. Se eu nascer de amor? Vivi.

11 de fev. de 2014Ler mais →
O dia em que a terapeuta chorou. Ou: emoção de uma crônica autorizada

O dia em que a terapeuta chorou. Ou: emoção de uma crônica autorizada

Toda quinta ela anunciava sua chegada com uma batida inconfundível na porta: toc-toc, toc-toc, toc-toc. Chegava carregada de luz, cansaço, pasta executiva, esperança, celular já no jeito para plugar no tomada e vontade de mudar o mundo – o seu mundo. Queria emagrecer, queria engravidar, queria deixar a vida de executiva pilhada no último grau e ficar bem zen. Seu sonho quase foi parar no Guinness Book: tudo o que aquela mulher queria era deixar o posto de empresária e virar professora de iog

26 de dez. de 2013Ler mais →
Síndrome de Peter Pan

Síndrome de Peter Pan

Minha filha se apaixonou por um unicórnio. Foi lá na Universal Studios, depois de viver minutos de “Minion” no empolgante simulador do “Meu Malvado Favorito”. Na saída da atração, mais atração: uma lojinha tentadora com suas blusas amarelo-vivo, chaveirinhos personalizados, unicórnios de pelúcia esparramados pela prateleira. Não deu outra: – Ahhhh, mamãe, que liinndo!… – Lindo mesmo, Bebella, mas depois a gente olha com calma. Vamos lá no Shrek, antes que o parque feche. (!) E depois de m

9 de nov. de 2013Ler mais →
Apaixonadamente

Apaixonadamente

Mania essa de viver apaixonadamente. De transformar cada gota de suor, sonho, travessia em grito de gol. Alçar vôo, romper o chão. Roubar a lua para pôr nos olhos. Audaciosa e escancaradamente. Deixar à mostra essa alegria que te move, te acorda, te faz. Fazer o para-casa, sair de casa, mostrar ao mundo a sua cara. Hospedar o Paul, lotar o estádio, fazer o melhor café do mundo. Pura energia, sintonia, música que não desafina. Voltar a enxergar. Voltar a andar, mesmo que numa cad

3 de abr. de 2013Ler mais →
No escurinho do cinema

No escurinho do cinema

E entre “cabruns”, “grrrrrrrs” e “ôôôôôôôôôôs” ouvidos em altíssima definição acústica, como se estivéssemos todos em plena era pré-histórica, fugindo de animais ferozes e pedras gigantes, ganho uma cutucada da Bella: – Mamãe, ainda bem que a gente não tá em casa, né? – Por quê, filha? – Por que senão você ia pedir pra abaixar o volume… ……………………………………………..

28 de mar. de 2013Ler mais →
"Românticos Anônimos"

"Românticos Anônimos"

“Românticos Anônimos” é um filme simplesmente delicioso. Fui outro dia sozinha e ontem rolou um irresistível “Vale a pena ver de novo” com o Dé, que confirmou a cada risada o sabor de um enredo cheio de graça e leveza. Sem falar do tanto de França que adentra pela alma da gente, seja pelas ruas, pelo outono, pelo sotaque e pelo chocolate (sim, ainda por cima tem uma fábrica de chocolate pra gente sair do cinema salivando – mesmo não sendo suíço). Em plena era de “pegação”, socialização, expl

24 de jan. de 2012Ler mais →
Livro de vida inteira

Livro de vida inteira

Tenho me encontrado com Martha Medeiros todos os dias. Cada página de “Feliz por nada” é um pouquinho dela que fica em mim, fazendo-me acreditar que essa tal de sintonia realmente existe. Além do jeito lindo de escrever, Martha Medeiros encanta com o conteúdo de cada crônica. Fiquei presa “Dentro de um abraço”, ouvindo “Sons que confortam”, pensando na “Melhor coisa que não me aconteceu”, me deliciando com “Beijo em pé”. Algumas crônicas já estou recomendando de “para-casa” para alguns cli

15 de dez. de 2011Ler mais →
"Noite de Ano Novo"

"Noite de Ano Novo"

Tá bom, tá bom. Sei que desembestei a falar de cinema, mas não resisto à tentação. É que a questão náo é bem o cinema. É o tanto de vida que se desenrola ali na telona, acústica perfeita de “eu te amos”, “te perdôo”, “olás”, “adeus”, “Feliz Ano Novo”. Então é noite de Ano Novo em Nova York. Precisa falar mais alguma coisa? Ou você quer que eu chame o Frank Sinatra pra gente dar uma palinha? “It´s up to you, New York, New Yooooooork!…” Sim, o filme é cheio de música, emoção, atores de peso (

10 de dez. de 2011Ler mais →