Renata Feldman

Palavras abraçam. Aproximam. Acolhem. Fazem do silêncio ponte, do coração tradução, da dor um caminho.

Renata Feldman faz das palavras matéria-prima. Seu trabalho é feito de escuta, acolhida, interação, escrita.

Seja no refúgio da psicologia clínica, nos livros publicados ou posts aqui do blog, palavra é preciosidade.

Entre, aconchegue-se e fique à vontade. É uma alegria dividir este espaço com você.

Pausa pra pensar na vida.

Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições.

Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada.

A vida cabe num blog.

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Dia do PerdãoAmor

Dia do Perdão

Quebro meu jejum de quase trinta dias ao fim do Yom Kipur. Jejum de palavras, rimas, versos, vírgulas. Quase morro de inanição. Sinagoga cheia (nunca vi tão cheia) no Dia do Perdão. Cheia de raízes, netos, filhos. Cheia de Deus, de mim, começo e sim. Lindeza de gente reunida pelo perdão. Pelas perdas que vieram antes dele. Pelo coração deficitário de amor, urgente de paz, infartado de dor. E aí vem a reza, o canto, as velas acesas pelas crianças. Vem a esperança de regar o que se

26 de set. de 2012Ler mais →
Rotina de trabalhoTrabalho

Rotina de trabalho

Trabalho no oitavo andar com vista pro mar. Entre uma pausa e outra, café com biscoito, descanso os olhos sobre o verde-azul infinito que decora o fundo de tela do meu computador. ………………………………………………………….. Trabalho no oitavo andar com vista pro AMAR. Entre uma caixa de lenço e outra, detenho os olhos sobre as mais variadas espécies de dor. A dor de quem perdeu alguém. A dor de quem procura alguém. A dor de existir. A dor de sumir. A dor de amar. A dor de remar. A dor de crescer. A

29 de ago. de 2012Ler mais →
Filosofia infantilFilhos

Filosofia infantil

E depois de muito filosofar sobre Deus, minha Bella vai crescendo cheia de “comos” e “por quês”, ora perguntando, ora afirmando, atenta aos mínimos detalhes do que acontece no mundo. – Mamãe, como é que faz canudo? – Por que que o copo é redondo? – Por que que o carro bate? – Como é que o cabelo cresce? – Se o papai não voltar de viagem hoje, acho bom eu dormir com você pra te fazer companhia… – Melhor desenhar a menininha sem nariz mesmo. Se não vai ficar parecendo que ela tem um terce

15 de ago. de 2012Ler mais →
Começo de tudoFilhos

Começo de tudo

Minha Bella anda pra lá de filosófica. Ontem à noite, já na cama, depois de todo o ritual para dormir, me vem ela com a seguinte perguntinha: – Mamãe, quem é que criou Deus? (…) – Deus? (…) Ah, minha filha, Deus sempre existiu. E com a sua luz, com a sua força ele criou o mundo. Não se dando muito por satisfeita, a danadinha insistiu: – Mas quem criou Deus, mamãe? – O amor, filha. Foi o amor que criou Deus. E com esse mesmo amor enchi a pequena de beijos de boa noite, dorme bem, sonha

5 de ago. de 2012Ler mais →
Listinha da mulher pós-modernaMulheres

Listinha da mulher pós-moderna

Supermercado, sacolão, arroz com feijão. Fazer a unha, o álbum de fotos, a digestão. Brincar com as crianças. Jogo da memória. (Memória?) Exame de sangue. Sangrar o tempo. Ioga. Judô. Vale-Tudo. Tudo? Jogar fora os controles-remoto. Levar os edredons pra lavar. Perfumar a cama. Ensaiar que ama. Limpeza de pele. Curso de corte e costura. Jura? O cartucho acabou. A impressora estragou. Reunião de condomínio. (Dá pra ser virtual? Não me leve a mal.) Chora. Ri. Medita. Pedido de

18 de jul. de 2012Ler mais →
HomensAmor

Homens

Três homens num boteco, cerveja estupidamente gelada, conversa pra jogar fora. “E aí, comeu?” A típica perguntinha circulante no universo masculino anda provocando risos no cinema. Adaptado de uma premiada peça de Marcelo Rubens Paiva, o filme é uma ótima pedida para relaxar, descontrair e sorver um pouco da alma masculina. Sim, alma masculina. Por trás de todos os estereótipos, jargões e posturas que criam verdadeiros abismos entre homens e mulheres, fomentando a velha e boa guerra dos

17 de jul. de 2012Ler mais →
EmergênciaFilhos

Emergência

Tudo bem que infecção urinária é um negócio bem aflitivo. Casinha de dois em dois minutos, dor e calafrio. Por conta dessa aflição toda fui parar no hospital, já que a prudência manda fazer exames antes de entrar no antibiótico. O problema é quando você já está nesse processo e ainda vem o riso pra contorcer um pouco mais a bexiga, já a ponto de explodir. Meu pai, que é um fofo de um coruja, super-hiper-ultra protetor, me levou e ficou inconformado de ver que a minha pulseirinha e

7 de jul. de 2012Ler mais →
Culpa materna parte 2Mães

Culpa materna parte 2

Dessa vez eu não tinha aula no mestrado. Parênteses: as aulas acabaram. Agora é só escrever, escrever, escrever. Enfim sós: apenas eu, meus livros, meus neurônios e minha orientadora que eu “ganhei na loteria”. O título da minha dissertação? “Modos de ser mãe na contemporaneidade.” Hum. Pois é. Olha eu aqui escrevendo sobre culpa materna parte 2. Me sentindo objeto de pesquisa da minha própria pesquisa. Me sentindo culpada porque no dia anterior fui ao cinema (também sou filha de Deus), não

6 de jul. de 2012Ler mais →
Culpa maternaMães

Culpa materna

Semana do Dia das Mães, um ano atrás. Vem na agenda da Bella o seguinte bilhete: “Mamãe, venha assistir nossa apresentação de inglês na próxima sexta-feira, às 14 horas. Você é nossa convidada especial.” Ui. Justo naquele dia, exatamente naquela hora, eu tinha aula de Ética no mestrado com trabalho para apresentar. Socorro. Apelei pra minha mãe, que rapidamente se incumbiu de ir no meu lugar. Super vó. (Corta.) Uma hora da tarde, eu lá no meu mestrado tentando me concentrar na aula de

4 de jul. de 2012Ler mais →
Encontro marcadoAutoestima

Encontro marcado

Tomou um banho de horas. Shampoo, condicionador, esfoliante, óleo de maracujá para acalmar o mundo que costuma carregar nas costas. Pintou as unhas, passou perfume, hidratou as rugas, passou a perna no tempo. Batom vermelho, sombra nude, luz que sempre foi sua. Há um bom tempo não se sentia assim. Descompromissadamente inteira, dona de si, faceira. Completamente face to face, nenhum vestígio seu no facebook. Olhou o relógio, subiu no salto, entrou no táxi. – Restaurante Outono, po

28 de jun. de 2012Ler mais →
Uma judia no campo de concentraçãoVida

Uma judia no campo de concentração

O inesquecível roteiro de viagem à Alemanha incluía castelos medievais, sinos no café da manhã, alpes com neve margeando a charmosa Estrada Romântica. Campo de concentração não. Não combinava, não precisava, absolutamente não fazia parte dos nossos planos. Mas como em determinado momento a viagem a dois se transformou num grupo de vinte, e em grupo há de haver flexibilidade e jogo de cintura, os planos acabaram mudando. Em poucos minutos estávamos no trem para Dachau, famoso campo de concent

16 de jun. de 2012Ler mais →
NamoradosAmor

Namorados

Ah, os namorados. Lá vem eles abraçados, exalando perfume entre beijos, sussuros e luas, tocando música com os olhos. Conversa pra mais de horas, sintonia rimando alegria, velas acesas no escuro. Ouvi dizer que estão em falta. Dizem as más línguas que falta beijo de verdade, abraço amassado, telefone tocando no dia seguinte. (…) Tum, tum, tum. O amor está ocupado, só pode. Liga a tia, o chefe, o vizinho. O namorado nem sinal. Desculpa, foi engano. Efemeridade de amor que dura pou

11 de jun. de 2012Ler mais →

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Filmes, séries, documentários e análises críticas sobre o universo cinematográfico.

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