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Últimas Publicações

Começo de tudoFilhos

Começo de tudo

Minha Bella anda pra lá de filosófica. Ontem à noite, já na cama, depois de todo o ritual para dormir, me vem ela com a seguinte perguntinha: – Mamãe, quem é que criou Deus? (…) – Deus? (…) Ah, minha filha, Deus sempre existiu. E com a sua luz, com a sua força ele criou o mundo. Não se dando muito por satisfeita, a danadinha insistiu: – Mas quem criou Deus, mamãe? – O amor, filha. Foi o amor que criou Deus. E com esse mesmo amor enchi a pequena de beijos de boa noite, dorme bem, sonha

5 de ago. de 2012Ler mais →
Listinha da mulher pós-modernaMulheres

Listinha da mulher pós-moderna

Supermercado, sacolão, arroz com feijão. Fazer a unha, o álbum de fotos, a digestão. Brincar com as crianças. Jogo da memória. (Memória?) Exame de sangue. Sangrar o tempo. Ioga. Judô. Vale-Tudo. Tudo? Jogar fora os controles-remoto. Levar os edredons pra lavar. Perfumar a cama. Ensaiar que ama. Limpeza de pele. Curso de corte e costura. Jura? O cartucho acabou. A impressora estragou. Reunião de condomínio. (Dá pra ser virtual? Não me leve a mal.) Chora. Ri. Medita. Pedido de

18 de jul. de 2012Ler mais →
HomensAmor

Homens

Três homens num boteco, cerveja estupidamente gelada, conversa pra jogar fora. “E aí, comeu?” A típica perguntinha circulante no universo masculino anda provocando risos no cinema. Adaptado de uma premiada peça de Marcelo Rubens Paiva, o filme é uma ótima pedida para relaxar, descontrair e sorver um pouco da alma masculina. Sim, alma masculina. Por trás de todos os estereótipos, jargões e posturas que criam verdadeiros abismos entre homens e mulheres, fomentando a velha e boa guerra dos

16 de jul. de 2012Ler mais →
EmergênciaFilhos

Emergência

Tudo bem que infecção urinária é um negócio bem aflitivo. Casinha de dois em dois minutos, dor e calafrio. Por conta dessa aflição toda fui parar no hospital, já que a prudência manda fazer exames antes de entrar no antibiótico. O problema é quando você já está nesse processo e ainda vem o riso pra contorcer um pouco mais a bexiga, já a ponto de explodir. Meu pai, que é um fofo de um coruja, super-hiper-ultra protetor, me levou e ficou inconformado de ver que a minha pulseirinha e

6 de jul. de 2012Ler mais →
Culpa materna parte 2Mães

Culpa materna parte 2

Dessa vez eu não tinha aula no mestrado. Parênteses: as aulas acabaram. Agora é só escrever, escrever, escrever. Enfim sós: apenas eu, meus livros, meus neurônios e minha orientadora que eu “ganhei na loteria”. O título da minha dissertação? “Modos de ser mãe na contemporaneidade.” Hum. Pois é. Olha eu aqui escrevendo sobre culpa materna parte 2. Me sentindo objeto de pesquisa da minha própria pesquisa. Me sentindo culpada porque no dia anterior fui ao cinema (também sou filha de Deus), não

6 de jul. de 2012Ler mais →
Culpa maternaMães

Culpa materna

Semana do Dia das Mães, um ano atrás. Vem na agenda da Bella o seguinte bilhete: “Mamãe, venha assistir nossa apresentação de inglês na próxima sexta-feira, às 14 horas. Você é nossa convidada especial.” Ui. Justo naquele dia, exatamente naquela hora, eu tinha aula de Ética no mestrado com trabalho para apresentar. Socorro. Apelei pra minha mãe, que rapidamente se incumbiu de ir no meu lugar. Super vó. (Corta.) Uma hora da tarde, eu lá no meu mestrado tentando me concentrar na aula de

4 de jul. de 2012Ler mais →
Encontro marcadoAutoestima

Encontro marcado

Tomou um banho de horas. Shampoo, condicionador, esfoliante, óleo de maracujá para acalmar o mundo que costuma carregar nas costas. Pintou as unhas, passou perfume, hidratou as rugas, passou a perna no tempo. Batom vermelho, sombra nude, luz que sempre foi sua. Há um bom tempo não se sentia assim. Descompromissadamente inteira, dona de si, faceira. Completamente face to face, nenhum vestígio seu no facebook. Olhou o relógio, subiu no salto, entrou no táxi. – Restaurante Outono, po

27 de jun. de 2012Ler mais →
Uma judia no campo de concentraçãoVida

Uma judia no campo de concentração

O inesquecível roteiro de viagem à Alemanha incluía castelos medievais, sinos no café da manhã, alpes com neve margeando a charmosa Estrada Romântica. Campo de concentração não. Não combinava, não precisava, absolutamente não fazia parte dos nossos planos. Mas como em determinado momento a viagem a dois se transformou num grupo de vinte, e em grupo há de haver flexibilidade e jogo de cintura, os planos acabaram mudando. Em poucos minutos estávamos no trem para Dachau, famoso campo de concent

15 de jun. de 2012Ler mais →
NamoradosAmor

Namorados

Ah, os namorados. Lá vem eles abraçados, exalando perfume entre beijos, sussuros e luas, tocando música com os olhos. Conversa pra mais de horas, sintonia rimando alegria, velas acesas no escuro. Ouvi dizer que estão em falta. Dizem as más línguas que falta beijo de verdade, abraço amassado, telefone tocando no dia seguinte. (…) Tum, tum, tum. O amor está ocupado, só pode. Liga a tia, o chefe, o vizinho. O namorado nem sinal. Desculpa, foi engano. Efemeridade de amor que dura pou

11 de jun. de 2012Ler mais →
Tudo se transformaMulheres

Tudo se transforma

Quem diria. O céu que amanheceu cinzento ganhou cor ao meio-dia. Céu de brigadeiro. A chuva que insistia em cair mudou de ideia e de rumo. Deu lugar ao sol, solamente. O frio foi embora, levado por uma corrente marítima talvez. Levado de levadeza. Fez calor. Fez falta, festa e sim dentro de mim. Chapeuzinho Vermelho ficou lá longe, distante, acenando para a mulher já quase a correr com os lobos.

6 de jun. de 2012Ler mais →
Detalhes tão pequenosFilhos

Detalhes tão pequenos

Domingo é dia de faxina lá em casa. Tesourinha de unha, cotonete Johnson, mãe judia a postos no sofá esperando quem vem primeiro. – Lé-eeeeo!…Be-llaaaa!… A pequerrucha chega primeiro, estende as mãozinhas como se estivesse no salão de beleza e ainda pede esmalte. O pequerrucho demora, enrola, foge, reclama e acaba no sofá, inconformado. Meu trabalho é minucioso: além de cortar as unhas tenho que tirar o excesso de massinha, argila, sujeira. Ok. Como diz um famoso slogan de sabão em pó, “s

26 de mai. de 2012Ler mais →
"Pauseada"Amor

"Pauseada"

Depois das emoções dos últimos acontecimentos, o blog volta à sua vidinha normal, mas não sem antes prestar homenagem ao nosso querido Carlos Drummond de Andrade, que uma vez disse: “A vida necessita de pausas.” (…) “Pauseada” que estou, vim buscar novas emoções e – como diz o Dé, inspiração – nas indescritíveis e apaixonantes paisagens da Alemanha, Áustria, Suíça. Tão perto das minhas raízes, vim florescer em outras terras o amor que perfuma minha vida faz tempo. Vim descobrir castelos m

23 de mai. de 2012Ler mais →