Quem conhece o amor sabe o que é viver a alegria e tranquilidade do hábito.
Hábito que habita o bom dia, as escovas de dente, o doce ruído dos talheres à mesa, a roupa de cama, o beijo de despedida.
Quem conhece o amor sabe o que é viver o hábito da torcida, do cuidado, dos projetos tão em comum. Hábito que habita os porquês do filho, o chorinho da filha, o abraço cheio de energia ao final de um dia cheio de trabalho.
Quem conhece o amor sabe o que é viver o hábito dos domingos de sol ou de chuva, quando o melhor programa é estar simplesmente junto, não importa onde.
Quanto mais cresce o amor, mais a gente se acostuma com o outro: pernas entrelaçadas para dormir, mensagens de boa viagem, boas risadas à hora do jantar, porto seguro que torna mais leve os assuntos pesados.
Mas o amor se assusta qundo se habitua à rispidez dos desencontros, aos rótulos que são pregados, às palavras que são colocadas na boca.
Se deixar, o amor se habitua à falta de conversa, ao bom dia atravessado, ao carinho atropelado, à autoridade surda. (Será que o amor se acostuma?)
O leve fica pesado, o pequeno fica grande, o domingo vira segunda, a ponte vira abismo, o amor vira dor.
Andre diz
Meu amor, o amor tem o poder de transformar coisas ruins em coisas boas. O amor dá leveza a vida, dá cor e cheiro bom ao dia a dia. O amor busca a felicidade igual a água do rio busca o mar. Pode ter barreiras, mas sempre encontra uma forma de transpor-las.É natural. Te amo.
Bê Sant Anna diz
Talvez seja necessário, pois, transformar o hábito em rito. E dizer da importância da repetição, escolha do caminho rumo à perfeição. Sim, ela não existe. Mas o caminho rumo a ela existe sim. E está cheio de seguidores, vítimas do desejo de sonhar alto e cada vez mais…
Renata Feldman diz
Dé, você conhece bem o amor. Sabe o tanto que ele é transforma-dor e maior do que tudo nessa vida. Nada como amor, a-mar e um pouco de poesia pra deixar a gente “bem-acostumado”. Todo o meu amor.
Renata Feldman diz
É, Bê… Isso me faz pensar no velho clichê de que “casamento sempre cai na rotina”…
Na minha opinião, se a rotina é gostosa, preenchida por “bons hábitos”, que problema há? Mas acho que “cair no rito” seria bem mais apropriado, mais cheio de significado.
Anonymous diz
Renata, Hum… que surpresa maravilhosa encontrar um blog seu. Além de excelente profissional é uma escritora brilhante.
Estou me deliciando com seus textos e matando saudades… de Minas, dos nossos encontros, de um tempo difícil mas muito enriquecedor. Estou aqui em terras nordestinas. E a cada dia que acordo tenho a absoluta certeza que para ficar deprimido no nordeste tem que ser um artista. O sol daqui nos renova e trás vida a cada amanhecer.Continuarei lhe visitando. Um beijo grande…
Ana Cristina (lembra?):-)
Renata Feldman diz
Querida Ana Cristina (como eu ia me esquecer de você?), que emoção boa te “reencontrar” aqui, depois de tanto tempo!… Fico muito feliz de ter notícias suas, e de saber o quanto a nova vida está te fazendo bem!…
Apareça sempre, sua visita é muito especial!
Beijos carinhosos
Vivi diz
Renata,
vim ao seu blog via blog do Vinicius. Uma boa ponte que me trouxe a um lugar muito gostoso!
Adorei seu blog, especialmente este post, que fala muito do que penso e do que espero (esses hábitos, os bons, me encantam!).
Foi um prazer estar aqui. Estarei mais vezes!
Um abraço!
Renata Feldman diz
Vivi,
Obrigada pela visita! Tenho descoberto, aqui com o blog, boas pontes e um novo hábito na minha vida. Seja bem-vinda!
Um grande abraço!