Vida

Artigos em Vida

AniversárioVida

Aniversário

Fazer aniversário em tempos de pandemia é um evento. Sem balões, sem convidados, sem festa. Mas de uma alegria só. Com direito a cachoeira. Cantoria. Sossego. Aconchego gostoso de família. Bolo surpresa. Muitas supresas. E de uma senhora responsabilidade também, acima de tudo: agradecer, mais do que nunca, mais do que sempre, o luxo de estarmos vivos. Oxigenar nossa capacidade de amar, de acreditar, de soprar velas e acender mais luz no caminho. Valorizar cada segundo dessa Dona Vida que

8 de jun. de 2021Ler mais →
SoulAutoestima

Soul

Entre o nascer e o morrer, outros tantos verbos se conjugam por aí. Por aqui. Por uma paixão, um momento, um tempo discorrido. Amar, trabalhar, sonhar, sentir, descobrir, sofrer, crescer, aproveitar. Cada segundo da sua vida um sopro, um clique, um encontro. Ontem, hoje e amanhã se reunindo numa grande live. E então, que pauta temos pra hoje? Quais os seus rabiscos, sua música, seu desatino? O que te move, o que te faz, o que te identifica? Jazz, pintura, sala de aula, poesia? Pausa,

30 de mai. de 2021Ler mais →
Fazer memóriaVida

Fazer memória

A vida da gente é um grande mosaico. Cenas, palavras, registros, acontecimentos, memórias. Cada pecinha se juntando para formar a história de cada um. Cada um construindo sua singularidade a partir de significados, afetos, escolhas, modos de existir. Movimento. Quem é você hoje? Como vai? Queira se apresentar. Quem foi você ontem, atrás daquele passado que insiste em te esconder? Quanto tempo, quantas dores, você sumiu. Amnésia. Analgésico. Dor de alma. Calma. Algo se perdeu no camin

10 de abr. de 2021Ler mais →
Dezoito anosFamília

Dezoito anos

Incrível como o tempo passa rápido. A frase é clichê, eu sei, mas de uma veracidade confirmada com unanimidade. Quem nunca teve a mesma sensação ou repetiu a mesmíssima fala? Quem nunca discutiu sua relação com o tempo? Outro dia mesmo eu acalentava esse menino no colo. Tantas memórias, tanto amor envolvido, tanta história. Hoje ele sopra dezoito velas, enchendo a minha vida de luz e alegria. Dezoito anos, não dá para acreditar. Ou dá? Claro que dá. Senhor Tempo não foge ao traba

6 de mar. de 2021Ler mais →
Em tempoVida

Em tempo

Oi, desculpe o atraso. Mais de 20 dias, lá vou eu discutir minha relação com o tempo. Depois de muito conversar com ele, aqui estou. Pronta para finalmente virar a página, encher o blog de boas energias e te desejar Feliz Ano Novo, como sempre costumo fazer por aqui. (Meu desejo é uma ordem, que assim seja: cheio de luz, amor, saúde e paz o seu 2021. Cheio dessas coisinhas tão grandes que fazem todo o sentido na vida da gente.) Não nos falamos desde o ano passado, e fico me perguntan

23 de jan. de 2021Ler mais →
A dor é um grande professorAutoestima

A dor é um grande professor

“Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração.” A canção é dos Titãs, mas bem que poderia ter sido escrita por você, por mim, basta ser humano para sentir. Da alegria é fácil falar, evocar, cantar. Vem rapidinho deslizando pela memória, como nuvens no céu. Da dor nem tanto: lamento, ferida, pranto. Mais fácil deixar guardada, trancada com tetra-chave e cadeado. Fato é que dói, eu sei. Algumas dores vêm acompanhadas de susto, outras de uma notícia já esperada; outras vivem

30 de nov. de 2020Ler mais →
Breve prosa sobre o tempoTrabalho

Breve prosa sobre o tempo

Uma pessoa muito querida, leitora religiosa aqui do blog, esboçou o seguinte comentário: “Renatinha, já faz tempo que você não posta… Pulou o mês de setembro.” (…) Pulei. Puladinho. “Pulando feito pipoca”, é assim que costumo dizer quando o tempo parece estourar, escorrer, correr de mim, não me esperar. Logo setembro. Mês das flores, de tantos aniversários importantes, dos meus ipês amarelos (meus e de Rubem Alves), da primavera que vem de longe, dando o ar da graça. Bem-vinda,

4 de out. de 2020Ler mais →
Bateu cansaçoVida

Bateu cansaço

Perto de completarmos seis meses de quarentena – uma quarentena bastaante estendida, diga-se de passagem – nos sentimos cansados. Exaustos. Das telas, celas, janelas, noticiários, da interdição e da restrição, do confinamento e distanciamento. (Acho que até as palavras ficaram confinadas, custaram a aparecer de novo por aqui.) Esta é a palavra que mais tenho ouvido no consultório: cansaço. Parece que ninguém achou que essa situação fosse levar tanto tempo. A afirmação que acenou

28 de ago. de 2020Ler mais →
Deus mandou chamar um eletricista.Vida

Deus mandou chamar um eletricista.

Paulinho foi aquele eletricista que entrou na minha casa pra arrumar o fio, a fiação, o disjuntor, até secador de cabelo ele arrumava. Fazia de tudo um pouco até virar de tudo um muito: virou de casa, o danado do Paulinho. Qualquer problema era ele que a gente chamava. De tão de casa virou que eu passei até a suprimir a segunda letra do nome dele. E era assim que eu o chamava: “Pulinho”! Tamo precisando docê!…” E Num pulo ele aparecia lá em casa, pau pra toda obra. Feliz da vida, dono

18 de ago. de 2020Ler mais →
"Óio o mundo"Trabalho

"Óio o mundo"

Abro a janela e “óio o mundo”. Sou mineira, namoradeira, “escrevedeira”, “fazedeira” de esperança. Sou todo ouvidos, deixe-me apresentar. Abro a porta e deixo o mundo entrar. E cada um que adentra a sala 804 traz seu quintal, seu pomar, suas raízes pra gente regar; sua falta de chão, seus muros, seu rasgo de emoção. Sou “escutadeira”, alento, refúgio, sou a profissão que escolhi abraçar. “Óio o mundo” e vejo dor, amor, vazio, mãe, pai, menino. Vejo desigualdade, saudade, bus

12 de jul. de 2020Ler mais →
ToqueAmor

Toque

Água. Sabão. Álcool gel. Água sanitária. Desinfetante. Detergente. Água. Sabão. Álcool gel. Água sanitária. Desinfetante. Detergente. TOC. Lã. Algodão. Cachecol. Couro. Tricô. Moletom. Cheiro. Chamego. Presença. Encontro. Saudade. Abraço. TOQUE. Toque de tocar, abraçar, sentir. (Lembra?) Traduzir em palavras um afeto que não se basta de longe, não se contenta com telas, não se entrega a estes nossos tempos estranhos e assépticos. (Só um toque. ) Enquanto isso, vamos seguin

27 de jun. de 2020Ler mais →
RefúgioTrabalho

Refúgio

Batida na porta. Abraço. Sorriso. Café, chá, cappuccino? Sofá, poltrona, aconchego de almofadas. Caixa de lenços. Flores. Calorzinho humano. Porta acústica deixando um mundo inteiro lá fora. Você se encontrando aqui dentro.  Há alguns meses esse refúgio chamado terapia foi meio que transferido para a sua casa. Seu computador. Seu celular. Sua poltrona. Seu wi-fi.  O motivo é de força maior, a causa é nobre e o toque é de acolher: você, suas emoções, sua necessidade de falar, pen

27 de mai. de 2020Ler mais →