Vida

Artigos em Vida

BanalizanãoVida

Banalizanão

Não, você não leu errado. Nem eu cometi alguma falha de digitação por aqui. A troca da cedilha por n traz de imediato um apelo, um “acorda”, uma recusa à banalização que tenho visto acontecer de tantas maneiras por essa vida afora. Coisas preciosas têm entrado no rol da banalização: amor, sexo, morte, a própria vida. E como parte da vida os problemas, as relações, as escolhas, o cuidado, (a falta de cuidado), a comunicação. Vai-se vivendo no automático muitas vezes. E de forma n

17 de jul. de 2022Ler mais →
Dor de filhoFilhos

Dor de filho

Esse texto seria para o Dia das Mães, mas a mãe que o escreve chegou atrasada por aqui. O rascunho guardado na gaveta deu o ar da graça hoje, lembrando que alguns assuntos prescindem de datas comemorativas. São atemporais. Filhos não vêm com manual, você certamente já ouviu esse clichê. Mães também não. É na prática que elas vão aprendendo a dar o peito, curar o umbigo, dar a raça, reconhecer o choro de fome, fralda, frio, dor. Ah, a dor. De barriga, ouvido, dente, escola, tombo

29 de mai. de 2022Ler mais →
Elton John me tocouAutoestima

Elton John me tocou

Eu nunca fui muito fã de Elton John, confesso. Nenhuma paixão, nada contra também. Já tive a oportunidade de ir a um show dele, não fui. Também não assisti a “Rocket Man” no cinema quando o filme estreou há três anos atrás. (O do Queen, Bohemian Rhapsody, lançado um ano antes, não só assisti como escrevi sobre ele aqui, tomada de forte emoção.) Até que um dia, numa troca de mensagens por Whatsapp, me deparei com uma sugestiva indicação do filme. Quem me deu a dica foi a jornalista So

17 de abr. de 2022Ler mais →
Guerra e pazVida

Guerra e paz

Arrume suas coisas. Rápido. Apenas o essencial. Deixe seus pertences pra trás. Travesseiros, xícaras, plantas, livros, porta-retratos, fins de tarde, fim de uma vida inteira. Leve com você urgente – corra! – seus amores, suas dores, sua esperança de que um dia haja uma volta pra casa. Haja coração. Aja. Corra. Poderia ser você. Na Ucrânia. Poderia ser a sua família, exercício de empatia. Foi meu tataravô, há muitos e muitos anos atrás, nascido em Kiev, fugindo não da guerra, mas da p

20 de mar. de 2022Ler mais →
Beijo de cinemaAmor

Beijo de cinema

Água benta Bem-querer Bem-nascer Deus sussurra baixinho Para quem quiser ouvir Para quem quiser sentir  Paz  Faz Fartura Abundância  Vinho di Manduria  Canto de esperança  Céu e mar se encontraram  Se harmonizaram E no entardecer se despediram  Com um beijo demorado. 

8 de jan. de 2022Ler mais →
Breve reflexão para um Feliz Ano Novo.Vida

Breve reflexão para um Feliz Ano Novo.

“Tudo bem?” “Não. Mas estou em paz, Renata. E talvez isso seja o mais importante.” Colhi essa resposta de um cliente ao recebê-lo à porta do consultório, seguindo o cordial protocolo de cumprimento que aprendemos desde sempre, e gostei do que ouvi. Primeiro pelo sentimento que ele trouxe junto à resposta: paz é palavra linda de ouvir e sentir, sempre; segundo pela verdade (realidade) que a frase carrega, a partir do “não” que a principia. “Tudo” é muita pretensão, preciso concor

30 de dez. de 2021Ler mais →
Amor. Amém. Mazal Tov!Amor

Amor. Amém. Mazal Tov!

O ano vai dando seus últimos suspiros e a gente acaba confirmando, com unanimidade e propriedade de causa, a frase estampada na primeira página do meu calendário: “O tempo passa. Feito passarinho.” Arrumo as gavetas, guardo caixas de memórias, faço minha retrospectiva particular. Ao preparar o ninho para mais um ciclo, pouso minha emoção em um dos momentos mais lindos que vivi este ano: o Bat Mitzvá da minha filha, adiado em função da pandemia e pelo mesmo motivo realizado em uma cer

20 de dez. de 2021Ler mais →
105 anosFamília

105 anos

Hoje meu avô faria 105 anos. Faria, conjugação do verbo fazer, futuro do pretérito indicativo, terceira pessoa do singular. Ahh, e tão plural ao mesmo tempo. Como caber no singular alguém que foi (que é) tão importante assim? E eu não estou falando só do médico pneumologista, antitabagista ferrenho, pioneiro no tratamento da tuberculose, colunista do Jornal Estado de Minas, professor catedrático da UFMG. Não, eu estou falando do avô que comprava Toblerone pra mim quando eu ia dormir na ca

10 de dez. de 2021Ler mais →
SaudadeVida

Saudade

Oi, quanto tempo. Como está você? A quantas anda? Espero que esteja bem. Pulei setembro, outubro já está de malas prontas, não sei mais o que fazer para acalmar essa ventania dos dias, meses, horas. Quanta pressa em ir embora, não para nem pra tomar um cafezinho. Respira, calma, pausa, alma. Pra que tanta correria, Senhor Tempo? Não quer se assentar um pouco? Faço um cappuccino no capricho, especialidade da casa, só dois minutinhos. Ou prefere um chá de camomila com baunilha e mel, p

17 de out. de 2021Ler mais →
Medalha de ouroAutoestima

Medalha de ouro

Alguma vez você já experimentou a sensação aguda, pontiaguda, de estar no limite? (Ou para muito além dele?) A sensação de esgarçar a corda, romper as coronárias, vomitar a própria angústia? Quantas vezes você já gritou por dentro, pediu socorro, chorou no chuveiro, encharcou o travesseiro com sua dor gigante, abissal, imensa? Quantas vezes você se cobrou demais, foi além da conta, fez de conta que estava tudo bem quando na verdade estava tudo mal? Espero que esteja tudo be

1 de ago. de 2021Ler mais →
Respira. É um AVCVida

Respira. É um AVC

Saber que a minha professora de ioga teve um AVC quase me deixou sem ar. Que susto. E que emoção encontrá-la poucos meses depois, sentadinha no seu “tapete mágico”, me esperando para mais uma aula. Respiração lenta e profunda, suspiro de alívio, quanta alegria. Que bom que você voltou, Helem. Como eu já contei no post anterior, acabou que quase não teve aula esse dia. Trocamos o silêncio pelas palavras. Eu queria muito saber como ela estava, ouvir o que aconteceu, me conectar a essa

12 de jul. de 2021Ler mais →
RespiraVida

Respira

A ioga foi uma daquelas resoluções de Ano Novo, na virada de 2015 para 2016, que eu tive a alegria de realizar. Saí da primeira aula sentindo uma coisa boa, uma sensação de que estava “de volta pra casa”. Não que eu estivesse fora, mas foi muito importante lembrar que eu também tenho uma casa aqui dentro, com janela aberta pra alma, e que se ilumina sempre que eu fecho os olhos. Em um mundo cada vez mais denso, automatizado e acelerado, nada como parar um pouquinho para respirar, “ap

27 de jun. de 2021Ler mais →