Vida

Artigos em Vida

Felicidade em dois temposAmor

Felicidade em dois tempos

  Convitinho de última hora. Vasos de flor na janela. Polenta cremosa com linguiça caramelada. Doce de leite na colher. Café expresso pra ir embora. (Roma, por favor.) Sonhos cultivados, casa perfumada de amor. Ensaio de marido e mulher. ……………………………………………………….. Maria-chiquinha trançada. Óculos escuro. Maquiagem inaugurada. Festa de formatura. Olha a ginga do menino. Olha o crescer da menina. Palco virou mar, floresta, ensinamento de amar. Se estes versos fos

7 de dez. de 2014Ler mais →
Mágoa de geladeiraAmor

Mágoa de geladeira

  Brrrrrrrr. O sol está rachando lá fora mas dentro de você faz frio. Menos quinze graus. Hipotermia aguda, febre invertida, endurecimento cardíaco. Alguém te magoou um dia e esse dia não passou. Ficou congelado na sua memória afetiva, arranhando o coração, impedindo você de seguir em frente. O que torna a mágoa tão pesada é sua composição emocional:  densas partículas  de raiva, tristeza, amargura, decepção. E o mais doído é de onde vem tudo isso: de alguém muito importante para

1 de dez. de 2014Ler mais →
Autoestima

Grades e estrelas

Semana passada tive o prazer de participar de uma entrevista de estúdio no MGTV sobre “Pessimismo”. Como os cinco minutos da programação não foram suficientes para esgotar o assunto, resolvi espichar por aqui um pouco dessa clássica história do copo “meio cheio meio vazio”, fonte de sabor ou dissabor na vida de muita gente. Mais uma vez, a conversa é sobre esse seu olhar. Que diante dos fatos, tão universalmente fatos, enxerga possibilidade ou recusa, preenchimento ou vazio, sim ou não. “

13 de nov. de 2014Ler mais →
Por uma vida mais leveAutoestima

Por uma vida mais leve

 Quarenta minutos contados no relógio. Tempo suficiente para assistir ao show do Queen e  pegar onda no Havaí. Uma maior que a outra, quase sou engolida, por um instante desapareço. Mereço. Entre uma paisagem e outra corro, suo, canto. “Under pressure”, “Don’t stop me now”, “Somebody to love”. A plateia delira. Prazer. Alívio. O vento bate no rosto, a espuma do mar é refresco, meus pés viram asas. Do Queen passo à Rita Lee, outro show esfuziante: “Quero mais… saúde! (…) Se por acaso morrer

3 de nov. de 2014Ler mais →
Dia do alunoTrabalho

Dia do aluno

É de praxe aluno homenagear professor. De praxe e de coração, vide as colações de grau, os discursos emocionados, os dias 15 de outubro sempre tão bem lembrados. Vide os olhos atentos no quadro, as perguntas que não ficam sem resposta, o reconhecimento pra vida toda, o respeito por uma profissão permeada de valor e nobreza. Sem explicação. Até hoje eu presto minha homenagem aos grandes e raros professores que passaram na minha vida, do maternal ao mestrado, simplesmente me lembrando deles c

15 de out. de 2014Ler mais →
Quero ser Peter Pan quando crescerFamília

Quero ser Peter Pan quando crescer

Tenho escutado algumas crianças dizerem que não querem crescer. Às voltas com suas bolas, mochilas, bonecas, cadernos, patins, pelúcias, boletins e aviões de lego, vão aprendendo desde cedo que essa história de virar gente grande  não é brincadeira. Fico me indagando o porquê desta síndrome de Peter Pan, primeira talvez de muitas angústias existenciais que ainda virão pela frente. Fadas, piratas, crianças de pijama voando em um céu estrelado; bala, chicletes, pirulito, jujuba; colo, aconc

11 de out. de 2014Ler mais →
Gosto amargoVida

Gosto amargo

  Quando você vê já foi. Falou o que não devia, saiu do eixo, amargou boas palavras na boca, o suficiente para azedar seu dia. Vai um pouquinho de jiló aí? Meia-dúzia de limão capeta? Ou prefere uma lambreta, pra sumir de vez por esse mundão afora? Que fora. Não perdeu nada por ficar calado, é o que diria a sua avó. Agora já era. Ainda não inventaram o “verboshop”, sinto lhe dizer.  Não tem jeito de consertar, voltar a fita, retocar o borrado. Borrou. Mas também não vai adiantar fic

2 de out. de 2014Ler mais →
Para-casaAutoestima

Para-casa

Ontem a Bella ganhou um carinhoso puxão de orelha da professora porque entregou o dever incompleto e teve que fazer no recreio.  Ela e de tabela a mãe da pequena, claro, onde é que já se viu deixar a menina ir pra a escola faltando uma página inteira do para-casa? Ah, essas mães imperfeitas… – Muito bem, Dona Bella. Vamos fazer desse limão uma limonada. Docinha, com leite condensado e canudinho colorido saltando do copo. – Como assim? – Assim, ué. Fazendo o dever de hoje no capricho. Compl

12 de set. de 2014Ler mais →
Diga a ela para ficarVida

Diga a ela para ficar

Se o gênio da lâmpada aparecesse  na sua frente, o que você iria pedir? Três desejos, pense rápido, este pode ser seu dia de glória. Um namorado? Um emprego novo? Uma viagem sem volta para a Toscana? Um carro, um barco à vela, um cargo de presidente? Um filho, um cachorro, um cartão premiado ? E se você me disser: não, Renata, eu quero tão menos, tão pouco, tão abstrato. Quero um pouco de paz para dormir tranquilo; um tanto de amor para encher os olhos de estrelas. Quero regar meu coração

4 de set. de 2014Ler mais →
Pão, cerveja e sobrancelhaAmor

Pão, cerveja e sobrancelha

Fiquei amiga da Cidinha no facebook, fruto de conexões afetivas muito além do mundo virtual. Veio “apresentada” por sua  irmã Selma, mãe e sogra de amigos especiais, vó de netos que viraram sobrinhos,  querida de muitos encontros, viagens, prosa compartilhada com biscoito de queijo e brigadeiro de colher. E foi num desses encontros – uma animada festa junina para comemorar o aniversário do marido e do neto – que conheci a irmã, Cidinha, ao vivo e em cores (muito melhor do que na tela do com

27 de ago. de 2014Ler mais →
Vida

Quando nos falta o chão

Já nos ensinaram tanto nessa vida – matemática, gramática, história, geografia. Somos P.h.Ds em física, química, biologia. Especialistas em gente, máquina, política, poesia. E ainda assim não conseguimos entender, por mais que nos expliquem, por mais que esclareçam e ratifiquem, a razão que atravessa uma tragédia. Cai o avião, caímos todos nós. Abram a caixa preta, chamem a imprensa, o papa, Deus pelo amor de Deus. Por quê? Por quê? Por quê? Falha humana, falha técnica, tempestade,

17 de ago. de 2014Ler mais →
Pequenos infartosAmor

Pequenos infartos

A gente morre um pouco cada dia. Sem ritual fúnebre, certidão de óbito ou despedida, vamos partindo aos poucos, sem perceber, sem dizer adeus. A Deus (e também aos seus pais, sua família, sua memória afetiva) pertence o menino que você foi um dia. Doce, espevitado, olhos brilhando assim que anunciava o dia: “O céu tá azulzinho. Vamos brincar?” Hoje, o céu mal azulou você já está dando nó na gravata, com a responsabilidade de quem sabe que a vida não é brincadeira. A Deus (e cia) pertence a

7 de ago. de 2014Ler mais →