
O dia em que a terapeuta chorou. Ou: emoção de uma crônica autorizada
Toda quinta ela anunciava sua chegada com uma batida inconfundível na porta: toc-toc, toc-toc, toc-toc. Chegava carregada de luz, cansaço, pasta executiva, esperança, celular já no jeito para plugar no tomada e vontade de mudar o mundo – o seu mundo. Queria emagrecer, queria engravidar, queria deixar a vida de executiva pilhada no último grau e ficar bem zen. Seu sonho quase foi parar no Guinness Book: tudo o que aquela mulher queria era deixar o posto de empresária e virar professora de iog