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Artigos em quarentena

Breve prosa sobre o tempoTrabalho

Breve prosa sobre o tempo

Uma pessoa muito querida, leitora religiosa aqui do blog, esboçou o seguinte comentário: “Renatinha, já faz tempo que você não posta… Pulou o mês de setembro.” (…) Pulei. Puladinho. “Pulando feito pipoca”, é assim que costumo dizer quando o tempo parece estourar, escorrer, correr de mim, não me esperar. Logo setembro. Mês das flores, de tantos aniversários importantes, dos meus ipês amarelos (meus e de Rubem Alves), da primavera que vem de longe, dando o ar da graça. Bem-vinda,

4 de out. de 2020Ler mais →
Bateu cansaçoVida

Bateu cansaço

Perto de completarmos seis meses de quarentena – uma quarentena bastaante estendida, diga-se de passagem – nos sentimos cansados. Exaustos. Das telas, celas, janelas, noticiários, da interdição e da restrição, do confinamento e distanciamento. (Acho que até as palavras ficaram confinadas, custaram a aparecer de novo por aqui.) Esta é a palavra que mais tenho ouvido no consultório: cansaço. Parece que ninguém achou que essa situação fosse levar tanto tempo. A afirmação que acenou

28 de ago. de 2020Ler mais →
ToqueAmor

Toque

Água. Sabão. Álcool gel. Água sanitária. Desinfetante. Detergente. Água. Sabão. Álcool gel. Água sanitária. Desinfetante. Detergente. TOC. Lã. Algodão. Cachecol. Couro. Tricô. Moletom. Cheiro. Chamego. Presença. Encontro. Saudade. Abraço. TOQUE. Toque de tocar, abraçar, sentir. (Lembra?) Traduzir em palavras um afeto que não se basta de longe, não se contenta com telas, não se entrega a estes nossos tempos estranhos e assépticos. (Só um toque. ) Enquanto isso, vamos seguin

28 de jun. de 2020Ler mais →
RefúgioTrabalho

Refúgio

Batida na porta. Abraço. Sorriso. Café, chá, cappuccino? Sofá, poltrona, aconchego de almofadas. Caixa de lenços. Flores. Calorzinho humano. Porta acústica deixando um mundo inteiro lá fora. Você se encontrando aqui dentro.  Há alguns meses esse refúgio chamado terapia foi meio que transferido para a sua casa. Seu computador. Seu celular. Sua poltrona. Seu wi-fi.  O motivo é de força maior, a causa é nobre e o toque é de acolher: você, suas emoções, sua necessidade de falar, pen

27 de mai. de 2020Ler mais →
Autoestima

Desembola

Foi logo ali, em janeiro. “Logo ali”, mas se bem que parece uma eternidade. Tanta coisa aconteceu nestes últimos quatro meses que nem sei. O “Feliz Ano Novo” que desejei e recebi lá atrás parece ter sido engolido por um furacão. No âmbito pessoal, comecei o ano perdendo de forma trágica uma pessoa muito querida. Depois vieram, em outros âmbitos, mais notícias ruins – uma cerveja contaminada, um dilúvio, agora uma pandemia. Vamos começar tudo de novo? Feliz Ano Novo, salta essa parte

3 de mai. de 2020Ler mais →
QuarentenaTrabalho

Quarentena

Da minha telinha para a sua. Do meu teclado para o seu, agora mais do que nunca higienizado com álcool gel. Da minha emoção para a sua, conexão mais linda, essa aí não pode faltar. Viva a tecnologia, o Wi-Fi, o meu navegador que me leva a você num rápido e apaixonante dedilhar. Viva o blog que hoje completa 11 anos, uma vida. Quanta alegria escrever pra você. Aqui estamos, pois, conectados (que bom que estamos). Há 11 anos atrás, nem eu nem você iríamos imaginar essa doideira de

7 de abr. de 2020Ler mais →
Toque de acolher.Amor

Toque de acolher.

Seu susto. Seu choro. Seus medos. Pesadelos. Suas noites em claro. Quarentena. Seu tempo. Seu silêncio. Sua calma. Pensamentos. Palavras. Seus afetos. Sua fé. Acolher. Amparar. Tocar o que fala nossa alma. Pertencer. Ser. Viver. Abraçar com os olhos, pôr sentido, pôr o despertador pra tocar. Seguir em frente, permanecer, continuar. Tantos verbos, todos no infinitivo, só pra lembrar que o amor também é: infinito, infinitivo, definitivo porque mora em nós. E nós é mais que eu

21 de mar. de 2020Ler mais →