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Artigos em mãe

Por quê?Família

Por quê?

Andei conversando com Carlos Drummond de Andrade e me juntei a ele nesta doída pergunta: “Por que Deus permite que as mães vão-se embora? (…) Mãe, na sua graça é eternidade. Por que Deus se lembra – mistério profundo – de tirá-la um dia? (…)” Se para todos os filhos do mundo esses versos traduzem  emoção e verdade, o que dizer daqueles que perdem suas mães muito cedo? Quando os braços ainda são curtos para abraçar e os olhos ainda não viram tudo o que essa vida tem para ensinar; quand

15 de nov. de 2017Ler mais →
Prosa hiláriaVida

Prosa hilária

Tem coisas que não têm a menor graça. Outras acabam tendo, mesmo sem ter que ter. Certo é que o riso é terapêutico, disso não há a menor dúvida. Desopila o fígado, faz bem pra pele, pra alma, pra tudo. Se bobear até emagrece, haja vista os abdominais que a gente faz quando se contorce de tanto rir. Já disse no post anterior que minha mãe, além de extremamente aberta para falar dos assuntos mais difíceis, é prática e objetiva, e gosta das coisas bem organizadas. Tudo no lugar certo, a tempo e

22 de set. de 2013Ler mais →
Prosa ruimVida

Prosa ruim

Coisa esquisita essa história de morrer. Como se não bastasse o susto, o luto, o vazio, a indescritível dor da perda, ainda há os estranhos e doídos pormenores. (Ou seriam “pormaiores”?) De uns tempos pra cá, resolvi olhar para todos eles de frente. Haja coragem. Haja desembaraço para tocar em um assunto tão intocável. Prosa ruim, não havia título mais apropriado. Todo mundo vai morrer um dia, eu sei, mas é como se o tema não nos pertencesse. Planejamos viagens, casa na praia, festas de ani

8 de set. de 2013Ler mais →
Farofa, monstros e rock'rollFilhos

Farofa, monstros e rock'roll

Experimente desligar a TV, tirar a gravata, vestir uma fantasia de princesa, levar a sério uma criança. Pronto. Sua “adulteza” já virou infância. De perolice em perolice o mundo vai ficando mais redondo, colorido, mais cheio de graça e encanto. – Mamãe, por que que dicionário chama dicionário? Devia se chamar livro da sabedoria. ……………………………………………………… – Mãe, eu já falei que não gosto de pimentão. – Ô, filha, pimentão é tão gostoso. E olha só como faz a farofa ficar mais bonita. – Eu ador

7 de ago. de 2013Ler mais →
QuarentenaMães

Quarentena

Onde foi mesmo que eu parei? Por onde mesmo andei? Nem sei se andei, ou voei. Tentando capturar o tempo, abraçar o vento, florescer poesia na aridez das teorias, terminologias, metodologias, “uis” e “ias”. E como escrevia. Lia, relia, respirava fundo. Doía. Depois de tantos mergulhos no “eu”, no ser, na mãe – nas várias faces dessa mãe contemporânea tão cheia de culpa, dedicação, amor, cansaço, transformação, conflitos e ambivalências, aqui estou, de volta. Dedilhando leve nesse te

9 de mar. de 2013Ler mais →
Guarde na memóriaVida

Guarde na memória

Tem coisas que você não se lembra mais. Tem coisas que grudam na memória como Super Bonder. Super doídas, absurdamente vivas, capazes de arrancar pedaço e tirar o sono. Tem gente que se pergunta como é que a ciência ainda não inventou a pílula do esquecimento. Quem dera esquecer o trauma, o susto, a dor que decidiu não parar de doer. E quem é que disse que precisa de ciência para apagar a memória? Basta ser gente. Basta ter um cérebro, um nome, um RG, uma família, um endereço para se esquec

9 de nov. de 2012Ler mais →
Culpa materna parte 2Mães

Culpa materna parte 2

Dessa vez eu não tinha aula no mestrado. Parênteses: as aulas acabaram. Agora é só escrever, escrever, escrever. Enfim sós: apenas eu, meus livros, meus neurônios e minha orientadora que eu “ganhei na loteria”. O título da minha dissertação? “Modos de ser mãe na contemporaneidade.” Hum. Pois é. Olha eu aqui escrevendo sobre culpa materna parte 2. Me sentindo objeto de pesquisa da minha própria pesquisa. Me sentindo culpada porque no dia anterior fui ao cinema (também sou filha de Deus), não

6 de jul. de 2012Ler mais →
Culpa maternaMães

Culpa materna

Semana do Dia das Mães, um ano atrás. Vem na agenda da Bella o seguinte bilhete: “Mamãe, venha assistir nossa apresentação de inglês na próxima sexta-feira, às 14 horas. Você é nossa convidada especial.” Ui. Justo naquele dia, exatamente naquela hora, eu tinha aula de Ética no mestrado com trabalho para apresentar. Socorro. Apelei pra minha mãe, que rapidamente se incumbiu de ir no meu lugar. Super vó. (Corta.) Uma hora da tarde, eu lá no meu mestrado tentando me concentrar na aula de

4 de jul. de 2012Ler mais →
ObrigaçãoMães

Obrigação

Cresci ouvindo isso da minha mãe: “primeiro a obrigação, depois a devoção”. Aprendi direitinho, tintim por tintim, letra por letra. Tinha também a outra versão de rima: “primeiro o dever, depois o lazer”. Ah, mães. Hoje sei bem o que é isso, conheço bem essa toada, e tento passar pros meus filhos de tudo quanto é jeito. Tá impregnado, tá na pele, tá virando quase um mantra: obrigação, ão… ão… ão… ão… Só que ao invés de relaxar, põe é pilha. Claro. “Um dois, feijão com arroz.” Bora bora, v

22 de ago. de 2011Ler mais →
TragicômicoFamília

Tragicômico

Comecei a assistir “A Grande Família” e não resisti. Pronto. Peguei o netbook e aqui estou, com os dedos coçando, escrevendo sobre o episódio de hoje – “A mãe de Lineu Parte 2”. Não vi a parte 1, mas a 2 é um prato cheio para psicólogo. Trágico. Cômico. Mais trágico do que cômico. Assim são os traumas de infância. Inesquecíveis, dolorosos, indeléveis. Uma mãe abandona o filho e reaparece muitos anos depois, já velhinha, encontrando seu filho como gente grande, pai de família. Cheio de lemb

14 de jul. de 2011Ler mais →