
Turbulência
Tenho ouvido bastante a palavra medo. Bastante. Medo de todas as espécies, formatos, cheiros. MEDO. De dormir, acordar, decidir, sentir, sonhar. Medo de morrer, medo de viver, medo de ser, talvez aí uma razoável generalização de todos os medos. Clássico e atemporal, esse sentimento paralisa, acorrenta a alma, diz não à calma; como numa turbulência em pleno voo, em que o comandante pede para apertar os cintos e quem fica apertado é o coração: espremido, desenfreado, completamente desassosseg