Família

Artigos em Família

Sem voltaAmor

Sem volta

Há um tempo que não volta. O tempo do ontem, das memórias guardadas, das palavras não ditas, do beijo interrompido. O tempo do talvez que ficou perdido na própria indagação, das perguntas sem resposta, da labuta vivida, dos registros mais lindos. Na sala de TV, desviando o meu olhar das quase sempre má notícias, um porta-retrato digital rouba a cena. E ali, naquele álbum vivo, cheio de cores e movimento, vejo resvalar o tempo. Por um instante desço no toboágua com o meu filho, carrego a min

1 de mai. de 2019Ler mais →
10 anos de blog!Família

10 anos de blog!

Foi ideia do meu marido. (Mais uma, entre tantas outras ideias iluminadas que ele já me deu.) A princípio eu meio que torci o nariz, disse que não, que essa história de blog não era pra mim. Paguei língua um tempo depois. E esse “pagamento” virou uma cachaça (ou melhor, um chocolate, faço mais gosto) na minha vida. Você não imagina o prazer que eu sinto em escrever pra você, pra mim, pra quem mais chegar. (Um dia, quando eu não estiver mais aqui, quem sabe meus netos, bisnetos, tataranetos vã

7 de abr. de 2019Ler mais →
O que de fato importaAmor

O que de fato importa

Para além da correria, do trânsito caótico, das filas e etiquetas de última hora; para além – muito além – do “ter que”, do “tique a lista”, das sacolas, laços de fita, fios de ovos, você pode acessar o que de fato importa: o milagre do abraço, a alegria do encontro, a magia das palavras que se transformam em vibrações as mais lindas, tudo o que a gente precisa nessa vida: amor, alegria, paz, harmonia, esperança. E nessa doce andança  você segue lembrando que tem um coração batendo aí dentr

24 de dez. de 2018Ler mais →
Ocupada demaisFamília

Ocupada demais

Antes que ela cresça de vez. Antes que o tempo e as espinhas reconfigurem seu modo espontâneo de ser, tão típico das crianças, tão cheio de graça e delicadeza nessa minha menina-flor. Antes que a minha mente (tão cheia de listas, afazeres e neurônios falantes) esqueça, me dou o direito a este breve recreio, rendendo-me à delícia de registrar aqui mais uma perolice da Bella. Mochila nas costas e animação além da conta, lá foi ela passar o fim de semana fora. Ela e a turma da escola, alegria

23 de set. de 2018Ler mais →
Dando à luzFamília

Dando à luz

Minha bisavó materna veio da Polônia, deixando para trás tempos difíceis. Muitos familiares e amigos que por lá ficaram acabaram enfrentando o pesado destino de morrer nos campos de concentração. Dona Regina fez sua vidinha no Brasil com um homem bom, amor da sua vida, também polonês. Quando estava grávida de alguns meses deixou o marido aqui trabalhando, pegou um navio e regressou à Polônia somente para dar à luz ao lado de sua mãe, conforme rezava a (sua) tradição. Voltou algum tempo depo

22 de abr. de 2018Ler mais →
Filhos dão um filmeFamília

Filhos dão um filme

Quem tem filho adolescente tem também um filme (vencedor do Oscar!) que vira e mexe passa na telona do coração. “Vale a pena ver de novo”, se emocionar de novo, tantas e quantas vezes for preciso. Ontem mesmo você alisava a barriga, colecionava sapatinhos de tricô, frequentava curso de gestantes (“Como dar banho”, “como curar o umbigo”, como aprender coisas que só se aprende mesmo na prática. Coisas que o amor ensina sempre, diária e incansavelmente, como bom e velho professor que é). Out

4 de fev. de 2018Ler mais →
ExtraordinárioAutoestima

Extraordinário

Algumas coisas são extremamente comuns, mas causam um efeito especial na vida da gente: o nascimento de um filho; a possibilidade de respirar, ouvir, enxergar; o tanto infinito de amor  que vem da família; o primeiro dia de aula; uma amizade verdadeira; um pedido sincero de desculpas; uma sessão de cinema pra fazer a gente pensar, chorar, sentir, amar: esse foi o efeito que “Extraordinário” causou em mim. O filme nos coloca frente a frente com Auggie, um menino de 10 anos que tem o rosto de

13 de dez. de 2017Ler mais →
Por quê?Família

Por quê?

Andei conversando com Carlos Drummond de Andrade e me juntei a ele nesta doída pergunta: “Por que Deus permite que as mães vão-se embora? (…) Mãe, na sua graça é eternidade. Por que Deus se lembra – mistério profundo – de tirá-la um dia? (…)” Se para todos os filhos do mundo esses versos traduzem  emoção e verdade, o que dizer daqueles que perdem suas mães muito cedo? Quando os braços ainda são curtos para abraçar e os olhos ainda não viram tudo o que essa vida tem para ensinar; quand

15 de nov. de 2017Ler mais →
Horário de "ah, nãão!..."Família

Horário de "ah, nãão!..."

Hoje acordei no pulo. No protesto. Já sei, já sei, isso não vai me levar a lugar algum. Mas vale o desabafo. (Sempre vale.) Contra a maré, no sentido contrário a um país inteiro, me recusei a acertar o relógio. O digital, pelo menos. Esse aí foi pra caixa, descansar por quatro meses, férias-prêmio, em fevereiro ele volta a trabalhar. (Imagina, ia me tomar  um bocado de tempo ficar ajustando os pinos, já basta o que o horário de verão me tomou.) Os amantes do amanhecer escuro e do anoitece

16 de out. de 2017Ler mais →
Crianças...Família

Crianças...

http://renatafeldman.com.br/wp-content/uploads/2017/10/5372E6C6-E202-4532-BD12-AB0B2B2B1DCD.mp4   Minha criança anda crescidinha. Alguns brinquedos já largou faz tempo. Princesas perderam o encanto. Roupas com apelo muito  infantil estão fora de moda e cogitação. Programas com os amigos causam agito, euforia e “amnésia de pai e mãe”. Livros são devorados como se fossem barras de chocolate ao leite, causando os melhores efeitos colaterais possíveis. Bichos de pelúcia ainda têm algum l

10 de out. de 2017Ler mais →
Tão longe, tão pertoFamília

Tão longe, tão perto

São tantos os lugares deste mundo. Melbourne, Viena, Joinville, Varsóvia, Porto Alegre, São Paulo, Berlim, Barcelona, Telaviv, Belo Horizonte e mais tantos outros horizontes pra gente abraçar. (Será que dá tempo?) Tantos os cenários, rotas, línguas, rostos, janelas, fusos um tanto quanto confusos. Tantas as possibilidades profissionais e amorosas, conexões e escolhas, partidas e chegadas. Em que pé ou ponte aérea você está? São tantos os tantos, e apenas um(a) de você. Que ainda não teve

1 de out. de 2017Ler mais →
CumplicidadeFamília

Cumplicidade

“Como foi seu dia?” O que fez, por onde andou, o que realizou? Alguma novidade? Ou tudo do mesmo jeito, nada de extraordinário, o  velho e bom arroz com feijão de sempre? Tudo bem de verdade, ou só da boca pra fora? Para, pensa, sente. Compartilha olhando nos olhos, deixa o celular no modo descanso, faz conexão ao vivo e em cores. Se você não se lembra, é tempo de olhar as flores. Pensa por um instante no seu mundo. Sua correria, suas paixões, sua rotina, seu trabalho, seu riso, suas meta

22 de set. de 2017Ler mais →