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Artigos em dor

LuzVida

Luz

“No princípio Deus criou o céu e a terra. E ordenou que a luz pusesse fim à escuridão. E a luz se fez.” Bendita luz que faz a gente abrir os olhos, amanhecer, amar, fazer uma prece, agradecer. Ser café coado, abraço apertado, amor, trabalho, pausa, paz, correria, ensinamento, aprendizado, sentimento. Ser humano. Levo os olhos ao céu e por uma fração de segundo me perco, me encontro, me enterneço. Deus começa cedo a rascunhar seus poemas, leio cada verso com emoção. Alumbram

7 de abr. de 2024Ler mais →
O homem (ou mulher) da sua vida.Amor

O homem (ou mulher) da sua vida.

Eles namoraram por três anos. Viveram momentos bons, tropeçaram em alguns momentos ruins, compartilharam a vida no que ela tem de melhor: afinidade, cumplicidade, graça, leveza, sintonia, amor, alegria. Bom dia, boa noite, “almoça comigo?”, segunda, terça, “te amo”, quarta, “sonhei com você”, quinta, sexta (“sextô!), sábado, domingo, “já tô com saudade”. Até que um dia o namoro acabou. Do nada. Do tudo. Luto. Tortura. Afora os pequenos desgastes ao longo do caminho, um grande ab

5 de out. de 2022Ler mais →
Dor de filhoFilhos

Dor de filho

Esse texto seria para o Dia das Mães, mas a mãe que o escreve chegou atrasada por aqui. O rascunho guardado na gaveta deu o ar da graça hoje, lembrando que alguns assuntos prescindem de datas comemorativas. São atemporais. Filhos não vêm com manual, você certamente já ouviu esse clichê. Mães também não. É na prática que elas vão aprendendo a dar o peito, curar o umbigo, dar a raça, reconhecer o choro de fome, fralda, frio, dor. Ah, a dor. De barriga, ouvido, dente, escola, tombo

29 de mai. de 2022Ler mais →
A dor é um grande professorAutoestima

A dor é um grande professor

“Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração.” A canção é dos Titãs, mas bem que poderia ter sido escrita por você, por mim, basta ser humano para sentir. Da alegria é fácil falar, evocar, cantar. Vem rapidinho deslizando pela memória, como nuvens no céu. Da dor nem tanto: lamento, ferida, pranto. Mais fácil deixar guardada, trancada com tetra-chave e cadeado. Fato é que dói, eu sei. Algumas dores vêm acompanhadas de susto, outras de uma notícia já esperada; outras vivem

30 de nov. de 2020Ler mais →
BrumadinhoTrabalho

Brumadinho

Eu choro, tu choras, eles chora, nós choramos. Choro rompido, doído, afunda meus olhos. Seus. Nossos. Do mundo inteiro. Quantos olhos mais terão que assistir à mesma cena? Uma vez só já não bastava? Não era suficiente? Cadê o “nunca mais” que eu jurava existir? Quem o tirou de mim? O “nunca mais” se transformou em “mais uma vez”. Lágrimas de lama, lamento, será que dá pra voltar no tempo? E fazer diferente, direito, com responsabilidade, amor e cuidado, minha gente. Por Mariana, Brumadinh

30 de jan. de 2019Ler mais →
Acredita?Vida

Acredita?

“Acreditar. Ter fé.” Você pode ler isso com um sorriso, em sinal de concordância. Ou franzindo a testa, demonstrando que o assunto não desliza tão fácil para você. Vai depender muito do seu olhar, da sua história e do que anda carregando o seu coração. (Pedra ou flor? Tijolo ou aquarela? Cimento ou vela?) Para alguns, acreditar soa tão natural e corriqueiro quanto comprar pão na padaria, colocar as roupas no varal, andar de bicicleta, conversar com Deus (a hora e do jeito que for). Para out

12 de fev. de 2018Ler mais →
Somos todos chapecoensesVida

Somos todos chapecoenses

Há algo que nos torna iguais. Profundamente iguais. Num instante temos todos o mesmo credo, raça, religião, identidade, gênero. Temos as mesmas artérias a pulsar no peito, a mesma pressão a despencar no chão, as mesmas vias lacrimais em perfeito funcionamento. Num instante somos igualmente homens, mulheres, torcedores, jogadores, filhos de Deus. Humanamente choramos a máquina derrubada, o luto coletivo, o estádio vazio. Derrubados ficamos também. Somos ascensão e queda, alegria e tris

29 de nov. de 2016Ler mais →
Pelos cotovelosVida

Pelos cotovelos

Fala sem parar, por falar, se esqueceu (?) de sentir. Frio? Abandono? Medo? Tristeza? Alegria? Sentimento ainda não descoberto, não nomeado? Coração tomou anestesia, paralisado de taquicardia, amordaçado ficou, relógio parou. Insônia. Fala do tempo, do vizinho, do político, do padeiro, da labuta. Fala da certeza que não tem, do ônibus que não vem, do trampo e do santo, dos milagres tão escassos. Em falta. “Calor danado, precisando chover.” Distância doída, cansou  de sofrer. Sob

27 de out. de 2016Ler mais →
EncontroVida

Encontro

Se você se encontrasse com Deus, o que ia dizer? Palavras, interrogações, vírgulas, linhas, reticências, entrelinhas, qual seria a pauta? Qual o tamanho da emoção, do abraço, da lista que nunca falta? Quanto de choro teria para chorar? Quanto de alegria para agradecer? Quanto de você para renascer? Um tanto enorme de coisas sem explicação para entender, várias perguntas sem respostas. Nem mesmo as mais completas teorias, filosofias, ias e mais ias. Quantas mais Marias, cheias de g

18 de abr. de 2014Ler mais →
HahahaVida

Hahaha

Que bom que a vida tem lá suas compensações. Cobertor quentinho no inverno. Chocolate pra dor de cotovelo. Abraço de urso depois de matar um leão por dia. Ombro amigo quando o seu já esfarelou de carregar tanto peso. Peso pesado, quem é que nunca sentiu o lado hard da vida? Basta uma espiadinha pela fechadura da alma e lá está ela: agachada, abafada, presa, chorando. Cada um sabe o motivo, cada um sabe o tamanho da cruz que carrega. Problema todo mundo tem, não se mede nem compara. Mas tem uma

23 de ago. de 2013Ler mais →
Rotina de trabalhoTrabalho

Rotina de trabalho

Trabalho no oitavo andar com vista pro mar. Entre uma pausa e outra, café com biscoito, descanso os olhos sobre o verde-azul infinito que decora o fundo de tela do meu computador. ………………………………………………………….. Trabalho no oitavo andar com vista pro AMAR. Entre uma caixa de lenço e outra, detenho os olhos sobre as mais variadas espécies de dor. A dor de quem perdeu alguém. A dor de quem procura alguém. A dor de existir. A dor de sumir. A dor de amar. A dor de remar. A dor de crescer. A

29 de ago. de 2012Ler mais →
PêsamesVida

Pêsames

O sol que me desculpe, mas não tinha o direito de se levantar cedo, como que de costume. Não tinha que se levantar. Falo do escuro que se faz quando a vida se vai. Penumbra, negritude, completa escuridão. Nem pó de estrela, nem vela ou lanterna pra iluminar o dia que acordou no luto. No susto. Alguém morreu e paradoxalmente a vida segue lá fora. Ônibus circulam, carros soltam fumaça, pulmões choram a falta de ar. Falta. Ausência. Salta essa parte ruim da história. Sai fornada de p

2 de fev. de 2012Ler mais →