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Artigos em crescimento

Da porta pra fora.Trabalho

Da porta pra fora.

Algumas pessoas costumam estranhar. “Duas portas?” Sim, e com revestimento acústico, para que nada que se fale aqui dentro seja ouvido lá fora. Nem por uma mosca, costumo dizer. Sim, segredo é sagrado. Basta uma pequena mudança de vogal para expressar a dimensão que é se assentar diante de alguém e escutar o que o seu coração, tantas vezes espremido e abarrotado, traz. Seja o passado, o presente, o futuro tão cheio de incertezas. Seja a dor, o amor, a culpa, o medo, a tristeza, o des

31 de jul. de 2022Ler mais →
Dor de filhoFilhos

Dor de filho

Esse texto seria para o Dia das Mães, mas a mãe que o escreve chegou atrasada por aqui. O rascunho guardado na gaveta deu o ar da graça hoje, lembrando que alguns assuntos prescindem de datas comemorativas. São atemporais. Filhos não vêm com manual, você certamente já ouviu esse clichê. Mães também não. É na prática que elas vão aprendendo a dar o peito, curar o umbigo, dar a raça, reconhecer o choro de fome, fralda, frio, dor. Ah, a dor. De barriga, ouvido, dente, escola, tombo

29 de mai. de 2022Ler mais →
Dezoito anosFamília

Dezoito anos

Incrível como o tempo passa rápido. A frase é clichê, eu sei, mas de uma veracidade confirmada com unanimidade. Quem nunca teve a mesma sensação ou repetiu a mesmíssima fala? Quem nunca discutiu sua relação com o tempo? Outro dia mesmo eu acalentava esse menino no colo. Tantas memórias, tanto amor envolvido, tanta história. Hoje ele sopra dezoito velas, enchendo a minha vida de luz e alegria. Dezoito anos, não dá para acreditar. Ou dá? Claro que dá. Senhor Tempo não foge ao traba

6 de mar. de 2021Ler mais →
A dor é um grande professorAutoestima

A dor é um grande professor

“Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração.” A canção é dos Titãs, mas bem que poderia ter sido escrita por você, por mim, basta ser humano para sentir. Da alegria é fácil falar, evocar, cantar. Vem rapidinho deslizando pela memória, como nuvens no céu. Da dor nem tanto: lamento, ferida, pranto. Mais fácil deixar guardada, trancada com tetra-chave e cadeado. Fato é que dói, eu sei. Algumas dores vêm acompanhadas de susto, outras de uma notícia já esperada; outras vivem

30 de nov. de 2020Ler mais →
Autoestima

Desembola

Foi logo ali, em janeiro. “Logo ali”, mas se bem que parece uma eternidade. Tanta coisa aconteceu nestes últimos quatro meses que nem sei. O “Feliz Ano Novo” que desejei e recebi lá atrás parece ter sido engolido por um furacão. No âmbito pessoal, comecei o ano perdendo de forma trágica uma pessoa muito querida. Depois vieram, em outros âmbitos, mais notícias ruins – uma cerveja contaminada, um dilúvio, agora uma pandemia. Vamos começar tudo de novo? Feliz Ano Novo, salta essa parte

2 de mai. de 2020Ler mais →
Ocupada demaisFamília

Ocupada demais

Antes que ela cresça de vez. Antes que o tempo e as espinhas reconfigurem seu modo espontâneo de ser, tão típico das crianças, tão cheio de graça e delicadeza nessa minha menina-flor. Antes que a minha mente (tão cheia de listas, afazeres e neurônios falantes) esqueça, me dou o direito a este breve recreio, rendendo-me à delícia de registrar aqui mais uma perolice da Bella. Mochila nas costas e animação além da conta, lá foi ela passar o fim de semana fora. Ela e a turma da escola, alegria

23 de set. de 2018Ler mais →
Crianças...Família

Crianças...

http://renatafeldman.com.br/wp-content/uploads/2017/10/5372E6C6-E202-4532-BD12-AB0B2B2B1DCD.mp4   Minha criança anda crescidinha. Alguns brinquedos já largou faz tempo. Princesas perderam o encanto. Roupas com apelo muito  infantil estão fora de moda e cogitação. Programas com os amigos causam agito, euforia e “amnésia de pai e mãe”. Livros são devorados como se fossem barras de chocolate ao leite, causando os melhores efeitos colaterais possíveis. Bichos de pelúcia ainda têm algum l

10 de out. de 2017Ler mais →
Greve de siAmor

Greve de si

Ele cresceu mas continuou com medo de escuro. Onde se lê “escuro” leia-se exame de rua, homossexualidade velada, entrevista de emprego, hipocondria. E assim ele cresceu, enxergando monstros na maçaneta e fantasmas disfarçados de cortina. Faz sol lá fora mas dentro dele neva. Berra. Céu frio, nublado, concerto fúnebre, auge da hipotermia. Tantos convites, coloridos cenários, dentro dele goteira: um fio de coragem desbotada. Se ao menos pudesse voar. Visitar um outro planeta. Se a

12 de mar. de 2015Ler mais →
Quero ser Peter Pan quando crescerFamília

Quero ser Peter Pan quando crescer

Tenho escutado algumas crianças dizerem que não querem crescer. Às voltas com suas bolas, mochilas, bonecas, cadernos, patins, pelúcias, boletins e aviões de lego, vão aprendendo desde cedo que essa história de virar gente grande  não é brincadeira. Fico me indagando o porquê desta síndrome de Peter Pan, primeira talvez de muitas angústias existenciais que ainda virão pela frente. Fadas, piratas, crianças de pijama voando em um céu estrelado; bala, chicletes, pirulito, jujuba; colo, aconc

11 de out. de 2014Ler mais →
Pequenos infartosAmor

Pequenos infartos

A gente morre um pouco cada dia. Sem ritual fúnebre, certidão de óbito ou despedida, vamos partindo aos poucos, sem perceber, sem dizer adeus. A Deus (e também aos seus pais, sua família, sua memória afetiva) pertence o menino que você foi um dia. Doce, espevitado, olhos brilhando assim que anunciava o dia: “O céu tá azulzinho. Vamos brincar?” Hoje, o céu mal azulou você já está dando nó na gravata, com a responsabilidade de quem sabe que a vida não é brincadeira. A Deus (e cia) pertence a

7 de ago. de 2014Ler mais →