
Entre o nascer e o morrer, outros tantos verbos se conjugam por aí. Por aqui. Por uma paixão, um momento, um tempo discorrido. Amar, trabalhar, sonhar, sentir, descobrir, sofrer, crescer, aproveitar. Cada segundo da sua vida um sopro, um clique, um encontro. Ontem, hoje e amanhã se reunindo numa grande live.
E então, que pauta temos pra hoje? Quais os seus rabiscos, sua música, seu desatino? O que te move, o que te faz, o que te identifica? Jazz, pintura, sala de aula, poesia? Pausa, correria, desafio, alegria? Ego, alta, alma, paralisia? O que te inspira? O que te acorda? O que enche de brilho seus olhos? (Ou eles estão opacos, quase cerrados, buscando por buracos no caminho? Atenção. Cuidado.)
O que dá sentido à sua vida? O que há para além dela? Quantos estão na fila da despedida, indo embora? Quantos estão por aqui chegar? Todo nascimento abarca uma grande travessia.
Na falta de respostas, abra um livro de filosofia. Ou o coração, numa sessão de terapia. Ou assista ao filme Soul, da Disney, e tente responder à pergunta: “O que faz de você… você?” O filme – muito mais pra gente grande que pequena, a meu ver – vai te fazer pensar, repensar, olhar mais de perto pra sua vida e o que você anda fazendo dela. Vai tocar a sua alma, que em inglês se escreve soul. E que tirando a última letra vira “sou”, do verbo ser. Tudo se transforma, já dizia Lavoisier.
E você? O que anda transformando por aí? Viver por viver, ou viver para de verdade ser? Por inteiro. Por você. Seja o que for.
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