A convite do meu amigo Bê Sant´Anna (professor, publicitário, locutor e blogueiro, apaixonado pelas palavras faladas e escritas), abro aqui um espaço para falar do silêncio. Não do silêncio generosamente propiciado pela ioga, alunos interessados ou ruas vazias, mas o silêncio constrangedor – aquele que incomoda, agride, embaraça, machuca.
Talvez você já tenha passado por alguma destas situações:
( ) Descer 15 andares de elevador na maior falta de graça, tendo que quebrar o gelo com o velho : “Está frio, né?”
( ) Sofrer com o(a) namorado(a) (leia-se também marido, esposa) emburrado(a), com uma “tromba” de todo o tamanho.
( ) Mandar um e-mail e não receber a tão esperada resposta.
( ) Ficar olhando pro terapeuta sem ter absolutamente nada para dizer.
Num mundo tão acostumado a falar, falar, falar, o silêncio soa às vezes como um indesejável penetra de festa. Inconveniente, incômodo, embaraçoso, constrange-DOR.
Grandissíssimo paradoxo este: o silêncio fala alto, grita, faz um barulho danado.
Faz parte.
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