Renata Feldman

Palavras abraçam. Aproximam. Acolhem. Fazem do silêncio ponte, do coração tradução, da dor um caminho.

Renata Feldman faz das palavras matéria-prima. Seu trabalho é feito de escuta, acolhida, interação, escrita.

Seja no refúgio da psicologia clínica, nos livros publicados ou posts aqui do blog, palavra é preciosidade.

Entre, aconchegue-se e fique à vontade. É uma alegria dividir este espaço com você.

Vida

Silêncio Ensurdecedor

05 June, 2009

A convite do meu amigo Bê Sant´Anna (professor, publicitário, locutor e blogueiro, apaixonado pelas palavras faladas e escritas), abro aqui um espaço para falar do silêncio. Não do silêncio generosamente propiciado pela ioga, alunos interessados ou ruas vazias, mas o silêncio constrangedor – aquele que incomoda, agride, embaraça, machuca.
Talvez você já tenha passado por alguma destas situações:
( ) Descer 15 andares de elevador na maior falta de graça, tendo que quebrar o gelo com o velho : “Está frio, né?”
( ) Sofrer com o(a) namorado(a) (leia-se também marido, esposa) emburrado(a), com uma “tromba” de todo o tamanho.
( ) Mandar um e-mail e não receber a tão esperada resposta.
( ) Ficar olhando pro terapeuta sem ter absolutamente nada para dizer.
Num mundo tão acostumado a falar, falar, falar, o silêncio soa às vezes como um indesejável penetra de festa. Inconveniente, incômodo, embaraçoso, constrange-DOR.
Grandissíssimo paradoxo este: o silêncio fala alto, grita, faz um barulho danado.
Faz parte.

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