Palavras abraçam. Aproximam. Acolhem. Fazem do silêncio ponte, do coração tradução, da dor um caminho.

Renata Feldman faz das palavras matéria-prima. Seu trabalho é feito de escuta, acolhida, interação, escrita.

Seja no refúgio da psicologia clínica, nos livros publicados ou posts aqui do blog, palavra é preciosidade.

Entre, aconchegue-se e fique à vontade. É uma alegria dividir este espaço com você.

Flor decorativa
Autoestima

Rótulos

14 March, 2011

Coca. Brahma. Nokia. Omo. Sadia. Doriana. Suuuuuuuuuuuuflair.
Não, isso não é um break comercial. Não estou fazendo propaganda para marca alguma.
A pausa aqui não é do intervalo da novela, mas da novela que é viver uma vida de rótulos.
O gordinho, a insensivel, o quatro-olhos, a burrinha, o gênio, a desleixada, o egoísta, a escrachada.
A boazinha, o fominha, a bicho-do-mato, o galinha, a magricela, o CDF, a boazuda.
Rótulos grudam, machucam, às vezes levam uma vida inteira para sair.
Podem começar com uma brincadeira, uma piada. Com o passar do tempo não têm graça nenhuma.
Rótulos podem vir de uma aparência. E as aparências enganam,  não é assim que reza o ditado?
Podem vir de características momentâneas, passageiras. Características que também podem mudar com o passar do tempo.
Prefiro pensar que cada um tem a sua marquinha registrada: amoroso, introvertida, alegre, espontânea, educado, leve, descontraída, irreverente, flexível, atencioso, sábia, sensível, maternal, amigo.
Qual é a sua marquinha registrada?

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