Não adianta procurar nas lojas. Nas ruas. Nos shoppings nem nas prateleiras nem nos sorteios de amigo-oculto. Não precisa procurar longe. Não carece inventar moda. Nada de reinventar a roda.
Não há embalagem de presente que contenha esse mar ora manso, ora revolto que habita o interior da gente: suas inquietações mais profundas, seus segredos tão seus, sua porção imensa de dilemas existenciais. (Ais.)
Mas adianta pedir, buscar, rezar, botar fé: entrar em sintonia com a maior referência de amor que a humanidade já conheceu.
Tanta gente fazendo listas, rascunhos, roteiros embolados. Tanta gente sem dormir, sem sentir, sem sonhar. Tanta gente perdida, sem se encontrar.
E aí você descobre, por um instante iluminado, que a paz está dentro de você. Descobre que, apesar de tudo o que falta ou parece afundar, ainda somos mergulhadores nesse oceano de possibilidades, em busca de estrelas do mar.
Espero que você encontre a sua. Num silêncio. Numa música. Num abraço. Num encontro, pedido ou prece. No meu desejo de que não falte luz na travessia, porque luz é o que torna a busca um pouco mais fácil.
Se te vejo bem, quem ganha o presente sou eu. Feliz Natal, cheinho de paz se aconchegando feito estrela no fundo do coração.
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