De repente (não tão de repente assim), tudo o que você quer é um copo d´água e um tanto de paz. Só isso, nada mais, mais que suficiente. Bebe um gole e sente.
Paz pra matar a sede de dormir tranquilo, uma noite inteira. Acordar e ter pra onde ir, o que sentir, antes mesmo de saber o que vestir.
Paz pra se desnudar, dizer a que veio, se apresentar: “olá, este sou eu, muito prazer.” Mostrar quem você é sem fazer segredo ou rodeio, sem receio de que porventura torçam o nariz por aí.
Paz pra conversar sem apontar o dedo, sem perder a estribeira, sem deixar que palavras se transformem numa terceira guerra mundial.
Cultivar a vida sem culpa, sem medo, sem pressa. Fazer uma prece. Colocar sentido. Colher flores. Acalmar o coração.
Sentir alento depois da tormenta, derramar os olhos noutros olhos que te querem bem; que te enxergam com esse amor maior do mundo e dizem tanto, e tanto – e mais tanto – sem nada precisar dizer.
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