Renata Feldman

Palavras abraçam. Aproximam. Acolhem. Fazem do silêncio ponte, do coração tradução, da dor um caminho.

Renata Feldman faz das palavras matéria-prima. Seu trabalho é feito de escuta, acolhida, interação, escrita.

Seja no refúgio da psicologia clínica, nos livros publicados ou posts aqui do blog, palavra é preciosidade.

Entre, aconchegue-se e fique à vontade. É uma alegria dividir este espaço com você.

Pausa pra pensar na vida.

Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições.

Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada.

A vida cabe num blog.

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RotinaVida

Rotina

“Um, dois, feijão com arroz.” Fez onde, esse curso de robô? Roubou seu tempo, economizou conversa jogada fora, suas estrelas deixou de contar. Toca o despertador. Começa o noticiário. Árido o dia que termina assim. Tão no automático. No imediático, se é que existe palavra assim. Brinca de parar o tempo, menino. Tanta coisa pra fazer, alma trancada no sótão. Sai da catatonia, fura a monotonia como surfista quebrando onda. Vai morrer de amor mas não morre na praia. Sai do padrão, fa

2 de mai. de 2013Ler mais →
Mães de carne e ossoMães

Mães de carne e osso

Sim, existem mães perfeitas. Insistentemente magras, endeusadas, santas, heroínas, mitificadas. Consagradas ao posto de mulher-maravilha ou elástico, horário nobre no paraíso. Tão compactadamente cheias de pó compacto, photoshop, barrigas de plástico. Abra o jornal e lá estão elas: impecavelmente perfeitas nos anúncios publicitários, vendendo de perfume a geladeira para o Dia das Mães. Desligo a TV e me olho no espelho. Cansaço e alegria. Labuta e correria. Colo e coragem. Amor e

24 de abr. de 2013Ler mais →
Perolices profissionaisFilhos

Perolices profissionais

Para as crianças, profissão é um assunto que não costuma causar muita polêmica. A boa e velha frase “O que você vai ser quando crescer?” traz algumas respostas na ponta da língua. A Bella, por exemplo, já decidiu que vai ser psicóloga, escritora, cozinheira e professora. O Léo quer ser engenheiro de lego, arquiteto, ator e diretor de filmes de ação. De 007 pra cima. Aí eles crescem e, na hora H, percebem que escolher a profissão da sua vida não é algo tão simples assim. Dá-lhe angústia. D

13 de abr. de 2013Ler mais →
FaltaVida

Falta

A história você já conhece: a gente nasce, cresce, envelhece e morre um dia. (Não necessariamente nesta ordem.) Mas o tal do morrer assusta, por mais “natural” que seja. É que o “natural” também passa pelo forte impacto do factual, da concretude da perda, do fim mais finito. Quem parte vai virar etéreo, anjo, estrela, na melhor explicação que costuma se dar às crianças. Quem fica precisa se acostumar com a presença doída, moída, torturante de uma ausência que não estava no script,

10 de abr. de 2013Ler mais →
ApaixonadamenteVida

Apaixonadamente

Mania essa de viver apaixonadamente. De transformar cada gota de suor, sonho, travessia em grito de gol. Alçar vôo, romper o chão. Roubar a lua para pôr nos olhos. Audaciosa e escancaradamente. Deixar à mostra essa alegria que te move, te acorda, te faz. Fazer o para-casa, sair de casa, mostrar ao mundo a sua cara. Hospedar o Paul, lotar o estádio, fazer o melhor café do mundo. Pura energia, sintonia, música que não desafina. Voltar a enxergar. Voltar a andar, mesmo que numa cad

3 de abr. de 2013Ler mais →
No escurinho do cinemaFilhos

No escurinho do cinema

E entre “cabruns”, “grrrrrrrs” e “ôôôôôôôôôôs” ouvidos em altíssima definição acústica, como se estivéssemos todos em plena era pré-histórica, fugindo de animais ferozes e pedras gigantes, ganho uma cutucada da Bella: – Mamãe, ainda bem que a gente não tá em casa, né? – Por quê, filha? – Por que senão você ia pedir pra abaixar o volume… ……………………………………………..

28 de mar. de 2013Ler mais →
Tempo das cavernasFamília

Tempo das cavernas

Adultos, hora do recreio. Prepare-se para a pipoca, o riso e a emoção de “Os Croods”, um filme impactantemente delicioso. Impactante pelos cenários coloridos, abalos sísmicos em terceira dimensão, invenção do fogo. (Sim, você quase havia se esquecido que ele foi inventado um dia.) Prepare-se para conhecer uma típica família do tempo das cavernas, conectadíssima com a fome, os perigos do mundo lá fora, a necessidade de sobrevivência. Prepare-se para se encontrar com o seu adulto pós-moderno

28 de mar. de 2013Ler mais →
QuarentenaMães

Quarentena

Onde foi mesmo que eu parei? Por onde mesmo andei? Nem sei se andei, ou voei. Tentando capturar o tempo, abraçar o vento, florescer poesia na aridez das teorias, terminologias, metodologias, “uis” e “ias”. E como escrevia. Lia, relia, respirava fundo. Doía. Depois de tantos mergulhos no “eu”, no ser, na mãe – nas várias faces dessa mãe contemporânea tão cheia de culpa, dedicação, amor, cansaço, transformação, conflitos e ambivalências, aqui estou, de volta. Dedilhando leve nesse te

10 de mar. de 2013Ler mais →
Santa MariaVida

Santa Maria

Não. Nem luto oficial de sete dias. Nem todas as flores do mundo. Nem cem minutos de silêncio ou palavras proferidas. Nem mil microfones para gritar, chorar, denunciar a violência de uma dor que tomou tudo, devastou tudo. Cessou a música, derrubou sonhos, asfixiou a alegria, interrompeu lindas travessias de vida. Finda. Fenda. Venda nos olhos pra não ver um morrer tão gigantesco, consternado e doído. Não. Nada apaga a tristeza, o vazio, a forma absurda desse fim. Santa Maria. O nome da cida

27 de jan. de 2013Ler mais →
Empreendedorismo infantilFilhos

Empreendedorismo infantil

Sol. Praia. Água de coco. Céu azul de brigadeiro. Entre uma onda e outra, pausa na sombra da Castanheira para a tradicional reunião de família. Assuntos delicados como “vai ser peixe ou camarão?”, “caiaque ou banana?”, “picolé ou sorvete?” vão sendo tratados, sem muita polêmica. Quando o pé descansa na areia e os olhos se perdem parados no horizonte, onde o céu beija o mar, todos parecem chegar sem delongas ao consenso de que a vida é mesmo muito difícil. Dificílima. E aí me aparece, para

25 de jan. de 2013Ler mais →
Perolices animaisFilhos

Perolices animais

Como já contei antes, férias em casa é um caso sério. Até brincadeira de psicólogo entra na história pra passar o tempo. Então, para variar o repertório, resolvi deixar os meninos no sítio, cercados de cuidados dos avós, tios e primos mais que corujas. E aí as brincadeiras mudaram de profissão: as crianças viraram veterinários, mergulhadores, cozinheiros, fazendeiros. Uma farra só. Quando chegamos, um Léo afoito veio correndo contar o episódio do ano. (Já.) – Mãe, você não acredita! A gen

12 de jan. de 2013Ler mais →
Feliz 2013Vida

Feliz 2013

7 de jan. de 2013Ler mais →

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No escurinho do Cinema

Filmes, séries, documentários e análises críticas sobre o universo cinematográfico.

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