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Últimas Publicações

Vida

Quando nos falta o chão

Já nos ensinaram tanto nessa vida – matemática, gramática, história, geografia. Somos P.h.Ds em física, química, biologia. Especialistas em gente, máquina, política, poesia. E ainda assim não conseguimos entender, por mais que nos expliquem, por mais que esclareçam e ratifiquem, a razão que atravessa uma tragédia. Cai o avião, caímos todos nós. Abram a caixa preta, chamem a imprensa, o papa, Deus pelo amor de Deus. Por quê? Por quê? Por quê? Falha humana, falha técnica, tempestade,

17 de ago. de 2014Ler mais →
ChocolicesFilhos

Chocolices

E aí o irmão mais velho resolve ajudar a caçulinha no para-casa. A mãe sai para o trabalho e deixa as recomendações: – Nada de fazer para ela ou corrigir, Léo, apenas oriente em caso de dúvidas. Dito e feito. Chego em casa e peço para ver o caderno. A instrução, entre outras, era a seguinte: “Escreva uma lista de cinco palavras que comecem com CH.” A letra mais bonitinha do mundo listava cheiro, choro, chá, chamar, chocólatra. – “Chocólatra? E você sabe o que significa essa palavr

12 de ago. de 2014Ler mais →
Pequenos infartosAmor

Pequenos infartos

A gente morre um pouco cada dia. Sem ritual fúnebre, certidão de óbito ou despedida, vamos partindo aos poucos, sem perceber, sem dizer adeus. A Deus (e também aos seus pais, sua família, sua memória afetiva) pertence o menino que você foi um dia. Doce, espevitado, olhos brilhando assim que anunciava o dia: “O céu tá azulzinho. Vamos brincar?” Hoje, o céu mal azulou você já está dando nó na gravata, com a responsabilidade de quem sabe que a vida não é brincadeira. A Deus (e cia) pertence a

7 de ago. de 2014Ler mais →
PreciosidadeFilhos

Preciosidade

Ser mãe é ser um pouco maratonista, eu sei. Tanta correria, tantos afazeres, múltiplas tarefas entre trabalho braçal e educacional. Vacina, dentista, para-casa, quarto bagunçado, agasalho, dor de barriga, banho, bons modos, legumes, coleguinha. Aí chega o fim do dia, hora de de contar histórias e aquietar o cansaço, contar estrelas e olhar nos olhos, fazer cosquinha e dar gargalhada. Hora de deitar juntinho e completar a mais importante de todas as tarefas: abençoar seu filho sem que ele preci

3 de ago. de 2014Ler mais →
AniverGaloAmor

AniverGalo

Imagine uma grande festa de aniversário. Sessenta mil convidados, todos absolutamente confirmados. Traje clássico-esportivo, pretinho básico indefectível mesclado com traços de branco. Horário: 22 horas, com previsão de término entre meia-noite e uma da manhã. Data: 23 de julho, quarta-feira. Local: Estádio Governador Magalhães Pinto, Mineirão. Aniversariante: meu marido, um inveterado apaixonado pelo Galo, paixão de longa data. Menu: autêntico tropeiro e torta de coco de sobrem

28 de jul. de 2014Ler mais →
Para Rubem AlvesVida

Para Rubem Alves

Ipê amarelo virou poeta. Acolheu versos, palavras, pensamento, ensinamento raro em tenra idade. Floresceu sina, encanto, vida. Ganhou canto de bem-te-vi, suspiro de beija-flor, alma transbordante de amor. Impossível não descansar em paz na sombra deste ipê que agora floresce Rubem Alves.

25 de jul. de 2014Ler mais →
Autoestima infantilAutoestima

Autoestima infantil

Chego em casa do trabalho e vejo uma Bella toda serelepe na cozinha, avental e touca, derretendo dois bombons sob o olhar atento da minha ajudante. – Hummm!… Que moda é essa que você está inventando,  Bebella? – Tô derretendo chocolate pra comer com fruta, mamãe; manga, morango e uva, igual ao que a vovó faz. Quero fazer uma surpresa pro Léo. E lá fomos nós improvisar um delicioso fondue de chocolate preparado pela minha querida minigourmet. – Nossa, Bella, você está se saindo uma coz

14 de jul. de 2014Ler mais →
Um minuto de silêncioVida

Um minuto de silêncio

Pelos meninos que não foram trazidos de volta. Pela violência descabida, sem fronteira, fonte de tanta dor. Pela orfandade invertida, infinita, desmedida, que não se mensura. (Surra.) Pela alegria que jaz. Pela esperança de uma trégua permanente de paz.

3 de jul. de 2014Ler mais →
O batom, o bode e o micoFilhos

O batom, o bode e o mico

Você descobre que o seu filho não é mais criança quando se despede dele com um beijo na porta da escola e escuta invariavelmente a mesma pergunta, seguida de um esfregão na bochecha: “Você está de batom?”. Você descobre que o seu menininho saiu do diminutivo faz tempo quando ele passa a dividir as meias com o pai e as queixas com a mãe: “Essa bermuda cheia de desenhinho eu não vou usar. Muito menos pijama que brilha no escuro.” Bem-vinda adolescência, com todas as suas espinhas, exigência

1 de jul. de 2014Ler mais →
Grito de golTrabalho

Grito de gol

Parece simples. Uma bola, uma rede, um par de asas no pé. Vai lá e faz. Voa, faz bonito, faz sentido, faz um estádio inteiro tremer com um grito contagiante de gol. Não é tão simples quanto parece. Carece de garra, raça, determinação, talento, prece. Muito além de estratégia e técnica, me desculpem os especialistas. E porque não é fácil a gente sua a camisa. Sofre. Chora. Perde a voz mas não perde a batalha. E porque não é fácil a adrenalina sobe, o coração bate forte, a vitória v

24 de jun. de 2014Ler mais →
DesconectadosAmor

Desconectados

“Amo você.” “Mande notícias.” “Estou com saudade.” “Como foi a prova?” Merece um prêmio quem inventou o celular. Além de falar, o bichinho ainda escreve, fotografa, reúne os amigos, prevê o tempo, chama pra jantar e faz declaração de amor.  No meu caso, ainda agenda e cancela horários, divulga cursos,  publica comentários no blog, dá recados como ninguém: uma senhora secretária. Viva a tecnologia e todos os seus instigantes recursos comunicativos, integradores, convergentes, aproxim

16 de jun. de 2014Ler mais →
MudançasVida

Mudanças

Todo mundo muda, é fato. Desde o primeiro minuto de vida, desde sempre, ninguém permanece o mesmo. Pegue um espelho. Abra um álbum de fotografias. Arrume a mala. Invente o roteiro. Converse com um amigo de infância. Volte no tempo. Sopre velas. Aposente as  ideias que não servem mais. Encha a cabeça de  fios brancos. Vire borboleta e saia voando por aí. Cada um à sua maneira. No seu tempo. Sem correria ou eira nem beira. Num suspiro. Num susto. Num lampejo de poesia, num insight no meio d

10 de jun. de 2014Ler mais →