Renata Feldman

Palavras abraçam. Aproximam. Acolhem. Fazem do silêncio ponte, do coração tradução, da dor um caminho.

Renata Feldman faz das palavras matéria-prima. Seu trabalho é feito de escuta, acolhida, interação, escrita.

Seja no refúgio da psicologia clínica, nos livros publicados ou posts aqui do blog, palavra é preciosidade.

Entre, aconchegue-se e fique à vontade. É uma alegria dividir este espaço com você.

Autoestima

Feridas

03 August, 2011

Ontem eu dei uma entrevista para o MGTV sobre um tema bastante comum e ao mesmo tempo complexo: “pessoas negativas, destrutivas, que puxam o outro pra baixo “. (http://g1.globo.com/videos/minas-gerais/v/especialista-ensina-como-lidar-com-criticas-negativas/1583961/#/todos%20os%20v%C3%ADdeos/page/1)
Como o assunto dá pano pra manga e o tempo é sempre contadinho no Programa, resolvi estender um pouco do tema por aqui, explorando especialmente o lado de quem sofre com o que vem dessas pessoas tão esvaziadas de auto-estima.
Que elas não percam jamais a lucidez de enxergar que o problema não é com elas, mas com aquele que pisa, humilha, puxa pra baixo. O foco não é a vítima, mas o algoz. Ele tem dificuldades a resolver. Falta a ele uma boa auto-estima, assim como também faltam habilidades emocionais, interpessoais, muitas vezes profissionais. É o professor que diminui o aluno, o chefe que destrói o funcionário, a patroa que acaba com a raça da empregada. Por mais paradoxal que pareça, o conflito também pode surgir entre marido e mulher, pai e filho, parentes que acabam virando serpentes. Pessoas assim buscam compensar a baixa auto-estima com poder, na ilusão de se fortalecer com a fragilidade do outro.
Mera ilusão, sinto lhe dizer. Mas aí vão duas boas notícias:
1) o que é puxado pra baixo pode perfeitamente, com a segurança e auto-estima que tem, colocar limite e dar a volta por cima.
2) o que puxa pra baixo pode reconhecer que a fragilidade na verdade é sua, e buscar mudar para sobreviver emocionalmente.
Bem-vindo à vida, cheia de desafios e oportunidades pra gente crescer. Mesmo que às custas de muito tombo no chão.

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