
Oi, quanto tempo. Como está você? A quantas anda? Espero que esteja bem.
Pulei setembro, outubro já está de malas prontas, não sei mais o que fazer para acalmar essa ventania dos dias, meses, horas. Quanta pressa em ir embora, não para nem pra tomar um cafezinho. Respira, calma, pausa, alma. Pra que tanta correria, Senhor Tempo? Não quer se assentar um pouco? Faço um cappuccino no capricho, especialidade da casa, só dois minutinhos. Ou prefere um chá de camomila com baunilha e mel, para se acalmar? Acho que vou pôr uma música. Quem sabe um Noturno de Chopin para você adormecer tranquilo? Bons sonhos, Senhor Tempo.
Pronto, dormiu. E agora que estamos aqui, sem hora pra ir embora, me diga: como vai você? Quanta saudade. Do papel, da caneta, dos seus olhos, dos rascunhos que moram em mim.
Fico muito tempo sem escrever e vai me dando uma estranheza. Vou padecendo de falta de vírgulas, pontos, palavras. Vou ficando sem ar, sem mar, sinto falta de mim.
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