Nunca imaginei que isso fosse coisa pra mim. Nunca achei que fosse ter fôlego ou disposição. Mas fato é que eu comecei a correr, inspirada e incentivada pelo amor da minha vida.
Fiquei espiando ele virar maratonista, na maior torcida, virei motorista dele e do grande amigo Cepinha em pleno Rio de Janeiro, vibrei nas voltas da Pampulha e acabei contagiada por essa energia.
Ipod na orelha, motor no pé e lá vou eu, movida por uma endorfina que também corre serelepe pelas veias.
Sei que soa poético demais, mas numa dessas corridas acabei fazendo uma analogia com a prece.
Tudo tão em harmonia – coração, músculos, pulmões -, o corpo em prece oxigenando a alma. Vento no rosto, frio transformado em calor, calor transformado em suor.
No chão, asfalto. No céu um Deus enorme vendo meu corpo em prece, agradecendo por ter pernas, braços, saúde pra dar e correr.
Correr de quê? Do frio.
Correr pra quê? Pra ter saúde, arejar a cabeça, ficar mais leve, dar um fim no brigadeiro, na canjica, no pé de moleque e em todas aquelas gostosuras que o inverno nos convida a festejar.
E você, como tem se exercitado?
Bota o tênis.
Salte de pára-quedas. Respire Pilates. Escale montanhas. Mergulhe fundo.
Faça amor. Cesta. Gol.
Bota o corpo pra rezar.
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