Ela é apenas uma criança.
Sem entender, sem merecer, sem paz, sem infância.
Assustada. Triste. Recuada. Refugiada na aridez da guerra e da dor.
Sem teto, sem casa, sem chão, sem refúgio.
Ela é Hudea, uma menina síria de 4 anos.
Ele é Osman, fotógrafo turco, autor da imagem que comoveu o mundo através da sua lente de telefoto.
Atravessando o medo, obedecendo ao conflito, a criança confundiu a câmera com o cano de uma arma.
Habituada à violência, à ameaça, ao terror e à falta, ela não pôde sorrir para a foto como fazem as nossas crianças no parque, na escola, no quintal e no colo.
Rendidos, absolutamente perdidos, ficamos todos nós. Choramos em conjunto, emudecidos pela cena que instantaneamente se transformou em viral.
Contagiados por uma dor paralisante, também levantamos as mãos ao alto. Bem alto, em direção ao céu, onde ainda nos sorri a esperança.
Senhor, tende piedade dessas criancinhas e de todos nós. Coração apertado, nó na garganta, olhos marejados… Vamos colocar os joelhos no chão e orar para que nosso Pai coloque suas mãos sobre essas crianças que poderiam ser nossos filhos e mesmo não sendo nos comovem como se fossem. Amém.
Amém, Dalmir. Sua prece é luz, amor e força.
Uma Feliz Páscoa para você e toda a sua família!….
Emudeço junto a voce,Rê!
Nosso silêncio fala alto ao coração, Cecília!… A dor é coletiva.
Beijo, minha querida!
Emocionante seu texto Renata!
A inspiração foi instantânea, Virginia. Bastou ver a foto…
Bj, querida!