Tenho ouvido bastante a palavra medo. Bastante. Medo de todas as espécies, formatos, cheiros. MEDO. De dormir, acordar, decidir, sentir, sonhar. Medo de morrer, medo de viver, medo de ser, talvez aí uma razoável generalização de todos os medos. Clássico e atemporal, esse sentimento paralisa, … [Ler mais ...]
“O que ela quer da gente é coragem”
Isso aqui está mais parecendo um sarau. No último post "conversei" um bocado com Fernando Sabino (prosa pra mais de hora), hoje chamo Guimarães Rosa pra dançar. Que coração nunca desacelerou ao som de "O correr da vida embrulha tudo"? Um passo pra lá, outro pra cá, é tanta … [Ler mais ...]
Insônia
Há quem feche os olhos e não consiga dormir. Há quem feche os olhos para nunca mais acordar. Dormiu fora de casa. A casa desmoronou. Vidas enterradas, negligência enlameada, o rio que era doce salgado de choro virou. Foi a um show de rock. A música acabou. Tocaram sirene de ambulância, … [Ler mais ...]
Você tem medo de quê?
O post anterior não fui eu que fiz. A autoria é de uma menininha de 7 anos, do alto da sua sensibilidade e sapequice, às voltas com as sombras que a vida dá. (Ah,Bella, vou te apertar até espremer.) No quarto dessa menina-poema, quando anoitece, tudo acontece: maçaneta vira nariz … [Ler mais ...]
Medo
No escuro nada se vê. Nada se gosta. No escuro tudo tem sombra. Tudo tem medo. No escuro nada se toca. … [Ler mais ...]
Mãos ao alto
Ela é apenas uma criança. Sem entender, sem merecer, sem paz, sem infância. Assustada. Triste. Recuada. Refugiada na aridez da guerra e da dor. Sem teto, sem casa, sem chão, sem refúgio. Ela é Hudea, uma menina síria de 4 anos. Ele é Osman, fotógrafo turco, autor da imagem que comoveu … [Ler mais ...]
Greve de si
Ele cresceu mas continuou com medo de escuro. Onde se lê "escuro" leia-se exame de rua, homossexualidade velada, entrevista de emprego, hipocondria. E assim ele cresceu, enxergando monstros na maçaneta e fantasmas disfarçados de cortina. Faz sol lá fora mas dentro dele neva. Berra. Céu … [Ler mais ...]