Não sou muito chegada em números. Nunca fui. Mas caí, sem querer, na seção de estatísticas do blog, e fiquei surpresa com este dado: das 16.611 visitas que já recebi aqui , o post “Família” (de 29/03/10, que reproduzo logo abaixo, na íntegra) foi o mais lido, com 3.936 acessos. Fico feliz pela repercussão e cada vez mais convicta de que esse tema foi feito mesmo pra receber a maior atenção do mundo. Vocês não pediram, mas ganham bis.
Família nenhuma é perfeita. Unida, embolada, fragmentada, inteira. Com anjos ou ovelhas negras, mama italiana ou judia por natureza, pais separados ou em plenas bodas.
A verdade é que nada é mais confortante do que poder ter a família por perto, nas horas boas e nas horas ruins. Seja para dar uma boa notícia, acudir na hora do aperto, estender a mão, passar pra frente uma prece, pedir colo e proteção.
Por maiores que sejam as diferenças e os caminhos trilhados por cada um, nada como esta ligação que dá razão e sentido. Nada como o abraço contagiante, o almoço de domingo, os olhos cheios de emoção. Nada como olhar pra trás e enxergar as raízes – raízes que sustentam, fazem história, explicam um porção de coisas e geram frutos os mais lindos.
Se é verdade que a gente escolhe, muito antes de nascer, a família que vai fazer parte, encho o coração de ternura para agradecer de onde vim. E olho com imenso carinho o que também veio depois disso – a família que formei, a família do meu marido, que adotei como minha.
Família nenhuma é perfeita, eu sei. Mas é tudo.
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