Sabe aqueles filmes que tocam fundo na alma da gente? Foi assim que “A Partida” me tocou. Singular, emocionante, imperdível. Não é à toa que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro.
Resumindo a ópera: um violoncelista se vê desempregado quando a orquestra em que atua é dissolvida, e acaba encontrando uma nova e insólita profissão: “acondicionador” de corpos em caixões, o que também envolve a árdua tarefa de lavar, maquiar e vestir aquele(a) que morreu.
Você deve estar torcendo o nariz, se perguntando porque eu falaria de algo tão repugnante e prosaico aqui, neste blog que é um convite à vida. Porque – apesar de quase ninguém pensar nisso, existe uma profissão assim: sem nome nem diploma, mas cheia de valor, tornando mais suave e até mais bonito o doloroso momento da morte, a impactante despedida de alguém que está partindo.
Muna-se de pipoca e caixas de lenço e prepare-se para apreciar um filme belíssimo. A morte nos convidando a pensar na vida – e por consequência na família, nas nossas escolhas, nos sentimentos e ressentimentos cultivados, no amor pelo outro e pela profissão.
Bravo!
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