Amor

Traição

01 December, 2009
De todas as dores amorosas que escuto, uma chama atenção por sua forma pontiaguda e dilacerante: a dor de ser trocado(a), preterido, rejeitado(a), traído(a).
Onde se via amor, leia-se dor. Ferida na alma. Peito rasgado. Cabeça entupida de pensamentos moídos. Pura tortura.
O chão desaba. A casa cai. A vida fica sem sentido.
Pele, química, beijo, declarações de amor, juras de fidelidade: de repente tudo isso passa a não ser mais uma exclusividade de quem detinha (tinha?) o amor.
Como dividir? Como reagir? O que pensar? O que dizer? Como viver depois que a alma foi atropelada e estirada no chão?
Vivendo. Sobrevivendo. Juntando os cacos, hospitalizando a alma, cuidando do sofrimento para ele não virar eterno tormento. Descobrindo o seu auto-amor, buscando novos caminhos, abrindo janelas para o ar entrar.

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