No escurinho do Cinema

Análises, reflexões e pensamentos sobre filmes, séries e o universo cinematográfico que nos inspira, diverte e faz pensar.

Todos os artigos sobre cinema

"Homem com H"

"Homem com H"

Eu nunca gostei do Ney Matogrosso. Nem desgostei. Respeito sempre tive, vide meus olhos admirados de menina pousando sobre aquela figura excêntrica, dona de uma voz singular, chacoalhando o corpo no Programa do Chacrinha. Até que fui assistir "Homem com H" e saí do cinema querendo ligar pra ele: "-Oi, Ney, quer ser meu amigo? Vem almoçar comigo lá em casa, domingo, faço um churrasco pra você." Saí com o coração cheio, tomada de afeto por esse homem de 83 anos que faz shows até hoje (!) e que u

23 de jun. de 2025Ler mais →
Vitória

Vitória

O filme acabou e as luzes não se acenderam. Providencial. Um longa como este não poderia mesmo terminar assim, num corte abrupto para a vida lá fora. Da penumbra veio um tempo, um respiro, uma ponte para gentilmente nos conduzir de volta. Aos poucos. Fiquei alguns minutos paralisada, apreciando cada nome que ia surgindo na tela escura. Em letras garrafais, F E R N A N D A M O N T E N E G R O iluminou tudo. Inspirado em uma história real, Vitória nos convida a olhar pra dentro e enxergar valor

25 de mai. de 2025Ler mais →
Bituca

Bituca

Conheci Bituca nas aulas de canto da escola. Eu devia ter uns 10 anos quando me encantei por “Maria Maria”, “Nos bailes da vida”, “Coração de Estudante”. Fui da sala do cinema para a sala de aula em alguns minutos. O tempo passou para mim e para ele. E com certeza para você também.  Do menino que foi reprovado na aula de canto ao artista que emocionou o mundo com o seu talento, sua alma, sua voz, Milton Bituca Nascimento nos toca profundamente ao falar de existência; de um modo de existir, sonh

5 de mai. de 2025Ler mais →
No escurinho do cinema

No escurinho do cinema

Tenho que admitir. (Como se precisasse...) Sou apaixonada por cinema, e não é de hoje. Já escrevi vários posts aqui no blog sobre filmes incríveis que assisti e que instantaneamente fizeram minha mão coçar, quase uma urgência em escrever. Especialmente os enredos tocantes, emocionantes, que nos convidam a pensar e chorar. Simplesmente não resisto.  Devo ter ficado paralisada com “Ainda estou aqui”, e aqui ainda estou – sem palavras. Não me chamo Renata se não escrever. Prometo.  Como a fila an

28 de abr. de 2025Ler mais →
"Meu filho, nosso mundo"

"Meu filho, nosso mundo"

Um filho de pais separados. Um diagnóstico de TEA – Transtorno do Espectro Autista. Um “convite” da escola para ele se retirar. Um filme sobre o amor, na dimensão mais ampla e profunda que esse sentimento carrega ao expressar os laços entre entre pais e filhos. (Amor que não dá pra explicar, “apenas” sentir.) E tem também o amor do avô, representado no filme pelo brilhante Robert De Niro, que fora das telas tem um filho autista. E é assim, exatamente do jeito que é, diagnostica

18 de ago. de 2024Ler mais →
No escurinho do cinema

No escurinho do cinema

E entre “cabruns”, “grrrrrrrs” e “ôôôôôôôôôôs” ouvidos em altíssima definição acústica, como se estivéssemos todos em plena era pré-histórica, fugindo de animais ferozes e pedras gigantes, ganho uma cutucada da Bella: – Mamãe, ainda bem que a gente não tá em casa, né? – Por quê, filha? – Por que senão você ia pedir pra abaixar o volume… ……………………………………………..

28 de mar. de 2013Ler mais →
"Românticos Anônimos"

"Românticos Anônimos"

“Românticos Anônimos” é um filme simplesmente delicioso. Fui outro dia sozinha e ontem rolou um irresistível “Vale a pena ver de novo” com o Dé, que confirmou a cada risada o sabor de um enredo cheio de graça e leveza. Sem falar do tanto de França que adentra pela alma da gente, seja pelas ruas, pelo outono, pelo sotaque e pelo chocolate (sim, ainda por cima tem uma fábrica de chocolate pra gente sair do cinema salivando – mesmo não sendo suíço). Em plena era de “pegação”, socialização, expl

24 de jan. de 2012Ler mais →
"Noite de Ano Novo"

"Noite de Ano Novo"

Tá bom, tá bom. Sei que desembestei a falar de cinema, mas não resisto à tentação. É que a questão náo é bem o cinema. É o tanto de vida que se desenrola ali na telona, acústica perfeita de “eu te amos”, “te perdôo”, “olás”, “adeus”, “Feliz Ano Novo”. Então é noite de Ano Novo em Nova York. Precisa falar mais alguma coisa? Ou você quer que eu chame o Frank Sinatra pra gente dar uma palinha? “It´s up to you, New York, New Yooooooork!…” Sim, o filme é cheio de música, emoção, atores de peso (

10 de dez. de 2011Ler mais →