
Da minha telinha para a sua. Do meu teclado para o seu, agora mais do que nunca higienizado com álcool gel. Da minha emoção para a sua, conexão mais linda, essa aí não pode faltar.
Viva a tecnologia, o Wi-Fi, o meu navegador que me leva a você num rápido e apaixonante dedilhar. Viva o blog que hoje completa 11 anos, uma vida. Quanta alegria escrever pra você.
Aqui estamos, pois, conectados (que bom que estamos). Há 11 anos atrás, nem eu nem você iríamos imaginar essa doideira de coronavírus que estamos vivendo. Coisa de filme, ficção científica, onde fica a tecla pare? (Paramos todos.) O que dirão os meus netos (hei de tê-los um dia!…) quando lerem isso aqui no blog?
Conectada que sou também à esperança, quero acreditar que até lá (beem antes de “lá”, pensamento positivo!) já terão encontrado a cura para este vírus que deixou o mundo todo em quarentena.
E se é pra viver um dia de cada vez, extraindo força e aprendizado disso tudo, deixo registrada aqui talvez a falta mais pungente, dentre tantas outras faltas que esse vírus propagou: a falta que fazem os avós na vida dos netos (e vice-versa.) Os meus estão “de quarentena” há anos – muitas quarentenas – e eu quase morro de saudade por aqui. (…)
[E para você, qual é a falta mais doída, mais sentida?]
Gosto de olhar para o céu, oxigenar os pulmões. Entre uma nuvem e outra converso com os meus ancestrais (quantas dificuldades já viveram?) e peço uma forcinha também a eles: que isso tudo passe logo para que os meus filhos possam abraçar seus avós no abraço mais apertado que o Guinness Book já registrou um dia.
Mas voltando ao “aqui agora” (o bolo está sendo servido!), tão necessário nesses nossos tempos de indefinição, em que o controle nos escapa, acendo minhas onze velas e compartilho desse tanto de luz com você. Obrigada pela companhia, pelo afeto, pelos seus olhos que se juntam aos meus: assim escrevemos uma história pra lá de bonita. Eu daqui, você daí. Um blog pra gente pensar na vida, pausear a vida, sentir a vida. Dessa quarentena não quero sair nunca mais.
Que nesse mundo tão espremido e confinado como o que temos vivido agora, a emoção nos leve longe, nos faça voar e nos conecte cada vez mais. A cada palavra um abraço, a cada post publicado a alegria de ter você aqui comigo.
Mais um cadinho de bolo?
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