
Onde foi mesmo que eu parei?
Por onde mesmo andei?
Nem sei se andei, ou voei.
Tentando capturar o tempo, abraçar o vento,
florescer poesia na aridez das teorias,
terminologias, metodologias, “uis” e “ias”.
E como escrevia. Lia, relia, respirava fundo. Doía.
Depois de tantos mergulhos no “eu”, no ser,
na mãe – nas várias faces dessa mãe contemporânea
tão cheia de culpa, dedicação, amor, cansaço,
transformação, conflitos e ambivalências,
aqui estou, de volta.
Dedilhando leve nesse teclado
que andou pegando pesado.
Depois de um mestrado de muita estrada,
gente “normal” outra vez.
Que vai ao cinema, arruma gaveta, dorme depois do almoço, escreve no blog. (Quanta saudade.)
Coisas simples assim, tão bem-vindas
depois de uma longa e bonita caminhada.
Aqui estou.
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