Como já contei antes, férias em casa é um caso sério. Até brincadeira de psicólogo entra na história pra passar o tempo.
Então, para variar o repertório, resolvi deixar os meninos no sítio, cercados de cuidados dos avós, tios e primos mais que corujas.
E aí as brincadeiras mudaram de profissão: as crianças viraram veterinários, mergulhadores, cozinheiros, fazendeiros. Uma farra só.
Quando chegamos, um Léo afoito veio correndo contar o episódio do ano. (Já.)
– Mãe, você não acredita! A gente tava brincando perto da porteira quando viu uma cena horrível. A égua do vizinho tava empacada, e o caseiro começou a bater nela com um pau. Bateu tanto, mãe, que a boca dela começou a sangrar! Saiu muito sangue!
– Que absurdo, meu filho, ninguém fez nada?
– A vovó saiu gritando, falando pro moço parar, deu a maior bronca. Num é um absurdo, mãe? A gente tinha que denunciar! Tinha que chamar o Obama!
(!)
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