Coloquei minha echarpe, 5 gotas de perfume,
peguei meu namorado e fui dar uma voltinha em Paris.
Montmartre, San Michel, Rio Sena, Marrais…
Suspiros, poemas, fascínio, alegria. Enchanté.
Nessa voltinha, aproveitei pra matar saudade
do meu querido sobrinho Pedro,
que foi dar uma voltinha por lá
e acabou ficando, ficando…
(Volta, Pedro, se não sua mãe endoida.)
E dá-lhe Rodin, Camille Claudel, sinos de Notre Dame.
Dá-lhe amor, cidade-luz, Torre Eiffel que brilha os olhos.
“Meia-noite em Paris”, de Woody Allen,
é um filme para ser visto com vinho e pipoca.
Como se não bastasse a delícia da paisagem,
você vai se inebriar pelo enredo – e voltar no tempo
para um grande encontro com Scott Fitzgerald,
Ernest Hemingway, Pablo Picasso. (Vai um autógrafo?)
Eu ainda colocaria mais lenha nessa fogueira
(ou mais vinho nessa taça) e chamaria Chopin, Da Vinci,
Freud, Platão, Nietzsche, Bach e Beethoven
para um sarau, por maior que seja a disparidade
e o desencontro de datas.
(Ainda bem que Woody Allen não lê o blog.)
De resto, fica a sensação boa
de poder voltar no tempo e esbarrar
com gente tão cheia de talento
e ao mesmo tempo tão cheia de luz, amor, carne e osso.
[E você? Se pudesse voltar no tempo,
pra onde iria? Quantos anos voltaria?
Confessa, vai: quem você gostaria de encontrar
pra bater um blá? Ou um “bleau”, lá em Paris?]
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