Palavras abraçam. Aproximam. Acolhem. Fazem do silêncio ponte, do coração tradução, da dor um caminho.

Renata Feldman faz das palavras matéria-prima. Seu trabalho é feito de escuta, acolhida, interação, escrita.

Seja no refúgio da psicologia clínica, nos livros publicados ou posts aqui do blog, palavra é preciosidade.

Entre, aconchegue-se e fique à vontade. É uma alegria dividir este espaço com você.

Flor decorativa
Amor

Paris

28 June, 2011

Coloquei minha echarpe, 5 gotas de perfume,
peguei meu namorado e fui dar uma voltinha em Paris.
Montmartre, San Michel, Rio Sena, Marrais…
Suspiros, poemas, fascínio, alegria. Enchanté.
Nessa voltinha, aproveitei pra matar saudade
do meu querido sobrinho Pedro,
que foi dar uma voltinha por lá
e acabou ficando, ficando…
(Volta, Pedro, se não sua mãe endoida.)
E dá-lhe Rodin, Camille Claudel, sinos de Notre Dame.
Dá-lhe amor, cidade-luz, Torre Eiffel que brilha os olhos.
“Meia-noite em Paris”, de Woody Allen,
é um filme para ser visto com vinho e pipoca.
Como se não bastasse a delícia da paisagem,
você vai se inebriar pelo enredo – e voltar no tempo
para um grande encontro com Scott Fitzgerald,
Ernest Hemingway, Pablo Picasso. (Vai um autógrafo?)
Eu ainda colocaria mais lenha nessa fogueira
(ou mais vinho nessa taça) e chamaria Chopin, Da Vinci,
Freud, Platão, Nietzsche, Bach e Beethoven
para um sarau, por maior que seja a disparidade
e o desencontro de datas.
(Ainda bem que Woody Allen não lê o blog.)
De resto, fica a sensação boa
de poder voltar no tempo e esbarrar
com gente tão cheia de talento
e ao mesmo tempo tão cheia de luz, amor, carne e osso.
[E você? Se pudesse voltar no tempo,
pra onde iria? Quantos anos voltaria?
Confessa, vai: quem você gostaria de encontrar
pra bater um blá? Ou um “bleau”, lá em Paris?]

Compartilhar este post

Posts Relacionados

Carta à Clarice Lispectoremoção

Carta à Clarice Lispector

Querida Clarice, Já se passaram alguns dias do nosso encontro no teatro. Queria ter escrito já no dia seguinte, transbordando que estava de emoção, mas o correr desenfreado do tempo fez com que os rascunhos acabassem guardados em uma gaveta do coração. Ah, como chorei: ao te ver, te ouvir, te sentir. Como foi bom te ver viva, vivíssima, através da belíssima atuação de Beth Goulart (tão linda, tão parecida fisicamente com você, impressionante!). Atriz e escritora se fundiram, pessoa e personage

13 de out. de 2025Ler mais →
Foi-sevida

Foi-se

Agosto foi embora e eu nem vi. Vivi. Muito, intensamente, cada segundo desse mês que geralmente se mostra - se sente - tão longo, tão grande, exageradamente demorado. Cadê? Passou, fui, ui, o tempo está mesmo voando. (Ou fui eu que não parei.) Agosto dos ventos uivantes, gelados. Das notícias ruins para quem acredita em superstição. (Ou no próprio desenrolar dos fatos, é fato...) E também das notícias boas, assim é a vida, gente querida andou nascendo e soprando velas por aqui. Viva! E teve na

1 de set. de 2025Ler mais →
Estou aqui.cinema

Estou aqui.

Sim, eu sei. Perdi o timing. Me perdi em meio à minha emoção, à minha ação. (Acho que fiquei paralisada, fora do ar, sem palavras.) Aí a vida veio passando, outros filmes também, e aqui estou: atrasada feito o coelho da Alice, "é tarde, é tarde, é tarde", mas aqui estou. Preciso ticar essa pendência. Check. Pode ser que você não leia, já tenha se saturado com o assunto, vou entender. Mas preciso escrever, a dívida é comigo mesma. E antes que você vá embora, te adianto um pequeno spoiler: o post

28 de jul. de 2025Ler mais →

Comentários

Seja o primeiro a comentar!