Renata Feldman

Palavras abraçam. Aproximam. Acolhem. Fazem do silêncio ponte, do coração tradução, da dor um caminho.

Renata Feldman faz das palavras matéria-prima. Seu trabalho é feito de escuta, acolhida, interação, escrita.

Seja no refúgio da psicologia clínica, nos livros publicados ou posts aqui do blog, palavra é preciosidade.

Entre, aconchegue-se e fique à vontade. É uma alegria dividir este espaço com você.

Pausa pra pensar na vida.

Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições.

Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada.

A vida cabe num blog.

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Nem tudo está perdidoAmor

Nem tudo está perdido

Em tempos de “pegação”, “vínculo-não”, beijos e abraços banalizados, tive uma grata surpresa com o meu querido sobrinho Lucas, de 16 anos. Clima de praia, sorvetinho no final da tarde, a família inteira resolveu pegar no pé do menino  por causa de uma garota que estava de olho nele. “- Vai, Lucas, aproveita, só uns beijinhos, dá uma chance pra ela…” Prensado contra a parede, mas demonstrando uma personalidade especialmente sua, ele sorriu timidamente e falou: “Não dá, tem que rolar um sentiment

6 de jan. de 2010Ler mais →
Fim de um começoVida

Fim de um começo

Em absoluto contraste com os fogos, as taças brindando, a alegria  e a música contagiante, 2010 começa pedindo – implorando – um minuto de silêncio. Silêncio para chorar a dor de quem se foi e de quem ficou, testemunha de uma tragédia sem tamanho. Desmoronamento de sonhos. Alegria soterrada. Avalanche de sentimentos. Chuva sem trégua, taças quebradas, tristeza cobrindo tudo, música desafinada. Gente que nasceu de novo. Gente que morreu sem ver. Ilha Grande ficou pequena para conter tanta dor. C

3 de jan. de 2010Ler mais →
Tá no sangueFamília

Tá no sangue

A genética é mesmo uma coisa incrível. Meu avô materno foi um grande médico pneumologista, antitabagista ferrenho e fervoroso. Era do tipo que andava com guarda-chuva mesmo nos dias de sol, para abri-lo caso algum fumante aparecesse na sua frente: uma forma explícita de se proteger da intragável fumaça e demonstrar sua indignação contra o cigarro. Pois  hoje o Léo ficou horas observando um homem fazendo uma  linda escultura de sereia na praia. Tão linda que não precisava do detalhe final: u

3 de jan. de 2010Ler mais →
Reze antes de dormirFilhos

Reze antes de dormir

Minha Bella aprendeu a rezar. Toda noite fecha os olhos, junta as mãozinhas e começa sua conversa com Deus: – Papai do céu, protege a mamãe, o papai, o Léo, a Bella, a vovó, o vovô… E por aí vai abraçando pelo pensamento seus afetos, percorrendo a família inteira (inclusive os três cachorros da Tia Tati), para depois dormir com os anjos. Ontem seguiu o mesmo ritual, com a diferença de repetir o seu nome ao final. O pai foi logo dizendo: – Você já rezou pra você, Bella… Ao que ela rapida

31 de dez. de 2009Ler mais →
Contagem regressivaVida

Contagem regressiva

Sabe o que eu mais gosto neste final de ano? A ideia de um novo ano. Página em branco, prontinha para ser escrita, cheirando a coisas boas. As palavras não são novas, eu sei. Esperança de recomeçar de um jeito diferente.  Alegria de desfrutar cada momento. Paz pra amaciar ainda mais o travesseiro. Saúde pra dar e vender. Amor, amor, amor, conjunto de todas as virtudes, pequena palavra de um enorme sentido na vida da gente. Pode ser que você pule 12 ondas. Saboreie 12 uvas. Vista branco, azul

28 de dez. de 2009Ler mais →
Feliz NatalVida

Feliz Natal

Paz, amor, alegria, esperança. Se você quiser, estas podem ser apenas palavras gastas, batidas, levadas ao vento. Podem ser apenas potes cheios de bolas coloridas como os da minha estante do consultório. Podem ser estampas de camiseta. Letras de música. Propaganda de Natal. Palavras faladas da boca pra fora. Pro forma. Mas se você quiser, estas palavras podem ganhar vida dentro de você. Podem ser ditas em alto e bom som, traduzindo tudo aquilo que você quer, busca, sonha e acredita. Exper

22 de dez. de 2009Ler mais →
Família

Virei vó

Depois de uma semana com a avó na Patagônia, volta pra casa um Léo cheio de vida, alegria, pinguins e leões marinhos espreguiçando na memória. Casa em festa. Motos e helicópteros de lego no meio do caminho outra vez. Sensação boa de completude, plenitude, tudo no seu lugar. A não ser por um pequeno detalhe: cada vez que ele ia me perguntar ou contar alguma coisa, o que saía era “vovó”, ao invés do bom e velho “manhê”.

21 de dez. de 2009Ler mais →
À mestra com carinhoTrabalho

À mestra com carinho

Hoje fiquei com a alma cheia. Saí do consultório, passei na floricultura e fui torcer pela minha grande amiga e colega Maria Inês (a psicóloga que se mudou para Porto Velho, levando pedacinhos de mim com ela) na sua defesa de tese do mestrado da UFMG. Seu tema – luto – emocionou a banca e a platéia, tocada por constatar na morte fonte inexorável de vida. Encantadora também a fala do Professor e Psicanalista Eduardo Gontijo (grato reencontro com este antigo amigo de minha mãe, que me conheceu qu

17 de dez. de 2009Ler mais →
Álibi perfeitoFilhos

Álibi perfeito

Podem me chamar de manteiga derretida, mãe judia, o que for. Fato é que o Léo está curtindo as férias com a vovó Clara em plena Patagônia, alternando a farra entre baleias e pinguins, e quando tocou uma música bonita no carro me deu um ataque de saudade dele. No espelho retrovisor, vi uns olhos meio molhados, embargados de emoção. Fato é também que ele é lembrado toda hora aqui em casa, especialmente pela irmã, que de quinze em quinze minutos pergunta: – Cadê o Léo? Mas hoje foi demais. A

15 de dez. de 2009Ler mais →
Pequeno aprendizFilhos

Pequeno aprendiz

Um dia desses o Léo chamou um coleguinha para passar o final de semana aqui em casa. Além de adorável, super bem educado, o menino é tipo geniozinho: começou a ler com 3 anos, fala obrigado em árabe, lê legenda de TV a cabo e por aí vai. Quando passo pelo quarto, os dois estão lá brincando de lego num diálogo imperdível. Pego já o meio da conversa, quando o colega fala alguma palavra que Léo não conhece e este logo pergunta: – O que que é isso? – Léo, seu vocabulário é muito ruim…

14 de dez. de 2009Ler mais →
ErosãoVida

Erosão

Você pode não acreditar, mas da erosão pode nascer flor. Da dor pode nascer amor. Do questionamento, resposta. Da prece, conforto. Do desencontro, sentido. Do medo, coragem. Do ombro, generosidade. Da escuta, palavra. Do fim, recomeço. Do abismo, ponte. Do encontro, abraço. Da pedra, poesia. Você pode acreditar.

8 de dez. de 2009Ler mais →
Como se o sol estivesse brilhandoVida

Como se o sol estivesse brilhando

“Muita chuva. Muita dor. E muita alegria por completar.” Este foi um trecho da mensagem que o Dé me mandou hoje no final da manhã, depois de completar os 18 km da Volta Internacional da Lagoa da Pampulha. Tentei me colocar no lugar dele, e não consegui. Ou melhor, consegui: mas senti frio, sede, fome, dor,  cansaço, orgulho, amor e uma admiração ainda maior por ele. Disciplina, perseverança e determinação são qualidades que aprecio, mas correr 18 km na chuva, no frio, levantando da cama às

6 de dez. de 2009Ler mais →

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Filmes, séries, documentários e análises críticas sobre o universo cinematográfico.

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