Renata Feldman

Palavras abraçam. Aproximam. Acolhem. Fazem do silêncio ponte, do coração tradução, da dor um caminho.

Renata Feldman faz das palavras matéria-prima. Seu trabalho é feito de escuta, acolhida, interação, escrita.

Seja no refúgio da psicologia clínica, nos livros publicados ou posts aqui do blog, palavra é preciosidade.

Entre, aconchegue-se e fique à vontade. É uma alegria dividir este espaço com você.

Pausa pra pensar na vida.

Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições.

Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada.

A vida cabe num blog.

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Um hipocampo inteiro pro meu pai.Família

Um hipocampo inteiro pro meu pai.

Tem certas memórias que a gente apagaria se pudesse. “Uma pílula da amnésia, nada mal”, ouço com frequência no consultório. Mas outras, ah!… Que bom que o nosso cérebro tem dois lobos temporais, um direito e outro esquerdo, e em cada um deles uma estrutura preciosa chamada hipocampo. É lá, nesse verdadeiro porta-joias cerebral, que estão guardadas as memórias mais valiosas que guardo do meu pai, resgatadas hoje como presente nesse segundo domingo de agosto: * Ele já separado da minh

14 de ago. de 2022Ler mais →
Da porta pra fora.Trabalho

Da porta pra fora.

Algumas pessoas costumam estranhar. “Duas portas?” Sim, e com revestimento acústico, para que nada que se fale aqui dentro seja ouvido lá fora. Nem por uma mosca, costumo dizer. Sim, segredo é sagrado. Basta uma pequena mudança de vogal para expressar a dimensão que é se assentar diante de alguém e escutar o que o seu coração, tantas vezes espremido e abarrotado, traz. Seja o passado, o presente, o futuro tão cheio de incertezas. Seja a dor, o amor, a culpa, o medo, a tristeza, o des

31 de jul. de 2022Ler mais →
BanalizanãoVida

Banalizanão

Não, você não leu errado. Nem eu cometi alguma falha de digitação por aqui. A troca da cedilha por n traz de imediato um apelo, um “acorda”, uma recusa à banalização que tenho visto acontecer de tantas maneiras por essa vida afora. Coisas preciosas têm entrado no rol da banalização: amor, sexo, morte, a própria vida. E como parte da vida os problemas, as relações, as escolhas, o cuidado, (a falta de cuidado), a comunicação. Vai-se vivendo no automático muitas vezes. E de forma n

17 de jul. de 2022Ler mais →
Dor de filhoFilhos

Dor de filho

Esse texto seria para o Dia das Mães, mas a mãe que o escreve chegou atrasada por aqui. O rascunho guardado na gaveta deu o ar da graça hoje, lembrando que alguns assuntos prescindem de datas comemorativas. São atemporais. Filhos não vêm com manual, você certamente já ouviu esse clichê. Mães também não. É na prática que elas vão aprendendo a dar o peito, curar o umbigo, dar a raça, reconhecer o choro de fome, fralda, frio, dor. Ah, a dor. De barriga, ouvido, dente, escola, tombo

29 de mai. de 2022Ler mais →
Elton John me tocouAutoestima

Elton John me tocou

Eu nunca fui muito fã de Elton John, confesso. Nenhuma paixão, nada contra também. Já tive a oportunidade de ir a um show dele, não fui. Também não assisti a “Rocket Man” no cinema quando o filme estreou há três anos atrás. (O do Queen, Bohemian Rhapsody, lançado um ano antes, não só assisti como escrevi sobre ele aqui, tomada de forte emoção.) Até que um dia, numa troca de mensagens por Whatsapp, me deparei com uma sugestiva indicação do filme. Quem me deu a dica foi a jornalista So

17 de abr. de 2022Ler mais →
Guerra e pazVida

Guerra e paz

Arrume suas coisas. Rápido. Apenas o essencial. Deixe seus pertences pra trás. Travesseiros, xícaras, plantas, livros, porta-retratos, fins de tarde, fim de uma vida inteira. Leve com você urgente – corra! – seus amores, suas dores, sua esperança de que um dia haja uma volta pra casa. Haja coração. Aja. Corra. Poderia ser você. Na Ucrânia. Poderia ser a sua família, exercício de empatia. Foi meu tataravô, há muitos e muitos anos atrás, nascido em Kiev, fugindo não da guerra, mas da p

20 de mar. de 2022Ler mais →
"A filha perdida"Filhos

"A filha perdida"

Sim, a maternidade pode não ser nada cor-de-rosa. Nada de “bebê Johnson”, mãe coruja, nada de paraíso. Muito de padecer. Despedaçar-se. Nada de flores. Tudo de dores. Muitas. As mais diversas. As mais profundas. Vi um pouco disso no meu mestrado, quando fui pesquisar “As várias faces da mãe contemporânea”. Vi um muito disso no belíssimo filme “A filha perdida”, adaptado do livro de Elena Ferrante. As várias faces da mãe contemporânea? Culpa, dedicação, esgotamento, normas a sere

30 de jan. de 2022Ler mais →
Beijo de cinemaAmor

Beijo de cinema

Água benta Bem-querer Bem-nascer Deus sussurra baixinho Para quem quiser ouvir Para quem quiser sentir  Paz  Faz Fartura Abundância  Vinho di Manduria  Canto de esperança  Céu e mar se encontraram  Se harmonizaram E no entardecer se despediram  Com um beijo demorado. 

8 de jan. de 2022Ler mais →
Breve reflexão para um Feliz Ano Novo.Vida

Breve reflexão para um Feliz Ano Novo.

“Tudo bem?” “Não. Mas estou em paz, Renata. E talvez isso seja o mais importante.” Colhi essa resposta de um cliente ao recebê-lo à porta do consultório, seguindo o cordial protocolo de cumprimento que aprendemos desde sempre, e gostei do que ouvi. Primeiro pelo sentimento que ele trouxe junto à resposta: paz é palavra linda de ouvir e sentir, sempre; segundo pela verdade (realidade) que a frase carrega, a partir do “não” que a principia. “Tudo” é muita pretensão, preciso concor

30 de dez. de 2021Ler mais →
Amor. Amém. Mazal Tov!Amor

Amor. Amém. Mazal Tov!

O ano vai dando seus últimos suspiros e a gente acaba confirmando, com unanimidade e propriedade de causa, a frase estampada na primeira página do meu calendário: “O tempo passa. Feito passarinho.” Arrumo as gavetas, guardo caixas de memórias, faço minha retrospectiva particular. Ao preparar o ninho para mais um ciclo, pouso minha emoção em um dos momentos mais lindos que vivi este ano: o Bat Mitzvá da minha filha, adiado em função da pandemia e pelo mesmo motivo realizado em uma cer

20 de dez. de 2021Ler mais →
105 anosFamília

105 anos

Hoje meu avô faria 105 anos. Faria, conjugação do verbo fazer, futuro do pretérito indicativo, terceira pessoa do singular. Ahh, e tão plural ao mesmo tempo. Como caber no singular alguém que foi (que é) tão importante assim? E eu não estou falando só do médico pneumologista, antitabagista ferrenho, pioneiro no tratamento da tuberculose, colunista do Jornal Estado de Minas, professor catedrático da UFMG. Não, eu estou falando do avô que comprava Toblerone pra mim quando eu ia dormir na ca

10 de dez. de 2021Ler mais →
SaudadeVida

Saudade

Oi, quanto tempo. Como está você? A quantas anda? Espero que esteja bem. Pulei setembro, outubro já está de malas prontas, não sei mais o que fazer para acalmar essa ventania dos dias, meses, horas. Quanta pressa em ir embora, não para nem pra tomar um cafezinho. Respira, calma, pausa, alma. Pra que tanta correria, Senhor Tempo? Não quer se assentar um pouco? Faço um cappuccino no capricho, especialidade da casa, só dois minutinhos. Ou prefere um chá de camomila com baunilha e mel, p

17 de out. de 2021Ler mais →

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