Renata Feldman

Pausa pra pensar na vida.

Vida com todas as letras, dores, amores, escolhas, emoções e imperfeições.

Vida cheia de encontros e desencontros, medo e coragem, partida e chegada.

A vida cabe num blog.

DespatriadosFamília

Despatriados

O primeiro whatsapp do dia veio do meu pai, às cinco e quarenta da manhã. Junto do carinhoso bom dia de sempre, uma foto linda do meu avô, pai dele, que hoje faria 111 anos. Como esquecer, pai? Dia 18 de maio é dia do olhar terno, da barba sempre feita, do perfume inconfundível, da paz contagiante, do jeito encantador de me chamar de Renatinha, repetidas vezes, como se o meu nome fosse música pra ele. Dia 18 de maio é dia de lembrar do homem que aos 15 anos de idade pegou um navio na

18 de mai. de 2017Ler mais →
AF e DFFilhos

AF e DF

Já que inventaram o Dia das Mães, a gente comemora. Chora de emoção com cada cartão feito na escola, faz hora pra esperar o café na cama (digno de minichefs), se esparrama em apertados abraços de urso, faz escândalo quando desembrulha o presente, chora de novo lembrando o primeiro chorinho, o primeiro contato visual (ah, essas janelas da alma onde o sol nunca se põe…); e vai rememorando o aconchego de sempre, o eterno útero de mãe, a lindeza e a dificuldade de amamentar, o primeiro sorriso, a

12 de mai. de 2017Ler mais →
Papo em diaFamília

Papo em dia

É… A vida andou mesmo pausando por aqui. Devo ter emudecido de emoção, só pode. As palavras me faltam, me fazem falta, quase passo mal sem elas. Acho que ficaram lá na Polônia, perdidas em meio ao cheiro adocicado de vó que também me faz tanta falta. (Ô.) Fiquei em falta com você, querido(a) leitor(a), me perdoe, tanto tempo sem um “post novo para você”. Fiquei em falta comigo, você não imagina como minhas mãos coçam para escrever e a alma se agita aqui dentro. (Quase um oceano de ideias,

9 de mai. de 2017Ler mais →
O que você coleciona?Amor

O que você coleciona?

Tem gente que coleciona selos, moedas, poemas, rótulos de vinho. (Há quem também colecione gols do Galo, acabo de saber.) Quando eu era pequena, meu hobbie era colecionar papéis de carta para trocá-los com minhas amigas na escola. Um deles, tempos depois, acabei tirando da pasta (santa audácia!) para escrever uma carta para aquele que viria a ser meu namorado (causa nobre!), 26 anos atrás, numa época em que ainda se postavam cartas pelo correio. Hoje coleciono lugares. Guardo na pasta d

5 de abr. de 2017Ler mais →
SimAmor

Sim

Algumas decisões não são fáceis de tomar. Principalmente quando dúvidas e incertezas se colocam como pedras (muitas vezes avalanches) no caminho. Casamento ou bicicleta, Praga ou Budapeste, especialização ou pedido de demissão. Gato ou cachorro, valsa ou viagem, conversa ou silêncio, adoção ou fertilização in vitro. “Ou isto ou aquilo”, como já disse Cecília Meireles num dos livros mais lindos que a minha infância conheceu. Como quem toma uma decisão nada difícil – como tomar um café, via

21 de mar. de 2017Ler mais →
Faz de contaVida

Faz de conta

Ontem mesmo você estava aí brincando de faz de conta. Fez de conta que era pirata, odalisca, baiana, avestruz, Banana de Pijama. Ou usou de um pouco mais de discrição e fez de conta que era pescador, cozinheiro, amante, viajante, descobridor dos sete mares. Teve gente que colocou a fantasia de Soneca da Branca de Neve e não tirou mais,  aderência total ao Bloquinho da Fronha e do Travesseiro. Mas aí o carnaval acaba e o faz de conta continua. Faz de conta que está tudo bem; que o seu trabal

5 de mar. de 2017Ler mais →
"Permissão para ser pai"Família

"Permissão para ser pai"

Um casamento, uma filha, uma traição, um divórcio. A mãe despeja sua dor sobre a filha, lhe (re)apresentando um pai malvado, injusto, cruel. Alienação parental estabelecida, a menina de apenas 7 anos se fecha para o pai, e a palavra de ordem é recusa: não para o fim de semana, não para o parque, não para o Natal, não para o abraço. Nem pensar. Diante de um pai arrasado, a resposta da menina nasce pronta: “- Você passou a mamãe pra trás, ela ficou muito magoada, eu não vou passar o Nat

15 de fev. de 2017Ler mais →
RespostasAmor

Respostas

  – Amor, estou te esperando. Há anos. – Tempo, sinto sua falta. Por que tanta pressa? – Morte, morro de medo de você. Três frases, três cartas, três destinatários inusitados, que você conhece bem. Essa é a tônica de “Beleza Oculta”, um filme que nos convida à reflexão desde a primeira cena, com a “simples” pergunta: “O que te faz dormir, acordar, levantar da cama, comer o que você come, trabalhar na profissão que escolheu, enfim, o que te faz estar aqui hoje me ouvindo?” No lugar d

2 de fev. de 2017Ler mais →
A paz que ele me trazTrabalho

A paz que ele me traz

Não é a primeira vez que falo de você por aqui. Por mais que a geografia nos separe e impossibilite uma convivência diária, de uma forma ou de outra a gente acaba se encontrando. Você está na minha rotina de trabalho, nos olhos de quem chora; você está bem ali, na esquina entre o pensamento e o coração, quando essa mesma rotina precisa naturalmente – merecidamente – se quebrar. (“A vida necessita de pausas”, já dizia Drummond, sempre é bom lembrar.) Depois de algum tempo longe de você,

20 de jan. de 2017Ler mais →
RotineiramenteTrabalho

Rotineiramente

Há quem não goste da rotina. Que reclame da segunda, terça, quarta-feira; que leia tédio onde se vê casa, casamento, trabalho. Zero de emoção no relógio que toca sempre à mesma hora, na lista de afazeres que não se reinventa, no velho e bom pão com manteiga de sempre. Há, no entanto, quem sinta gosto de alegria a cada novo e repetido dia. Oxigênio entrando, gás carbônico saindo; cheirinho de café perfumando a casa e acordando os neurônios mais dorminhocos; noticiário religiosamente no mesmo

10 de jan. de 2017Ler mais →
Segredos de última horaVida

Segredos de última hora

Um passarinho me contou que você vai ter a melhor virada de ano da sua vida. Com direito a beijos, abraços, alegria e sintonia, comidinhas gostosas, taças se encontrando, lista de pedidos, muita dança e cantoria, fogos de amor e artifício. Contagem regressiva. Regressivíssima. Vira a página, vira pelo avesso, acredita no que virá. Sim. Aceite. Comemore. Abra os braços. Festeje. Que venha um 2017 especialmente lindo, cheio de luz e leveza, trazendo tudo de bom que você já sonhou um dia.

31 de dez. de 2016Ler mais →
Salva-vidasVida

Salva-vidas

Há exatamente um mês eu chorei aqui, segurando sua mão, pela queda do avião da Chapecoense. “Cai o avião, caímos todos nós”, este foi o melhor jeito que encontrei de definir essa dor imensa e conjunta. Ontem assisti “Sully – O Herói do Rio Hudson”, e chorei também. Mais uma história real, só que dessa vez com final feliz: 151 passageiros e 4 tripulantes a bordo, todos de volta pra casa, milagrosamente, depois de um pouso forçado nas geladas águas do Rio Hudson. Pelas asas do avião, pelas as

29 de dez. de 2016Ler mais →

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