Viver intensamente, apaixonadamente, é esbarrar na possibilidade concreta da finitude.
O último beijo. O último olhar. O último telefonema. O último almoço. O último vôo. O último encontro. O último abraço. O último colo. O último passo de dança. O último papo.
Fim. Interrupção. Acabou.
Pensar nisso quando se tem a vida inteira pela frente é criar asas para abraçar o que se pode dessa vida. Por isso, beije bastante. Olhe até ficar com a vista cansada. Diga alô. Bom apetite. Boa viagem. Ótimo encontro. Terapia do abraço. Colo de mãe. Passos leves de bailarina. Tchau. Te amo. Cuide-se bem.
Que a vida – que é tão curta e cheia de surpresas – seja vivida com intensidade, apaixonadamente, como se cada dia fosse uma bonita despedida do que se viveu.
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