Encantada que sou por Selton Mello, especialmente depois do seu aclamado filme “O Palhaço” (já retratado aqui no blog), fui “obrigada” a assistir “O filme da minha vida”, lançado seis anos depois.
O filme é um prato cheio para psicólogos, apaixonados pelo comportamento humano e pelo emaranhado de relações, afetos e emoções que rege a nossa vida. Na verdade é um prato cheio para todos nós, seres humanos, gente de carne e osso: pai, mãe, filho, filha, homens, mulheres, você simplesmente. Amor de onde a gente veio, amor pra onde a gente vai. Em sete letrinhas, uma das palavras mais importantes da sua vida: família. Do jeito que foi, do jeito que é, não há como negar o impacto desses laços na sua existência, desde sempre.
“O filme da minha vida” nos lembra o quão nada matemática é a vida, ou quantas vezes o desenho sai fora do contorno, e o trem, dos trilhos. Encontros, desencontros, alegrias, desapontos, sustos, surpresas, dores, amores, partidas, chegadas, bem a essência aqui do blog, com todos os antagonismos que fazem parte deste grande filme chamado vida. (Que também caminha ao lado de um grande antagonismo chamado morte. (…) Já ouvi dizer que quando essa “dona” chega, no momento da grande passagem, temos a oportunidade de assistir ao filme da nossa vida, nos deparando com os momentos mais marcantes, mais significativos e tocantes. Será?)
Todo mundo tem uma história digna de filme. Olhe para trás e faça uma pequena grande retrospectiva, do dia do seu nascimento até agora. Cenas, paisagens, cortes, atores coadjuvantes. Trilha sonora, enredo, plasticidade, efeitos especiais e todos os acontecimentos que não estavam no script. É, eu sei. Algumas coisas nunca estão. Haja terapia pra tentar entender. Haja espiritualidade pra botar sentido.
Enquanto o fim está longe e as luzes ainda não se apagaram, há muito ainda o que roteirizar e viver.
A quantas anda o filme da sua vida?
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