– “Mãe, abre as pernas que eu tô voltando!”
(…)
Vai me dizer que você nunca quis voltar pro útero da sua mãe?
Ficar lá quietinho, na paz, quentinho, aproveitando o banquete que passa pela placenta,
respirando que nem peixe, dormindo e virando cambalhota.
Nem, tem horas que o mundo fica muito complicado.
Conta errada da TIM, TPM a mil por hora, infiltração no banheiro da vizinha, roupas manchadas pela empregada, meninos brigando feito cão e gato, alarme disparado, picuinhas, ceninhas, São Longuinho, arrrrrrrrrrrrrrrrrrgh!
Deus que me perdoe, nada disso é problema.
Mas vai juntando água no balde, vai. Uma hora o caldo entorna, você estoura e dá uma crise de saudade filha da mãe.
Não é à toa que você chorou quando saiu de lá.
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