
Ah, os namorados.
Lá vem eles abraçados, exalando perfume entre beijos,
sussuros e luas, tocando música com os olhos.
Conversa pra mais de horas, sintonia rimando alegria,
velas acesas no escuro.
Ouvi dizer que estão em falta.
Dizem as más línguas que falta beijo de verdade,
abraço amassado, telefone tocando no dia seguinte.
(…)
Tum, tum, tum.
O amor está ocupado, só pode.
Liga a tia, o chefe, o vizinho.
O namorado nem sinal.
Desculpa, foi engano.
Efemeridade de amor que dura pouco,
só até o fim da festa.
Na balada tudo pode, o prazer sacode,
proibida entrada do vínculo.
Amar virou piegas, deve ser.
Compromisso é bicho pré-histórico.
Não me canso de ouvir:
“Onde foi parar minha alma gêmea?”
“Cadê a metade da laranja,
por que só me aparece abacaxi?”
Xi.
Bota o perfume, vai olhar a lua, dá uma voltinha na rua.
Se o amor anda escasso, gruda na esperança.
Vai viver a bonança de se apaixonar pela vida,
pela grande sina, por você mesmo.
Depois por quem chegar.
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