Sou da época em que as bonecas falavam, cantavam, batiam palmas.
A época segue, mas agora com o colorido advento dos Furbies, bichinhos de pelúcia com orelhas de plástico que lembram um pouco os graciosos “Gremlins” de Steven Spielberg. Coisa de filme mesmo.
O da Bella já vai completar 1 ano. Uma gracinha, só você vendo. Azul turquesa, falante, conversa feito ele só. O problema é que, além de falar, dançar e emitir sons carinhosos, o bichinho ainda tem o poder de “virar do mal”, especialmente quando irmãos mais velhos resolvem puxar o seu rabo. Aí é uma maravilha: seu olho fica estatelado, a voz muda e o bichinho emite estranhos ruídos sonoros de um estômago que nem tem.
Do bem ou do mal, o danado ainda pode acordar a qualquer hora, muitas vezes quando o seu filho já está na cama, luzes apagadas, prestes a pegar no sono. A melhor invenção dos últimos tempos, e com uma novidade e tanto: não vem com botão de desligar.
Se vira do mal, a Bella logo olha pra mim e diz: “Toma, mamãe, você é psicóloga, dá um jeito, ele vai se acalmar.”
Haja psicologia. Teve um dia que o bichinho resolveu acordar bem na hora do para-casa. Não pensei duas vezes e deixei ele dentro do armário da dispensa.
Outro dia o Léo acordou agitado:
– Tive um pesadelo terrível, mãe. Sonhei que a cidade inteira estava infestada de Furbies.
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