Palavras abraçam. Aproximam. Acolhem. Fazem do silêncio ponte, do coração tradução, da dor um caminho.

Renata Feldman faz das palavras matéria-prima. Seu trabalho é feito de escuta, acolhida, interação, escrita.

Seja no refúgio da psicologia clínica, nos livros publicados ou posts aqui do blog, palavra é preciosidade.

Entre, aconchegue-se e fique à vontade. É uma alegria dividir este espaço com você.

Flor decorativa
Filhos

Menino pede socorro

26 May, 2009

Não é preciso ser Freud para explicar o quanto a infância deixa marcas significativas – muitas delas indeléveis – na nossa vida. Se você olhar para trás, o que vai ver? (…)Eu vejo alegria, brincadeiras, paparico de pai e mãe, briga com o irmão, colo de vó, escola, amigos, brigadeiro, boneca, patins…
Enquanto você pensa na sua infância, UM MENINO PEDE SOCORRO. Ao invés de afeto, recebe maus tratos da mãe: agressões físicas, privação de alimentos, castigo no quarto trancado. Sua idade é de 11 anos mas o peso é de uma criança de 7. Os pais são separados. O pai detinha a guarda provisória do filho, mas a decisão de um desembargador devolveu-a para a mãe, apesar da recomendação de psicólogos e assistentes sociais de que o filho NÃO ficasse com a mãe. O juiz ouviu a criança, que deixou claro seu desejo de ficar com o pai.
No último dia 26 de março, o Jornal Estado de Minas publicou a seguinte matéria: “Modelo russa invade escola no Belvedere”. A mãe do menino, acompanhada de policiais e oficiais de justiça, foi retomar a guarda do filho. Tirou a criança no meio da aula e levou-a com ela. Enquanto o táxi arrancava, podia-se ouvir os gritos do menino pedindo por socorro.
Diante do sofrimento desta criança, foi criado um blog: http://meninopedesocorro.wordpress.com.
Acessar este endereço é acessar a dor e a injustiça que sofre esta criança, numa tentativa esperançosa de que as pessoas, a imprensa e o direito se mobilizem para mudar esta situação absurda e pungente.
O menino pede socorro, pede ajuda, pede de volta a sua infância.

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