

Seguimos juntos há 4 meses. No quarto, na varanda, na praia, no voo de volta pra casa, no sofá da sala.
Ele sempre disponível, eu nem tanto. Ele inesperado, controverso, envolvente, arrebatador. Eu completamente fisgada, atraída, curiosa, envolvida.
Me pego pensando nele durante o dia, ansiosa para encontrá-lo à noite.
Fazendo um balanço da nossa relação, posso dizer que estamos avançando. No meu ritmo, devagar e sempre, mas com muita cumplicidade e já caminhando para o fim. Sim, naturalmente vamos terminar em alguns dias.
Não vejo a hora de chegar à página 550, ver no que vai dar essa história e ainda ler a crônica que Clarice Lispector escreveu para o seu amigo Lúcio Cardoso, autor desse querido calhamaço que ganhei de presente em março. (Presentão.)
Enquanto isso, vamos seguindo. Uma página de cada vez, vou adentrando a casa e a mente de cada integrante dessa insólita família. Suas cartas, seus diários, suas confissões, seus segredos. Prato cheio pra mim, você diria. Quase um banquete, ando me divertindo.
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