Renata Feldman

Palavras abraçam. Aproximam. Acolhem. Fazem do silêncio ponte, do coração tradução, da dor um caminho.

Renata Feldman faz das palavras matéria-prima. Seu trabalho é feito de escuta, acolhida, interação, escrita.

Seja no refúgio da psicologia clínica, nos livros publicados ou posts aqui do blog, palavra é preciosidade.

Entre, aconchegue-se e fique à vontade. É uma alegria dividir este espaço com você.

Vaso de orquídea
Família

Horário de "ah, nãão!..."

16 October, 2017

Hoje acordei no pulo. No protesto. Já sei, já sei, isso não vai me levar a lugar algum. Mas vale o desabafo. (Sempre vale.)

Contra a maré, no sentido contrário a um país inteiro, me recusei a acertar o relógio. O digital, pelo menos. Esse aí foi pra caixa, descansar por quatro meses, férias-prêmio, em fevereiro ele volta a trabalhar. (Imagina, ia me tomar  um bocado de tempo ficar ajustando os pinos, já basta o que o horário de verão me tomou.)

Os amantes do amanhecer escuro e do anoitecer ensolarado (essa parte até que não é tão mal assim) que me perdoem, mas sou mais o horário de gente. Normal. Natural, certinho, cada ponteiro acompanhando o ritmo do meu relógio biológico. Sono, fome, vigília, tem hora pra tudo nessa vida. Essa história de ciclo circadiano não é brincadeira, deu inclusive o Prêmio Nobel de Medicina aos cientistas americanos Michael Rosbash, Jeffrey Hall e Michael Young. E os especialistas vem alertando: horário de verão faz mal à saúde.

Protesto feito, vida que segue, adiantadamente segue. Como costuma dizer minha mãe (que adora o horário de verão, viva as diferenças, o sol é para todos), ” a gente tem que aprender a conviver com o que tem”. Ou não, como diz o Léo: “Quem inventou esse horário de verão, hein? Foi o presidente? Vou escrever uma carta pra ele.”

Escreve, meu filho. Aproveita que o Natal está chegando e manda logo  pro Papai Noel. Deve ser mais fácil de resolver.

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