Família

Horário de "ah, nãão!..."

16 October, 2017

Hoje acordei no pulo. No protesto. Já sei, já sei, isso não vai me levar a lugar algum. Mas vale o desabafo. (Sempre vale.)

Contra a maré, no sentido contrário a um país inteiro, me recusei a acertar o relógio. O digital, pelo menos. Esse aí foi pra caixa, descansar por quatro meses, férias-prêmio, em fevereiro ele volta a trabalhar. (Imagina, ia me tomar  um bocado de tempo ficar ajustando os pinos, já basta o que o horário de verão me tomou.)

Os amantes do amanhecer escuro e do anoitecer ensolarado (essa parte até que não é tão mal assim) que me perdoem, mas sou mais o horário de gente. Normal. Natural, certinho, cada ponteiro acompanhando o ritmo do meu relógio biológico. Sono, fome, vigília, tem hora pra tudo nessa vida. Essa história de ciclo circadiano não é brincadeira, deu inclusive o Prêmio Nobel de Medicina aos cientistas americanos Michael Rosbash, Jeffrey Hall e Michael Young. E os especialistas vem alertando: horário de verão faz mal à saúde.

Protesto feito, vida que segue, adiantadamente segue. Como costuma dizer minha mãe (que adora o horário de verão, viva as diferenças, o sol é para todos), ” a gente tem que aprender a conviver com o que tem”. Ou não, como diz o Léo: “Quem inventou esse horário de verão, hein? Foi o presidente? Vou escrever uma carta pra ele.”

Escreve, meu filho. Aproveita que o Natal está chegando e manda logo  pro Papai Noel. Deve ser mais fácil de resolver.

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