Ontem a famosa teoria do Complexo de Electra (oposto do Complexo de Édipo) saiu dos livros e anais de psicologia e foi parar na minha cama.
Aliás, muito antes de ontem. Com apenas um ano e nove meses, minha pequena Bella é apaixonada pelo pai. Óbvio.
Mas ontem eu não acreditei no que esse pinguinho de gente fez. Eram quase onze horas da noite e a pituquinha estava na cama com o pai, assistindo ao jogo do Galo, gritando gol e tudo mais, quando a mãe foi trocar sua fralda e tentar finalmente fazê-la dormir. (Já passava da hora.)
Fui trocando a fralda com o quarto à meia luz, caixinha de música, e ela foi amolecendo. Não titubeei e a levei na direção da sua minicama, quando ela disse pra minha alegria: “Deita, mamãe!”
Ufa. Deitei junto dela, a cobri com carinho, ela segurando a minha mão, eu fazendo cafuné no seu fino cabelo de anjo. Quando a mãe já estava quase cochilando, a mocinha me sai da cama e vai se aboletar com o pai, na minha cama. Pode?!
E foi assim, provando na prática que o Complexo de Electra existe, que a minha filha me pôs pra dormir.
Comentários
Seja o primeiro a comentar!